Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

O que significava que tinha tido que se apresentar ante as organizadoras da festa para obter seu visto bom. De novo, seu coração começou a pulsar desenfreadamente. Não devia ter sido nada fácil para ele. Que conclusão podia tirar de tudo isso?

- Isso explica como chegou até aqui, mas não o por que.

- Sabe perfeitamente o motivo. Desafiou-me de um modo que não podia ignorar.

- Que desafio? - perguntou, tentando fazer-se desentendida.

- Demonstrar-lhe que não sou um idiota incapaz de comportar-se como é devido em sociedade. Christopher inclinou a cabeça para indicar um casal próximo que lhes estavam lançando olhares nada sutis. - Não é que me importe, mas tal como lhe disse embora me vista de seda da cabeça aos pés a pessoas continuarão me olhando com desdém.

- Volta a olhar - o animou ela com suavidade. - Verá que não há nenhum pingo de repulsa em seus rostos.

Ele olhou ao casal fixamente, e o mesmo fez Dulce. Certo, em seus rostos se vislumbrava uma grande dose de curiosidade, mas nada mais, como no resto dos rostos dos ali presentes. Só os que já o conheciam, e que tinham sido vítimas de seus insultos, olhavam-no com desagrado, e inclusive com eles havia mais curiosidade e incredulidade que desprezo.

Christopher voltou a cravar a vista nos olhos da Dulce, e sua boca se esticou até formar uma linha muito fina.

- Olham minha cicatriz.

Dulce duvidou uns instantes. Tentava-se desmerecer a importância dessa cicatriz, ele não acreditaria, assim era melhor ser honesta.

- Claro, é impressionante.

- Pois eu não a haveria descrito desse modo - respondeu ele.

- Isso é porque você já está acostumado, mas o resto de nós não. - Dulce cravou a vista na cicatriz. - Por isso não podemos evitar olhá-la. É como uma marca que distingue a um puro sangue do montão de pangarés. Diferencia-o do resto.

Christopher agarrou sua mão com mais força.

- Uma marca? Interessante escolha de palavras.

Ela continuou observando a cicatriz.

- Parece-se muito a uma queimadura severa que vi uma vez. Ouvi que é a lembrança que ficou de uma terrível queda de cavalo, mas o certo é que por sua forma não parece que seja fruto de um acidente.

A julgar pela postura rígida de Christopher, tinha atingido o alvo.

- E como pode saber que aspecto tem uma cicatriz que deriva de uma queda de cavalo?

- Às vezes trabalho de voluntária no hospital da Chelsea. Vi suficientes feridas para saber a diferença que há entre uma queimadura e a classe de cicatriz que fica na pele depois de uma queda.

- Você? Voluntária em um hospital? - exclamou com tom cético.

- Cuidado - avisou-a. - Está se aproximando perigosamente da franja de descortesia, e até agora o estava fazendo muito bem.

Christopher se mostrou ofendido ante o deliberado esforço de Dulce por provocá-lo, e ela esperou a inevitável resposta ácida de seu interlocutor.

Mas não aconteceu nada. Limitou-se a respirar profundamente, como se preparasse para uma missão onerosa e acrescentou:

- Será melhor que mudemos de assunto.

Dulce se sentiu aliviada e sorriu para demonstrar sua grata surpresa.

- Sim, tem razão.

Mas o certo era que teria preferido continuar com o assunto. Não lhe tinha esclarecido como fizera essa cicatriz. Tratava-se de uma queimadura, estava convencida, mas como se pôde queimar de forma tão terrível só nesse lado do rosto e em nenhum lugar mais?

- Assim, tem a intenção de deixar que Anahí e Alfonso prossigam com seu namoro? - perguntou-lhe com interesse.

- Desde que você me permita que continue cortejando-a. Acredito que te demonstrei que posso ser um cavalheiro, para satisfazer seus gostos tão refinados.