Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

Levantou-se para recuperar a harpa, e Alfonso a olhou fixamente.

- Assim na ópera aconteceu algo grave entre você e Uckermann.

Ela abraçou a harpa com ar contrariado.

- Não sei a que se refere.

Alfonso desviou os olhos para Cicely, que estava seguindo a conversa dos dois irmãos com suma atenção.

- Cicely, por favor, importar-se-ia de ir vestir-se para ir ao Almack"s ? Dulce subirá em um momento.

- Não penso ir - protestou Dulce, mas sua prima já se levantara e se dirigia para a porta. Jamais desobedecia a uma ordem direta.

Tão logo teve desaparecido, Alfonso se plantou diante da Dulce.

- Hoje vi ao Whitmore.

O alarme se expandiu pelo rosto de sua irmã.

- Ah, sim? - disse, tentando forçar a voz para soar calma.

- Reprovou-me por permitir que um indivíduo como Uckermann saísse com você. Expliquei-lhe sobre nossa aposta.

- Fez o que? - gritou ela, lhe lançando um olhar assassino. - Não tinha nenhum direito a fazer isso!

- Estava lhe fazendo um favor. Henry quer casar-se contigo, e não queria estragar suas oportunidades lhe fazendo pensar que está considerando seriamente se casar com o Uckermann.

- Para sua informação, Henry já me pediu duas vezes que me case com ele, e em ambas as ocasiões rechacei sua oferta.

- Ah. - Alfonso a surpreendeu quando se pôs a rir. - Não posso dizer que o lamente. Esse menino, mais tolo e não nasce; mas como em geral prefere a meninos tolos...

- Isso não é verdade. - Dulce ficou escarlate. Como era possível que seu irmão a conhecesse tão pouco?

Embora, pensando-o bem, tampouco tinham compartilhado muito tempo juntos. Quando foi suficientemente mais velha para conhecê-lo melhor, Alfonso partiu para estudar em Eton, e quando retornou se uniu à camarilha do príncipe, com quem passava virtuosamente todas as horas. Inclusive quando seu pai morrera uns anos antes, e Alfonso se convertera na cabeça de família, assumiu que ela era capaz de arrumar-se sozinha, assim jamais se intrometia em seus assuntos. Bom, até há pouco tempo.

- De qualquer modo - prosseguiu Alfonso, - Whitmore fez uns comentários vagos alegando que Uckermann não era um cavalheiro digno de você. Mas quando o apressei, não quis me dar mais detalhes.

"Ufa! Graças a Deus."

- Ora! Simplesmente está com ciúme.

Alfonso arqueou uma sobrancelha.

- Também perguntei a Cicely a respeito, e me respondeu que não sabe o que é que aconteceu. Ou mente ou verdadeiramente não sabe, e posto que Cicely nunca me mentisse, devo assumir que não sabe nada. Assim, só fica uma opção: que você mesma me conte o que aconteceu na ópera.

Dulce desviou a vista e se agarrou à harpa com mais força.

- Henry insultou a lorde Uckermann, e o visconde atuou com sua rudeza habitual. Isso é tudo o que aconteceu.

- Duvido-o. - Alfonso se aproximou mais de sua irmã e depositou a mão na harpa, quase roçando os braços da Dulce. - Como Whitmore estará esta noite no Almack"s, possivelmente deveria falar com ele outra vez. Talvez mostre mais vontade de me contar o que aconteceu se ofereço algum incentivo, como por exemplo, se lhe prometer que o apoiarei em seu esforço de obter sua mão.

Dulce voltou a fulminá-lo com o olhar, mas os glaciais olhos azuis de seu irmão a fizeram estremecer.

- Não será capaz de fazer algo assim. Mas se acaba de dizer que é um idiota completo.

- Ah, mas quem sabe o que posso chegar a dizer se estiver sozinho. Se você, Cicely e Anahí não estiverem no Almack"s para me distrair não terei nada melhor que fazer do que falar com o Henry.

Dulce o olhava sem dar crédito ao que ouvia. Isso era uma suja chantagem, embora muito efetive, por certo. Não estava de todo segura se as ameaças diretas do Christopher manteriam a boca de seu ciumento primo fechada, sem ventilar suas desagradáveis suspeitas, se pensasse que com isso poderia tirar algum proveito.

- De acordo. Irei ao Almack"s mas não posso lhe prometer que seja uma boa companhia esta noite.

Alfonso encolheu os ombros.

- Dá-me igual se for ou não uma boa companhia. Só quero que vá.

Em seguida, deu meia volta e se dirigiu para a porta com o habitual porte seguro que adotava depois de conseguir o que queria. Dulce não se pôde conter e recorreu ao gesto infantil de lhe mostrar a língua.