Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

- OH, vamos, não se faça de inocente comigo. Está claro que você e o senhor Byrne são amigos, e todo mundo sabe que são meio-irmãos.

- Pois o Príncipe de Gales não opina o mesmo.

- É verdade. Mas não é necessário que o príncipe reconheça ao senhor Byrne como filho para que a gente saiba. E o mesmo se passa com você. E aposto o que quiser que se um dos dois fizesse o esforço por aproximar-se de Sua Alteza, tratá-los-ia com a mesma generosidade com a que tratou a seus outros filhos naturais.

- Embora isso fosse certo, não acredito que nos oferecesse sua ajuda sem nenhuma condição. E não estou interessado em aceitar suas malditas condições.

Dulce se deteve ante a mesa de refrigérios, virtualmente deserta. Enquanto lhe oferecia um copo, ela o observou com um porte tranqüilo, sincero e honesto.

- É esse o motivo pelo qual expulsou o príncipe de suas terras faz anos?

- Expulsei-o porquê converteu a minha mãe em uma puta.

- Como diz?

Podia ver claramente o que ela estava pensando: "São necessárias duas pessoas para obter uma puta". Christopher tinha tentado ignorar essa dolorosa verdade durante mais da metade de sua vida.

E não estava disposto a pensar nessa idéia agora. Serviu-se de um copo de limonada a si mesmo.

- Não estávamos falando de minha mãe - grunhiu. - Estávamos falando do Byrne, e não vejo que relação tem com tudo isto. Por que acha que ele e eu somos tão bons amigos?

Dulce encolheu os ombros.

- Foi ele quem lhe conseguiu o passe para entrar. Todo mundo sabe que ele e determinada senhorita, que é uma das organizadoras, foram companheiros íntimos - apontou ela com naturalidade.

- Para ser só uma jovem dama, sabe muitas coisas.

Ela sorriu.

- Obrigado, tento me manter informada sobre os falatórios.

- Por que motivo?

- Para distinguir a meus amigos de meus inimigos.

- Que mundo tão maravilhoso o que você habita, não? Que a obriga a tomar tais medidas preventivas - comentou-o levantando o copo para simular um brinde.

- E seu mundo é diferente? Desatende as intrigas sobre seus parceiros? Não sabe em quem pode confiar ou quem maltratou a sua família ou quem é muito orgulhoso para aceitar um pouco de caridade? Não se rege por esses conhecimentos?

Christopher tomou um gole de limonada.

- Não é o mesmo.

- Por quê? Porque estes não são seus servos? Admite-o: seu mundo não é distinto ao meu. Contêm coisas boas e más, coisas perigosas e benignas. E se uma pessoa sensata quer sobreviver em um desses mundos, tem que ser capaz de distinguir entre o bem e o mal.

Ele jamais o tinha considerado esse ponto de vista.

- Suponho que tem razão - confessou.

- Você converteu esse mundo em algo seu; compreende-o e se sente a gosto nele. Mas também poderia compreender o meu, se quisesse. De acordo, pertence ao seu, sabe e por isso o defende, mas não consigo entender por que luta tanto contra o meu.

- Porque jamais pertenci a seu ditoso mundo.

- Não, o que acontece é que nunca tentou pertencer.

- Jamais lhe vi nenhuma vantagem, e continuo sem vê-la.

- O matrimônio da Anahí não seria mais simples se pudesse estar perto dela para vigiá-la?

Christopher pigarreou com cepticismo.

- É muito esperta para seu próprio bem, sabia?

Observou-lhe com um sorriso brilhante.

- Não, não até que me disse você.

Seu sorriso enganador fez em pedacinhos as correntes que se encarregavam de conter cativo o coração do Christopher, e se sentiu invadido por uma sensação de quietude, de uma doce calidez. Desejava a essa mulher. Não tinha sentido, e só Deus sabia a magnitude de tal insensatez, mas a queria. E não só para meter-se com ela na cama.