Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

Like the colors in autumn, so bright, just before they lose it all - part 1

Quando Poncho acordou e olhou para o lado, viu que Anahi já não estava mais lá. Procurou com os olhos por todos os lados, mais nenhum sinal dela. Levantou-se e foi até o quarto de visitas onde Luiza havia dormido, mas também não a encontrou. Ele não entendia o que havia acontecido. O porquê de Anahí ter ido embora sem nem se despedir. Começou a ficar preocupado. Poderia ter ocorrido algo. Pegou o telefone e ligou pra ela, mas em todas as tentativas a ligação não fora atendida. Poncho, então desistiu, pois ainda teria que tomar banho pra ir pra Televisa e já estava atrasado. Durante o dia todo ele ligou pra Anahí, mas ela não atendia suas ligações, já desanimado quando resolveu deixar um recado na secretaria eletrônica: Meu amor, eu não sei o que está acontecendo. Mas tô preocupado. Fiquei o dia todo tentando descobrir o que houve... Olha, se se eu tiver feito algo errado,  me perdoa. Se você estiver com algum problema agente resolve junto. Mas me deixa ficar do teu lado...  Eu te amo demais, Any. Me liga, por favor.

Do outro lado da linha Anahi ouvia o recado e chorava intensamente com as mãos no rosto olhando para o chão pelas frestas dos dedos, pensando em todos os momentos felizes que viveu com Poncho e receando que eles não existiriam mais. Depois de alguns minutos ouviu batidas na porta do quarto. Ela não levantou para atender, continuou apenas chorando com as mãos no rosto e cotovelos nos joelhos, sentada no sofá. Batem mais uma vez e ela novamente ignorou. A porta abre uma pequena fresta em um ligeiro momento.

Dulce: Any! - ela fecha a porta e vem na direção da amiga - Any, sou eu, olhe pra mim... Any olhe pra mim - ele tenta tirar as mãos de Anahí e com muito esforço consegue. Segura seu rosto e a faz olhar pra ela. Seus olhos estavam inchados de tanto chorar –O que houve? Por que está chorando?
Anahí: Eu... Não... Não consegui... - são essas as palavras que ela consegue pronunciar entre seus soluços
Dulce: O que aconteceu?
Anahí: Eu não consegui contar a verdade Dul...Eu fiquei com medo...ele não vai me perdoar... - isso é tudo que ela diz, e volta a chorar mais intensamente.
O rosto de Dulce muda de confusão extrema à compreensão.

Dulce: Oh, Any... - ele passa o braço ao redor de Anahi, acaricia seu ombro – Você tem que ser forte... Infelizmente é um risco que você tem que correr, amiga. Esse segredo não pode durar pra sempre. Vai ficar tudo bem... Agora me conta como foi? – Anahí olhou pra ela durante alguns segundos
Anahí: Ele me pediu em casamento... Quando ele descobrir, ele não...
Dulce: Ai, Any - falou abraçando-a de modo que Anahí ficou com a cabeça em seu peito – Vai ficar tudo bem.
Anahí: Não, Dulce! Você sabe que não! Ele nunca vai me perdoar!
Ficaram um bom tempo abraçadas até que Dulce a soltou e falou;
Dulce: Já chega Anahí! Eu não aguento mais assistir essa situação e não fazer nada. Não dá mais pra ver a Lu, crescendo e sofrendo com ausência de um pai, sem saber que ele tá do lado dela. Não dá pra ver o Poncho seguir sem saber que tem um a filha e não da pra te ver nessa angustia toda.

Anahí: Dul... – sussurrou.

Dulce: Levanta dai agora. Eu vou com você. Agente vai acabar com essa situação de uma vez por todas.

Anahí: Eu não consigo...

Dulce: Consegue sim. Eu tô do seu lado.

Anahí: Obrigada – levantou-se e abraçou a amiga muito forte - Te amo.

Dulce: Te amo – falou enquanto afagava o cabelo de Anahí.

Anahi, então se preparou pra sair e junto com Dulce seguiu para a casa de Poncho. Mal sabiam elas que algo estava pra acontecer.

Apartamento do Poncho  – Sexta- Feira 18h33min

A campainha do apartamento de Alfonso toca ele se levanta do sofá onde estava decorando uma falas do seu personagm da mini serie, caminhou até  a porta e abriu.

Alfonso: Você? – perguntou surpreso.

Velasco: Olá, Herrera, como vai? – estendeu a mão para um comprimento.

Alfonso: O que você faz aqui? – perguntou sério sem pegar na mão de Velasco.
Velasco: Quero Conversar. Posso entrar?
Alfonso: CONVERSAR? – abriu espaço pra ele entrar - Conversar o que? – falou fechando porta
Velasco: É sobre a Anahí.

Alfonso: Ah, claro! Só podia ser... eu não tenho nada pra falar com você sobre a Any.

Velasco: Mas eu tenho algo pra te falar.- sentou-se no sofá.
Alfonso: Saia da minha casa não entende que você não é bem vindo aqui?
Velasco: Só saio quando você me ouvir.
Alfonso: Beleza! Então fala logo e vaza. – cruzando os braços.

Velasco:  Como esta o relacionamento de vocês? - Perguntou olhando pra uma foto de Anahí no meio dos textos de Poncho.
Alfonso: Não te interessa.
Velasco:  Interessa sim! – pegou a foto pra olhar - Ela é minha ex-mulher e eu me preocupo com ela.
Alfonso: Olha, sai da minha casa antes que eu seja preso por agressão ao Presidente da Republica – tomou a foto dele.

Porém Velasco ficou profundamente comovido ao ver a fisionomia alegre de Anahí no foto. Em sua mente lembrou-se dos momentos felizes que passou ao lado da ex- esposa. Lembrou-se do companheirismo e do carinho com que ela sempre o tratou.
Velasco: Já vou... – falou tentando esconder a emoção – Posso te pedir uma coisa?

Alfonso: Se depois você sumir da minha frente...

Velasco: Faz a Anahí feliz... Ela é uma pessoa maravilhosa... Foi e ainda é muito importante pra mim – fechou os olhos refletindo – Eu não posso a ver sofrer... – levantou-se apressado e caminhou até a porta.

Alfonso: Ei, espera. Afinal de contas o que você veio fazer aqui?

Velasco: Era só isso - virou-se em direção a Poncho – Faça o que te pedi independente do que acontecer – abriu a porta.

Alfonso: Ela vai ser feliz, por que eu a amo. Assim como eu já amo a filha de vocês.

Velasco: Luiza... minha filhinha... – falava de contas pra Poncho e sorriu a lembrar da garotinha - como eu queria que ela... – suspirou - Ela é um anjinho – já ia sair quando foi chamado.

Alfonso: Velasco! Não vou tomar o seu lugar de pai na vida dela.

Velasco: Eu sei – riu de canto- você não faria como eu fiz – falou sem pensar.

Alfonso: O que? Como assim “como você fez”?

Velasco: Não! – exclamou ao perceber o que falou. Virou-se pra Poncho – é... Com licença – e saiu.

Alfonso: O que você quis dizer? – Seguia-o até o elevador - Me responde... Você não é o pai dela, é isso? É isso, não é?

Velasco: Não. Você entendeu errado – apertava o botão do elevador ansioso.

Alfonso: Não, não entendi, não... Foi pra isso que você veio aqui, não foi? Só não estava com coragem de falar. Ela não é sua filha... RESPONDE.

Velasco: Ela é minha filha! - disse com veemência e entrou no elevador - Não biológica, mas é eu a amo como se fosse... – fala em seguida abaixa a cabeça secando algumas lagrimas que escorreram por seu rosto.

Alfonso: O pai dela... - Os olhos de Alfonso se encheram de lágrimas, seu coração começou a acelerar e sua respiração ficou ofegante - Me diz que não é o que eu tô pensando... – cobriu o rosto com as mãos e começou a chorar – Ela é minha filha?

Velasco: Eu não tenho esse direito.  Não tenho... - Fechou a porta do elevador.

Antes de irem pra casa de Poncho, Anahi e Dulce passaram na casa de Christian, que ficava na mesma rua. Lá Maite já as esperava. Os três RBD deram muita força a Any. Ela os pediu pra ir sozinha conversar com o namorado, eles concordaram e combinaram de ficar lá a espera dela.

comentem...