Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

Capítulo treze.

"Nada mais infalível para conseguir que uma jovem dama se comporte devidamente com um jovem cavalheiro que a ameaça de um irmão que fale mais da conta."

SENHORITA CICELY TREMAINE,

A preceptora ideal

"Não foi o único motivo pelo que deixei que me beijasse."

A frase ressoou na cabeça do Christopher durante muito tempo. Tinha vindo demonstrar de uma vez por todas que os amigos da Dulce eram muito desumanos para a Anahí; agora todo seu plano se foi ao traste. Inicialmente, tinha recebido as mesmas olhadas depreciativas, os comentários desagradáveis, e o trato cruel que sempre esperava obter quando aparecia em público, mas rapidamente todos esses contratempos se desvaneceram no ar. Agora se dava conta de que os assistentes o olhavam com curiosidade diferente, como lhe dando a entender que estava em todo seu direito de querer pertencer a essa sociedade distinta.

No centro do embrulho estava Dulce, com seu vestido de seda azul e sapatos brancos. Por uma vez, tinha adornado seu cabelo dourado com flores em lugar de com um chapéu. Brilhava como uma manhã cálida da primavera e seu comportamento em público para ele encaixavam perfeitamente com sua aparência.

Tinha estado observando-o com atenção, na pista de dança e na sala dos refrigérios. À distância e quando tinha estado a seu lado, de onde não se moveu desde que tinham terminado de dançar a valsa.

Rodeavam-na a multidão usual de admiradores, tão masculinos como femininos, mas, entretanto, ele era o único ao que lhe dedicava seus sorrisos, ele era o único com o que ela conversava quase todo o tempo.

Christopher não sabia o que pensar. Equivocou-se, não só com ela, mas também com o resto dessa turma? Era inclusive possível que se equivocasse com o Foxmoor e Anahí?

Não, não podia acreditar. Aceitava que Dulce não estivesse implicada no plano do Foxmoor, mas se negava a admitir que o plano do Foxmoor fosse fruto de sua imaginação.

- O que opina sobre a guerra, lorde Uckermann? - perguntou-lhe Dulce. - Acredita que Napoleão foi derrotado por fim?

Ele enfocou novamente sua atenção para a conversa entre a Dulce e um grupo de amigos que pareciam estar surpreendentemente contentes de poder compartilhar o mesmo grupo que ele.

Seu primeiro impulso foi admitir que a guerra lhe importasse um pepino, mas começava a acostumar-se a evitar essas respostas tão pouco cavalheirescas.

- Bonaparte não conseguirá escapar da Elba com uma falange de soldados ingleses vigiando-o.

- Especialmente se os soldados ingleses são tão monumentais como você - apontou uma jovem com um marcado sotaque espanhol, a prima de outra dessas mulheres. Quando ele a olhou, ela baixou os olhos timidamente. - E tão fortes.

Christopher piscou. Por todos os Santos, estava essa jovem flertando com ele? Mal podia recordar a última vez que isso tinha acontecido, se é que tinha acontecido alguma vez.

- Considero que um rifle Purdey seria mais útil para manter à distância Napoleão que o braço musculoso de um soldado inglês - resmungou ele, sentindo-se desconfortável ante tal adulação.

- Disparou alguma vez, Uckermann? - perguntou outra voz, nesta ocasião masculina. Depois de observar atentamente ao jovem, respondeu:

- Sim, alguma vez. Tenho que vigiar que a população de codornas não se aumente muito no Castlemaine ou se comeriam inclusive a lã de minhas ovelhas.

Para sua surpresa os ali presentes riram da brincadeira. Uma risada genuína. E isso sem se esforçar em ser engraçado.

- Que classe de arma utiliza? - perguntou outro cavalheiro não tão jovem. - James Purdey desenha rifles de muito boa qualidade, mas eu prefiro ao Manton. Seus rifles disparam melhor.