Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

Memórias e lembranças. Certezas e dúvidas. Nada parece mudar... part 1

Após  atender uma ligação na sala, Alfonso voltou até a cozinha onde estavam Luiza e Anahí.

Alfonso: Tá gostosa? – sentou ao lado de Luiza que tinha uma fatia de pizza no prato, já devidamente cortada em pedacinhos.

Luiza: Unhum. – apenas balançou a cabeça, já que estava com a boca cheia.

Anahí: Senta Poncho se não vai esfriar. – apontou para a cadeira, indicando o lugar.

Alfonso: Você não vem?

Anahí: Vou sim. – pegou três copos e colocou sobre a mesa – pronto, só faltava isso.

Luiza: Nós vamos passar a noite acordados? Vamos dormir aqui no Tio Poncho? – só de pensar na idéia, os pequenos olhinhos já brilharam.

Anahí: Não senhorita. Você não vai dormir tarde. – preferiu ignorar a segunda pergunta feita por ela.

Luiza: Mas por quê? – os ombrinhos murcharam e a voz ficou chorosa.

Anahí: Porque não. – virou para Alfonso e falou mais baixo. – viu? Já tá com sono.

Alfonso: É, vai dormir rápido. – concordou com ela.

Luiza: Tio Poncho. – virou para ele pedindo ajuda – eu não vou poder ver o filminho?

Alfonso: Vai sim pequena – passou o dedo pela bochecha dela, limpando algumas lagrimas que caíram – nós três vamos. Não é Any?

Anahí: Claro que sim. Mas depois você vai dormir. – comentou, já sabendo que antes da metade do filme a filha estaria dormindo.

Luiza: Então tá bom. – fungou de leve e continuou a comer.

O jantar transcorreu perfeitamente bem. Os três conversavam um pouco e quando terminaram Alfonso foi para a sala junto com Luiza e Anahí permaneceu na cozinha, organizando tudo.

Alfonso: Ô Any, o filme vai começar!

Anahí: Tô indo! – gritou da cozinha.

Assim que chegou a sala encontrou os dois deitados no chão, sobre o tapete. Sorriu e foi até eles, deitando também. Luiza logo foi até ela e encostou a cabeça na altura de seus seios. Alfonso também se aproximou dela e começou a fazer carinho em seus cabelos. A loira o olhou e sorriu.

E como Anahí havia dito antes da metade do filme Luiza já dormia tranquilamente. Estava deitada sobre a mãe e tinha o rostinho escondido no pescoço dela. A loira fazia carinho nos cabelinhos dela e olhava fixamente para tevê, sem nem ao menos prestar atenção ao filme. Depois virou o rosto para Alfonso ao senti-lo olhar para ela.

Anahí: Vou acorda-la para irmos. – sussurrou.

Alfonso: Não, não precisa acorda-la. Fica aqui hoje...

Anahí: Poncho eu... – Ele a calou com um selinho.

Alfonso: Você não disse que tinha algo a me dizer? – Falou enquanto acariciava o rosto de Anahí- Assim teremos bastante tempo pra conversar. Porque eu também tenho algo pra te falar

Anahí: É... preciso mesmo conversa. – fez uma expressão seria – Tá... agente fica.

Alfonso: Tô começando a ficar preocupado com essa conversa misteriosa que você quer ter. É tão importante assim?

Anahí: Acho melhor coloca-la na cama – mudou de assunto.

Alfonso: Claro, deixa eu te ajudar.

Já devidamente levantado, Alfonso inclinou um pouco o corpo e com extremo cuidado pegou Luiza dos braços da mãe. Ficou em pé e esperou-a levantar.

Já no quarto de visitas Anahí arrumou rapidamente a cama.

Anahí: Deita ela aqui, por favor. Bem no meio, tá?

Alfonso: Pode deixar. – ainda com extremo cuidado deitou a menina na cama, que resmungou alguma coisa, mas continuou a dormir virando para o outro lado.

Anahí: Obrigada.

Alfonso: Por nada.

Anahí sentou-se na cama e ficou a acarinhando Luiza que dormia como um anjo, sempre sob o olhar fascinado e atento de Alfonso.

Alfonso: Você é uma ótima mãe. – comentou de forma casual, recebendo um olhar surpreso de Anahí.

Anahí: Obrigada. – sorriu e agradeceu novamente. – Faço o que posso.

Alfonso: A Luiza é uma garotinha de sorte.

Anahí: Ah, para com isso. – sem graça, levantou da cama e cobriu a filha, ligando o abajur depois.

Alfonso: Mas eu tô falando sério.

Anahí: Está me deixando sem graça. – parou ao lado da porta e esperou Alfonso sair, antes de apagar a luz e deixar a porta apenas escorada.

Já fora do quarto Alfonso não esperou muito antes de enlaçar a cintura dela com os braços e encosta-la na parede do corredor.

Alfonso: Eu quero que você seja minha mulher – Fala com o rosto a poucos centímetros do ouvido de Any.

Anahi se afasta um pouco de Poncho, o suficiente apenas para que ela possa visualizar o seu rosto.

Anahí:  Eu já sou sua mulher – Confessa.

Ele sorri.

Alfonso:  Eu sei disso, mas eu quero você por inteiro – Diz.

Anahí: Como assim? – Pergunto confusa.

Alfonso: Eu quero você perto de mim - Fala.

Anahí:  E o que sugere ? – Perguntou sedutoramente.

Alfonso:  Eu sugiro... Casamento – Diz.

Anahí:  Casamento? – Ela estava pasma.

Alfonso:  Sim, casamento – Fala convicto.

Ela se afasta de Poncho. Ele mantinha sua pose seria e ao mesmo tempo despreocupado.

Anahí: Poncho, não acha que nós estamos indo rápido demais? – pergunta.

Alfonso: Por que ? No amor, nunca se esta indo rápido demais !

Anahí: Não... Por favor, Poncho, nós não podemos dar um passo tão grande assim – Afirma.

Alfonso: Por que não ? – Ele estava atordoado – é por causa da Lu?

Anahí:  Poncho...

Alfonso: Se for pela Lu eu tenho certeza que ela vai entender e aceitar. Ela gosta de mim e eu dela. Nos damos bem e eu vou fazer de tudo pra ser um bom pai pra ela. Eu prometo Any. Eu já amo sua filha como se fosse minha também. Eu quero cuidar de vocês duas. Quero que sejamos uma família. Eu te amo!

Anahí: Eu também te amo – disse com os olhos marejados.

Alfonso: Então case - se comigo...

Anahí: Me da um tempo, pra... pra pensar, pra colocar tudo no lugar. Preciso acertar os ponteiros, entende?

Alfonso: Não, mas se você acha melhor assim... Bom, eu vou estar esperando sua resposta.

Anahí: Te amo – o beijo-o.

Alfonso: E o que você tinha pra me dizer?

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