Fanfic: Despertar do coração | Tema: Rebelde - AyA

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 Dias depois...

Colégio San José – 13hs e 45min

Assim que chegou ao batente da escadaria do colégio, Luiza arregalou os olhinhos ao ver quem estava a esperando. Poncho havia vindo lhe buscar! A garotinha rapidamente correu em direção ao pai pulando em seus braços.

Luiza: Papai! – Disse enquanto o abraçava.

Alfonso: Oi, meu amor. – Pegou-a no colo e deu-lhe um beijinho em sua bochecha.

Luiza: Eu estava com saudades. – Disse inclinando a cabeça para o lado.

Alfonso: Eu também estava morrendo de saudades de você, minha estrelinha – falou enchendo-a de beijos e fazendo-a gargalhar. – Me desculpa pelo atraso, tá? Eu tive problemas lá na Televisa e não pude vir antes... - Disse a encarando e Luiza assentiu - E como recompensa por você ter ficado aqui, me esperando direitinho... A Senhorita pode me pedir qualquer coisa.

Luiza: Qualquer coisa? – perguntou com os olhinhos brilhando.

Alfonso: Qualquer coisa! – afirmou ele.

Luiza: Deixa eu pensar...  – Luiza fazia uma caretinha engraçada enquanto pensava, mas não deixava de ser fofa.

Alfonso: Então...? – ele perguntou.

Luiza: Eu já sei o que eu quero! – falou com um enorme sorriso.

Alfonso: O que é? – perguntou. – O que a minha gatinha quer?

Luiza: Nesse fim de semana o senhor sabe que é dia dos pais, não é? – ele concordou com a cabeça, confuso sobre o que isso tinha a ver com o presente. – Então... Eu queria que eu – apontou pra ela mesma – o senhor... – apontou pro pai – e a mamãe passássemos o dia juntos... Agente podia viajar pro litoral igual as minhas amiguinhas. – Ela disse corada, pois estava envergonha, mas com os olhinhos brilhando de expectativa.

Poncho respirou fundo, não sabia como dizer isso a filha. Esperava que ela pedisse outra coisa, como algum brinquedo, algo material. Ele no fundo queria muito estar com a filha e com Anahí nesse dia especial, sabia como era importante para Luiza só de olhar em seus olhos, e também era muito importante para ele, mas a situação entre ele e Anahí não era a das melhores... Isso seria impossível!!

Alfonso: Meu amor... Nós... Nós não podemos.  – ele disse e instantaneamente viu o sorriso no rosto da menininha sumir e dar lugar a um biquinho denunciando o choro que vinha a seguir. Rapidamente ela saiu de seus braços e correr em direção à escada da escola. – Luiza! – ele chamou, mas ela já havia subido. – Droga!

Poncho subiu a escadaria atrás de Luiza. Procurou pela pequena até que a achou. Seu pequeno corpinho estava encolhido atrás de uma mesa cor-de-rosa. Ela tremia e podia escutar os soluços que a mesma dava. Seu interior foi tomado por uma imensa dor em ver tal cena e ainda mais por tê-la causado. Agachou-se de frente para a filha e falou:

Alfonso: Meu amor. – disse mas Luiza não olhou – Luiza olha para mim. – pediu ele, mas não adiantou, pois a menina continuava com a cabeça entre as pernas – Lu... Desculpa o papai.

Luiza: Não... – ela disse pela primeira vez com a vozinha embargada pelo choro. – O senhor não gosta de mim. – ela disse triste fazendo Poncho se sentir mais culpado.

Alfonso: Isso não é verdade! Eu te amo! – ele afirmou.

Luiza: Então vai a praia comigo e a mamãe? – perguntou esperançosa. Poncho respirou fundo e pegou a filha no colo pensando em uma maneira de persuadi-la.

Alfonso: Escuta meu amor... Eu queria com todo o meu coração ir. Mas você sabe que eu e a sua mamãe estamos... estamos com problemas – disse à filha. – Me perdoa, minha vida.

Luiza: Eu sei... Vocês brigaram e a mamãe está namorando aquele feioso – disse dando um longo suspiro.

Alfonso: A sua mãe... ela... ela está namorando? – perguntou e Luiza assentiu.

Luiza: Eu ouvi ela falar pra tia Mari e pra vovó. Ela disse que vai aceitar quando ele voltar – suspirou – Mas eu não quero que ela namore com ele... – agarrou-se ao pescoço do pai e começou a chorar novamente – Eu quero que ela fique com você, papai.

Alfonso: Oh, meu amor, não chora. – disse afagando os cabelos da filha que chorava baixinho – Não fica assim... Essa coisas são complicadas. Quando você for maior você vai entender, tá? – disse e Luiza assentiu suspirando. – Mas filha, eu prometo que agente vai se divertir muito no fim de semana... Prometo, estrelinha – disse tentando alegra-la.

Luiza: O que vamos fazer? – ergueu a cabeça e se levantou do colo dele coçando os olhinhos.

Alfonso: É surpresa – ficou de pé.

Luiza: Me conta, papai...- Alfonso sorriu e negou com a cabeça – Ah, papai, conta... - o deu a mão e os dois saíram.

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