Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

Dulce sentiu como lhe fervia o sangue quando viu que a viúva flertava e sorria e parecia estar desfrutando muito com a companhia de lorde Uckermann. A aparição dos Iversley momentos depois acabou por encher o copo. Assim Christopher não confiava nela para fazer de acompanhante da Anahí. Só o havia dito para que fosse ao baile e fosse testemunha de sua espetacular apresentação em cena.

Assim que essa era o estratagema, não? Christopher ansiava lhe demonstrar que se queria podia exibir-se no Almack"s como um Adônis e conseguir que todas as damas suspirassem por ele.

De acordo. Deixaria que se divertisse, mas não lhe daria a satisfação de lhe demonstrar que lhe importava. Porque não era certo. Não, não. Ao inimigo, nem caso. Dulce estava tão ocupada por demonstrar que não lhe importava o que fizesse Christopher que quando chegou a hora da valsa se deu conta de que não tinha com quem dançar. Mas então apareceu ele, um pedaço de homem de quase dois metros de altura, esquisitamente polido e elegantemente vestido. Nesse momento lhe começaram a tremer as pernas e pensou que ia desmaiar. Maldito fosse esse homem.

Sua agitação aumentou quando ele fez uma reverência e disse:

- Se estiver livre, eu gostaria que me concedesse sua próxima dança.

Uma petição expressa com toda cortesia. Acaso não iriam cessar os milagres? Ela unicamente conseguiu assentir com a cabeça.

No momento em que encontraram um espaço livre na pista, o pulso da Dulce ficou a pulsar a um ritmo tão frenético que temeu por sua saúde. Era a primeira vez que dançava com ele, apesar de lhe haver permitido que se tomassem com ela outras liberdades mais escandalosas.

Um delicioso comichão lhe percorreu as costas quando ele a olhou e cobriu sua mão enluvada com a sua. Com a outra mão, agarrou-a pela cintura, mantendo a distância adequada entre seus corpos, tal como exigia o decoro. No momento em que se atreveu a olhá-lo diretamente nos olhos, descobriu que ele a estava observando com um olhar que não encobria nem o mínimo desejo de possuí-la.

O comichão que sentia cessou imediatamente, e todas suas perguntas se amontoaram em sua boca com a clara intenção de explodir.

- O que... Como conseguiu...Quando se há...?

- Não me diga que por fim consegui deixar a Belle me Dê, sem fala - disse, e um leve sorriso se desenhou em seus lábios, que agora pareciam mais sensuais sem a sombra do enorme bigode. - Não achei que isso fosse possível.

O rubor se apoderou das faces de Dulce, e em seguida levantou o queixo de forma altiva.

- Pensei que tinha se convertido em um cavalheiro, mas já vejo que de novo se inclina pelos insultos.

- Brincadeiras, não insultos. - Seu sorriso se tornou mais amplo. - Disse que queria que me comportasse como um cavalheiro; não disse nada sobre agir de forma aborrecida.

Como se ele pudesse ser aborrecido.

A música começou, e Christopher a arrastou pela pista com a graça de um perito. Outra surpresa.

Dulce podia entender que fosse hábil com as danças mais simples e conhecidas, mas a valsa tinha irrompido na Inglaterra fazia pouco. Inclusive nem todos os assistentes às festas no Almack"s o dançavam com mestria.

- Onde aprendeu a dançar a valsa?No Castlemaine? - perguntou-lhe enquanto ele a fazia girar pela pista com desenvoltura.

- Quem acha que era o companheiro de Anahí em suas aulas de dança? - A seguir franziu o cenho e olhou à multidão que os rodeava. - Embora deva confessar que jamais tinha visto tão pouco espaço disponível para dançar.

Só então ela se deu conta de que a multidão se foi aproximando do casal cada vez mais, para escutar do que estavam falando A Belle me Dê e o visconde Dragão, agora que ele tinha decidido apresentar-se como um verdadeiro conde.

- Parece que todo mundo sente curiosidade por você - apontou ela. - E não são os únicos. Morro de vontade de saber o que está fazendo aqui.

O sorriso dos lábios do Christopher se apagou.

- Achava que não deixariam entrar em um tipo incompetente como eu, não é?

Dulce se sobressaltou ante tal asseveração, porque era precisamente o pensamento que tinha tido.

- Pensei que não seria capaz de se atrever a vir. Não me diga que se rebaixou para solicitar um convite a "esse bando de abutres", tal como você lhes chamou.

- Não. Outro homem se encarregou de solicitá-lo em meu nome, um homem a quem não deixariam atravessar estes muros. Felizmente, meu título e nome bastaram para obter um passe para convidados. Deixaram-me entrar como convidado de Anahí.