Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

Esse sujeito era o filho de um príncipe, com uma graciosa forma de andar e uma aparência impecável.

Vestia à última moda, e sua juba desalinhada já não existia, agora exibia um cabelo curto, penteado em ondas para trás que destacavam os contornos de seu rosto completamente barbeado.

Seu pulso se acelerou até um ritmo trepidante. Barbeou-se, trazia roupa nova, e de algum modo milagroso tinha conseguido um passe para entrar no Almack"S.

Tinha-o feito por ela? Por isso lhe tinha solicitado? Ou por outra razão que não conseguia ver?

Sentiu um pânico instantâneo ao pensar que o tinha feito por ela, depois de que previamente a tivesse decepcionado em repetidas ocasiões.

E, entretanto... Barbeou-se, tal como lhe tinha pedido. Isso tinha que significar algo.

Especialmente tendo em conta que a enorme cicatriz que lhe atravessava a face direita era tão visível como lhe tinha assegurado. O estranho era que deslizava em uma linha perfeitamente reta nada parecida à cicatriz dentada que ela esperava por causa de uma estrondosa queda de cavalo. Além disso, era longa, prolongava-se da curva superior de sua face até o extremo de seu queixo.

Que Christopher se atreveu a expor a cicatriz que nenhuma dama devia ver provocou que seu coração se acelerasse ainda mais.

E isso não era a única coisa que a alterava de tal modo. Se não fosse pela cicatriz, esse homem seria espetacularmente belo, especialmente vestido com essa roupagem tão elegante. Não lhe cabia dúvida de que o nó da gravata o tinha realizado umas mãos peritas, e esse casaco de seda de cor marfim lhe sentava maravilhosamente; só o reputado alfaiate do Beau Brummell podia ter confeccionado uma peça tão singular.

E céus! Essas calças ajustadas aos joelhos ficavam perfeitas! Dulce conteve a respiração. Supunha que o visconde tinha umas pernas esbeltas, mas com as calças velhas e deformadas que estava acostumado a usar não era possível estar certa disso.

Agora sabia que tinha razão, porque esses músculos robustos e escuros em suas panturrilhas se exibiam sem temor, provocando um efeito espetacular nas meias e as calças ajustadas.

De repente, lembrou-se da incrível sensação que havia sentido quando esfregou sua parte mais íntima com essas coxas firmes, hercúleos.

Reprovando-se a si mesma por esses pensamentos tão obscenos, levantou rapidamente a vista e se encontrou com os olhos do Christopher, que a olhavam fixamente. Certamente devia pensar que era tola, repassando-o com tanto descaramento de cima abaixo boquiaberta, como o resto dos idiotas ao redor dela.

O ambiente era evidentemente tenso, mas antes que Dulce pudesse fazer nada mais que obsequiar a Christopher com um leve sorriso, a música arrancou com força, e se viu obrigada a iniciar a dança.

Era-lhe impossível concentrar-se. Era difícil prestar atenção aos passos quando seu interior ardia com um montão de perguntas sem resposta. Como tinha conseguido entrar no clube? Por que tinha vindo? Tinha-o feito por ela?

Não podia remediá-lo; a vista ia para ele com mais freqüência do que desejava. Agora Christopher estava falando com sua irmã e com o Alfonso. Quando terminou de dançar com lorde Peter, viu que Christopher tirava a Anahí a dançar ao mesmo tempo em que ela se via arrastada novamente à pista por um jovem aborrecido a quem tinha prometido uma dança a princípio da noite.

Seguiram outras duas danças mais aborrecida, com dois jovens também aborrecidos, enquanto Christopher dançava com o Cicely e depois com uma viúva que tinha fama de contar com numerosos amantes.

Antes, Dulce tinha pensado que essa mulher era interessante, mas agora se deu conta de que era realmente formosa.