Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

- Toma - disse, lançando algo sobre a saia da Dulce. - Anahí me pediu que lhe dê isto quando nos tivéssemos partido. Suponho que se trata de alguma tolice feminina, para lhe dar as boas-vindas na família.

Mas seu gesto pareceu incomodá-la mais que não acalmá-la. Com mãos trêmulas, guardou o pacote na bolsa.

- Obrigada.

- Não pensa lê-la?

- Irei ler mais tarde.

- Não me importa se ler agora.

- Prefiro estar sozinha quando leio minhas cartas. Isso é tudo.

- Entendo. - Embora o certo fosse que não o entendia. Era esse o modo no que ela pensava organizar seu matrimônio, de uma forma rígida e formal e privada? Não lhe assentou nada bem, mas o que podia fazer para mudar essa atitude?

Seguiram o caminho em um tenso silêncio antes que ela acrescentasse:

- Aonde vamos?

- É uma surpresa.

Ela engoliu em seco.

- Uma surpresa que eu gostarei?

- Assim espero. Dará a oportunidade de estarmos sozinhos.

- Durante quanto tempo?

- Até que nos cansemos.

Dulce conteve a respiração, a seguir cravou a vista em suas mãos.

- Não vamos a nenhum lugar... Muito remoto, não?

Essa pergunta acabou de encher a paciência do Christopher.

- O que quer dizer?

- Haverá algum criado que possa enviar uma mensagem à cidade?

- Se o desejar, sim. E a quem quer enviar uma mensagem?

- Quero que Cicely saiba onde estou se por acaso precisa ficar em contato comigo.

- De acordo. - Sua pergunta e sua estranha dependência em sua prima o exasperaram ainda mais. - Desde que não planeje que ela venha nos ver, poderá lhe enviar tantas mensagens quanto quiser.

Então, sem poder evitar, Christopher olhou a Dulce fixamente e lhe perguntou:

- É que tem medo de ficar a sós comigo?

- Não, claro que não - respondeu ela.

- Então, o que se passa? Agora que é minha esposa se mostra menos coquete que quando não estávamos nem sequer noivos.

Regina se esforçou por sorrir.

- Qualquer mulher fica nervosa no dia de suas bodas.

- Então tenho o remédio infalível. - Christopher se sentou no assento que ocupava Dulce, levantou sua esposa e a depositou em seu colo.

- Christopher! - gritou, tentando escapar dele. - Pelo amor de Deus! Que ainda é de dia e há muita luz!

- Não diga tolices. Começa a anoitecer. Além disso, estamos casados.

Antes que ela pudesse protestar mais, ele a beijou com uma paixão desmedida. Primeiro Dulce pareceu um pouco tímida, como se lhe desse vergonha devolver o beijo, mas não demorou para deixar-se levar pela imensa sensualidade que emanava de seu marido.

Quando seus braços se enredaram no pescoço do Christopher, ele soltou um suspiro de alívio e a beijou no pescoço com ardor. Não pensava desvirginá-la na carruagem como uma besta incivilizada, mas podia prepará-la para quando fizessem o amor mais tarde.

Chegariam a seu destino em algumas horas, o que deixava a ele suficiente margem para excitá-la e livrar-se dessa atitude virginal que não lhe agradava.

Embora não sabia se seria capaz de suportar. Cada beijo era mais apaixonado, até que chegou a pensar que ficaria em evidência se não provava logo essa carne tão doce.

Inclinou-se para beijá-la no pescoço, mas se cravou com algo bicudo no olho.

- Mas que diabo? - balbuciou ao mesmo tempo em que se separava dela. Então prestou atenção à gola do vestido. - O que são essas coisas bicudas?

- É uma gorguera - replicou ela indignada. - Com arame para que se agüente reta.

- É letal! - protestou ele. - É que não quer que a toque?

Uma risada musical escapou dos lábios da Dulce.

- Não pensei nisso quando a costureira me confeccionou o vestido. A Belle Assembléia o define como o traje de viagem de mais novidade e elegante que apareceu em muito tempo. Não está de acordo?

- É novidade. Nisso estou de acordo.

- Pois eu o acho realmente especial e atraente.

- Atrativo no sentido draconiano, possivelmente.

Dulce piscou divertida.

- Então é perfeito para a esposa do visconde Dragão.

Ele esgrimiu um leve sorriso.

- A viscondessa Dragão. Fica bem. Só você é capaz de escolher um vestuário desenhado para torturar a um homem.

- Jamais me ocorreu que começaria a me atacar logo que entrássemos na carruagem - contra-atacou ela, arqueando uma sobrancelha.

- Isso é porque ainda não conhece seu marido - respondeu ele ao tempo que lhe lambia o lóbulo da orelha. - De agora em diante terei que ajudá-la a escolher seus trajes, porque não estou disposto a sofrer esta tortura cada vez que tente beijar a minha esposa.

- OH, pobre dragão! - brincou ela. - Se sente frustrado por um simples traje de viagem. Acha que será capaz de manter a cabeça erguida diante do resto dos dragões?

- Espero que não existam mais dragões - lhe sussurrou ao ouvido. - Quero ser o único.

Quando ela o fulminou com um olhar irado, Christopher soube que havia dito algo incorreto.

- Jurei ser fiel. E antes me disse que confia em mim.