Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

Desejava estar junto a ela no Castlemaine e, se fosse necessário, em uma casa em Londres. Ansiava tanto possuí-la que seu corpo se intumescia ante tal desejo. Recordava-lhe à mulher cheia de luz que Blake tinha imortalizado no quadro do dragão e que ele tinha em sua casa. Queria que sua luz brilhasse só para ele só para o dragão.

Mas podia o dragão possuir a mulher sem consumi-la? Ou sem ele mesmo ser consumido por essa luz que irradiava dela? Não estava tão certo.

- Mas olhe a quem temos aqui! Se não é o casalzinho feliz - proclamou uma voz sarcástica a suas costas.

O sorriso da Dulce se congelou e se converteu em uma máscara educada quando se voltou para saudar o recém-chegado.

- Olá, Henry. Alegro-me de vê-lo.

Christopher o olhou e se esforçou por saudar o de forma cortês.

- Whitmore, tudo bem? Justamente, íamos de caminho à pista de dança.

- Com os copos cheios de limonada? Não acredito. - Whitmore se situou em meio do casal e se serviu de um copo de limonada. - Além disso, comigo não têm que fingir. É possível que enganem ao resto destes néscios, mas eu sei o que trazem entre mãos.

O alarme se estendeu pelo rosto da Dulce.

- Não sei a que se refere. - Depositou imediatamente o copo de limonada sobre a mesa e se agarrou ao braço do Christopher. - E é certo que nos dirigíamos à pista, assim se nos desculpar...

Tentou arrastar ao Christopher e ele não opôs resistência. Não desejava protagonizar outra cena similar há de uns dias antes na ópera que tinha derivado na fileira de acusações por parte da Dulce.

- E o que tiraste da aposta, Uckermann? - gritou Whitmore.

Sua pergunta paralisou ao Christopher, especialmente quando percebeu o pânico que invadia os olhos da Dulce. Confundido, escapou da garra de seu acompanhante e olhou ao Whitmore.

- Que aposta?

- Entre ela e seu irmão. Já sabe a aposta que Foxmoor propôs a Dulce; sim, homem, de que ela não seria capaz de domá-lo e fazer de você um homem respeitável ante a sociedade.

Ao ver que Dulce não o negava abertamente, Christopher disse:

- Ah! Essa aposta.

A julgar pelo sorriso de satisfação que coroou o rosto do Whitmore, o primo da Dulce se deu conta de que Christopher desconhecia a aposta. Elevou seu copo para a Dulce e continuou:

- Assim, me diga, que incentivo lhe ofereceu Foxmoor se conseguisse mudar Uckermann, como se fosse um de seus projetos caridosos?

- Não seja ridículo! - explodiu Dulce com raiva. - Lorde Uckermann não é meu projeto caridoso.

- Aposta, projeto caridoso dá no mesmo. Converteu Uckermann em um cavalheiro. E em vista a como todo mundo fala dele esta noite, ganhou claramente a aposta.

As palavras "aposta" e "projeto caridoso" ressoavam na cabeça do Christopher enquanto observava a expressão de satisfação do Whitmore.

Henry tomou um sorvo de limonada.

- Vamos, Dulce, me diga o que ganhou.

- Nada, quero dizer não se tratava de dinheiro - sussurrou Dulce.

Christopher notou que lhe retorcia o estômago. Até que ela não pronunciou essas palavras, albergou esperanças de que Whitmore se equivocasse. Mas não, era certo que Dulce tinha aceitado uma maldita aposta com seu irmão em que ele era o objetivo.

Tudo encaixava perfeitamente. Por que a não ser ela teria tolerado esse contrato tão pouco razoável com ele? Pobre idiota! E ele que tinha feito ilusões sobre compartilhar sua vida com essa mulher no Castlemaine!

Deveria ter feito caso a seus instintos em lugar de deixar-se seduzir pelo sortilégio com o que ela o tinha encantado tentando-o a inundar-se plenamente no oceano traidor. Deveria ter sabido que ela jamais seria capaz de interessar-se por um sujeito como ele. Por que chegou a pensar que o faria? Porque a tinha beijado algumas vezes? Porque lhe tinha deixado que a acariciasse? Essa era provavelmente uma tática que desdobrou para ganhar a aposta.