Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA
And I wanna walk with you
Dia seguinte.
Anahí: Como assim?
Ela estava na sala de Dalton Martin, um dos diretores da Aviesta.
Por ser o acionista majoritário da empresa coube a ele informa-la sobre a decisão dos demais acionistas em relação a presidência do empreendimento.
Dalton: Olha Portilla, nós adoramos o trabalho que você desempenha a frente da Aviesta. Você sempre se empenhou em fazer tudo do jeito certo e sempre deu o sangue por essa empresa. – elogiou – mas, infelizmente, o cargo de presidente, precisa de dedicação total e mais que isso responsabilidade e você não tem demostrado nenhum dos dois nos últimos tempos. Você está afastada de sua função a quase sete meses. Isso é absurdo!
Anahí: Martin... – foi interrompida.
Dalton: Por favor, me deixe terminar. – fez uma pausa – Como eu disse, essa situação é absurda. Por isso na ultima reunião juntamente com os demais acionistas e a comissão diretora, decidimos lhe dar uma ultima oportunidade: Você tem 24 horas, a partir desse comunicado pra reassumir seu cargo ou daqui a 48 estaremos nos reunindo novamente para decidir o nome do novo presidente da Aviesta.
Sem saber bem o que falar, Anahí apoiou os cotovelos nos braços da cadeira e repousou os dedos nos lábios. Pensou durante alguns segundos e logo voltou a encarar o Dalton Martin.
Anahí: Até amanhã? – perguntou, ainda sem acreditar.
Dalton: Sim. Amanhã, Portilla. Sua última chance.
Anahí: Mas amanhã meus amigos e meu noivo voltam pro México, e eu ainda não conversei com eles sobre isso. – olhou-o com os olhos marejados. – É muito pouco tempo. Eu preciso de mais um prazo. – protestou.
Dalton: Sua vida pessoal não é problema meu e nem da empresa.
Anahí: Perdão. – desculpou-se – tudo bem... Eu... – levantou-se. Sua respiração estava acelerada e o coração descompassado. – Eu vou pensar.
Dalton: Então pense muito bem. – levantou-se também - Será que vale a pena abandonar tudo isso aqui – abriu os braços – por uma banda e uma novelinha idiotas? Aqui você tem um status e uma carreira consolidada, Portilla. A garantia de um futuro brilhante pra sua filha. Seu maior tesouro, não é? – Anahí assentiu com a cabeça baixa – Não vá jogar tudo para o alto por causa de um sonho fracassado e um romancezinho de contos de fada. Você não é mais uma adolescente. – falou debochado e voltou a se sentar. – É só um conselho.
Anahí: Ok! – atônita - Com licença. – deu as costas e caminhou até a porta.
Dalton: Anahí, espere! – chamou-a e ela parou, ainda de costa pra ele. – Eu não tenho nada contra você. Se for isso o que você pensa. - Pausa - Boa sorte!
Anahí: Certo. – balançou a cabeça, ainda atônita. – Com licença. - Saiu e puxou a porta em seguida. – Cara idiota! – resmungou – Eu odeio você!
Anahí não sabia nem o que pensar naquele momento. A cabeça começava a latejar e sentiu uma vontade absurda de chorar. Não conseguia se imaginar longe de Alfonso. Porém, também não poderia pedir para que ele ficasse, e assim abandonasse seus sonhos e projetos. Como não tinha mais nada para fazer ali, iria para casa e pensaria com bastante calma no assunto. Conversaria com suas amigas. Com certeza elas a ajudariam a achar uma solução. Passou em sua sala e sentou-se na cadeira que tanto almejou ocupar durante os anos que trabalhou com diretora de moda naquela empresa. Precisava daquele momento sozinha. Depois seguiu direto para o apartamento.
Assim que colocou os pés para dentro, sentiu toda sua força ir embora. Os olhos se encheram de lágrimas, que foram caindo pouco a pouco. Totalmente arrasada seguiu direto para o quarto. Deitou na cama e se encolheu, parecendo uma criança assustada. A casa estava vazia. Todos haviam saído para um passeio de despedida, afinal aquele era o ultimo dia deles no país. Ouviu a voz de Lourdes, a moça que trabalhava ali, chama-la, mas não se deu ao trabalho de responder. Assustada com o comportamento da patroa, Lourdes pensou em ligar para Alfonso ou Emily, mas antes que pudesse fazê-lo o interfone tocou. Era o porteiro indicando que Alfonso e Luiza haviam chegado e estavam lá embaixo.
Lourdes: Sua mãe está lá dentro. – informou a Luiza, assim que ela e o pai entraram no apartamento.
Luiza: Vou falar com ela. – os olhinhos brilharam.
Sem esperar um segundo que fosse Luiza saiu correndo em disparada para o quarto. Abriu a porta com rapidez e se jogou na cama, ao lado da mãe. Só ai pode perceber os olhos vermelhos de Anahí e sua cara de cansada.
Anahí: Oi meu amor. – disse com a voz rouca por causa do choro.
Luiza: O que foi, mamãe? – perguntou preocupada e olhando fixamente para ela.
Anahí: Nada. A mamãe só ta cansada. – acariciou os cabelos da menina e se obrigou a dar um sorriso. – como foi no passeio? Gostou?
Luiza: uhum... Foi muito legal. A tia Dulce tirou um montão de fotos! – comentou animada.
Anahí: Foi? Eu quero ver.
Luiza: Vou lá buscar a câmera com o meu pai.
Anahí: Certo.
Mas, antes de descer da cama, Luiza agarrou o pescoço da mãe e encheu seu rosto de beijos. Anahí deu um sorriso e se agarrou a filha também, abraçando-a apertado. Ela era o bem mais precioso que tinha. Antes de tomar qualquer decisão tinha que analisar o que seria melhor para Luiza. E se o bem da filha realmente estivesse em Paris, ela ficaria ali.
Para se distrair Anahí quis ficar ao lado da filha. E assim Conseguiu, mesmo que por pouco tempo, esquecer o grande problema que carregava nas costas. Juntas, mãe e filha estavam deitadas na cama, de barriga para baixo, e montavam um quebra-cabeça.
Luiza: Não consigo montar. – comentou emburrada e largou a peça sobre a cama.
Anahí: Você tem que prestar atenção na peça. – sentou e se aproximou da filha, pegando a peça que ela havia jogado. – essa aqui tem a cor branca e rosa, ta vendo?
Luiza: To.
Anahí: Então, você procura aqui onde tem essas duas cores.
Para explicar melhor a filha, Anahí foi passando a peça sobre o quebra-cabeça, já quase todo montado. Quando encontrou o lugar certo, encaixou a peça.
Anahí: Viu?
Luiza: Vi. Mas é difícil.
Anahí: Não tem nada de difícil. – riu e levantou do chão. – termina de montar enquanto eu vou ver o seu pai, desde que vocês chegaram, ele não apareceu.
Luiza: Eu não consigo! – repetiu emburrada.
Anahí: Claro que consegue. – incentivou. – vá tentando e depois eu volto pra te ajudar.
Luiza: Tá bom.
Assim que Anahí chegou a sala encontrou Poncho sentado no sofá, mexendo no celular.
Anahí: Vim ver o que houve? Você sumiu. – caminhou até o sofá, sentando ao lado dele. – Tá tudo bem?
Alfonso: Você não vai voltar pro México. É verdade? – parou de mexer no celular e a encarou – E não adianta fazer essa cara, Any.
Anahí: Não estou fazendo cara nenhuma! A Dulce não era para ter contado nada. Ele sempre faz isso. Saco!
Alfonso: E você não iria me contar? – ela não respondeu, apenas abaixou a cabeça. – Pelo jeito é isso mesmo, eu ia saber só quando estivéssemos indo. Any, por que aceitou se casar comigo, se não confia em mim o suficiente pra dividir seus problemas?
Anahí: Para começar, eu ia te contar sim, mas quando me decidisse... E saiba que eu nunca senti confiança em alguém, como sinto em você. – ele prestava apenas atenção no que ela falava. – Me sinto muito ligada a você, confio de olhos fechados pra contar tudo, tudo mesmo! Menos dessa vez.
Alfonso: Você pode ser mais clara? – levantou, sentando mais próximo a ela, deixando-a entre seu corpo e o braço do sofá. Ela suspirou.
Anahí: Vou ser sincera contigo... Poncho, eu abri mão de muita coisa na minha vida, abdiquei de muitos sonhos, planos e carreira por causa de alguém e no fim me arrependi... Eu fiz a escolha errada! Você sabe do que eu tô falando. – desviou o olhar do dele. – Eu não quero que a história se repita.
Alfonso: Você acha que eu sou a escolha errada também? É isso?
Anahí: Claro que não! Tenho medo de EU ser a sua escolha errada. Eu não podia simplesmente chegar e pedir pra você abandonar tudo por minha causa. – deu pausa para ver se ele falaria alguma coisa, mas Poncho apenas a observou. – Não quero atrapalhar sua carreira, seus sonhos, seus projetos... Não quero ser a culpada por isso. Eu me sentiria muito mal, entende? Tudo o que eu mais quero é que você seja feliz.
O olhou, desviando em seguida. Ele riu.
Alfonso: Acha mesmo que eu seria feliz lá no México? – de cabeça baixa, ela assentiu. – Não! Olha pra mim e responde.
Anahí: Eu... – tentou levantar, mas foi impedida. – Poncho...
Alfonso: Any, coloca uma coisa de vez dentro dessa cabeça. – segurou o rosto dela com as duas mãos, fazendo com que o encarasse. – Eu não posso e muito menos consigo viver sem você. Olhe para trás e veja quanto tempo estamos juntos, quantas coisas passamos juntos. Não vai ser agora que vou permitir que tudo acabe. Não mesmo.
Anahí: Eu também não quero que tudo acabe. – segurou as mãos dele, que ainda se encontravam em seu rosto. – Mas eu me sinto tão perdida... Não sei o que fazer. Não sei onde é o meu lugar.
Alfonso: Como assim, onde é o seu lugar?
Anahí: Lá no México estão as pessoas que eu amo, a minha historia, um passado marcante, o coração – dizia com um olhar confuso. – Aqui estão as minhas conquistas, as minhas ambições, um futuro promissor, a razão. E no meio disso tudo, ainda tem você que eu amo tanto e que eu não consigo viver sem.
Ele riu.
Alfonso: Chega você com essas paranóias! – escorregou as mãos, deixando-as nas pernas dela.– Cariño, realmente essa é uma decisão difícil, mas quanto a mim, eu estarei aonde você escolher estar. Eu não vou me separar de você. Ouviu? – continuou antes que ela o interrompesse. – Mesmo que eu tenha que jogar tudo pro alto. Eu jogo! Eu não ligo! Sabe por que? Por que a sua felicidade é a minha felicidade. – sorriu carinhoso, fazendo dela se derreter. - Eu amo você, minha Any.
Anahí: Você existe mesmo? Porque não consigo acreditar na sorte que tenho. – virou um pouco o corpo, ficando totalmente de frente para ele. – Eu te amo tanto, Poncho.
Sem dizer mais nada, Alfonso a beijou. Nada muito demorado, mas bastante carinhoso. Após terminarem o beijo, continuaram de olhos fechados e o moreno passou o nariz no dela, dando mais alguns selinhos. Porém, num movimento brusco Anahí se afastou e levantou.
Alfonso: O que foi? – perguntou assustado com a reação dela.
Anahí: Eu tomei a decisão. – pegou a chave do carro sobre a cômoda.
Alfonso: O quê? – perguntou vendo-a abrir a porta da sala. – Any, espera!
No momento em que Anahí abriu a porta se deparou com os amigos que voltavam do passeio. Os quatro riam de alguma piada contada por Chris, por isso nem perceberam quando Anahi abriu a porta.
Anahi: Vem comigo! – pegou na mão de Dulce, assustando-a.
Dulce: Ai! Pra onde? – Foram as únicas coisas que conseguiu pronunciar antes de ser arrastada por Anahi de volta até o elevador.
Comentários!!
Autor(a): TayTay
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I know I`ll never find a friend As great as you Após explicar a Dulce o que acontecia, as duas seguiram para a empresa. Anahí falaria com Dalton Martin naquele momento, não podia adiar. Andaram apressadas pelos corredores, até chegar a sala do empresário. Ela bateu na porta e entrou, sem mais cerimônias. Dalton: Opa. – ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 274
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jtimberlake Postado em 09/05/2015 - 15:05:15
otima fic.
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Erika Herrera Postado em 12/04/2015 - 14:16:32
Ahhhh vc voltou :))))
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lunnalony Postado em 09/04/2015 - 20:44:21
continuaa
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carol.aya Postado em 04/04/2015 - 16:40:16
ahhh eu amo essa fic <3 que bom que vc ta voltando a postar em tds sua webs *-* continuaaaaa
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steph_maria Postado em 04/04/2015 - 16:16:42
EU QUEROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOO/ EU QUEROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO/ EU QUEROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!! PELO AMOR EU QUEROOOO SOU MTO FÃ DAS SUAS WEBS PRINCIPALMENTE ESSA E SEM QUERER SE PUDER TE AJUDAR VOU FICAR FELIZ DEMAIS!!
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franmarmentini Postado em 13/11/2013 - 09:40:56
vou ficar aguardando a 2 temporada ;)
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franmarmentini Postado em 12/11/2013 - 11:38:50
POSTA MAISSSSSS
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julyanniaya Postado em 02/11/2013 - 15:57:08
ñ demora muito com a segunda temporada ñ , tá ?
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camillatutty Postado em 28/10/2013 - 01:46:45
Ok, aguardarei ansiosamente! Ainda tenho dúvidas de como a pedaços pode ficar melhor, porque pra mim já é perfeita!
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lyu Postado em 27/10/2013 - 02:53:33
chorando feito louca, quero segunda temp.