Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

- E esta é a cozinha - dizia ele quando a introduziu em um pequeno aposento limpo e ordenado, do tamanho das cozinhas nas casas da capital. - Tem fome?

Dulce fez um enorme esforço para esgrimir um sorriso.

- Depois do delicioso ágape de nossas bodas? Deve estar brincando.

- Bem. - Os olhos do Christopher brilhavam quando a rodeou com seus braços. - Ordenei aos criados que nos deixassem um lanche frio no caso de sim, mas eu quero algo diferente para jantar.

Beijou-a nos lábios, e como não havia nenhum servo perto, foi um beijo descaradamente luxurioso. Entretanto, ela não conseguia relaxar em seus braços. Uma coisa era estar sentada em seu colo na carruagem, onde sabia que ele não se podia exceder, e outra distinta era estar agora a sós com ele.

Possivelmente era verdade que de forma inconsciente tinha escolhido esse traje com a idéia de freá-lo.

Mas sabia que não podia adiar mais o inevitável.

Quando notou os dedos de seu marido lhe desabotoando o traje, deu um saltinho e retrocedeu. Sentia-se completamente morta de calor.

- E o que acontece com os criados? E se nos vêem na cozinha?

- Dei-lhes a noite livre. Não voltarão até amanhã de manhã, para ocupar-se de nós, mas pensei que poderíamos passar sem eles em nossa noite de núpcias, que estaríamos mais confortáveis. - Christopher a olhou nos olhos. - Ainda está nervosa?

- Só um pouco - disse ela, tentando manter um tom depravado e engolindo a ansiedade que a consumia.

Com um sorriso decididamente draconiano, abraçou-a com força.

- Vamos lá cima. Tenho o que necessita para relaxar.

Quando a guiou para as escadas, o coração da Dulce começou a pulsar a mil por hora. O quarto. Levava para o quarto.

- É muito tarde para aceitar esse lanche frio?

Christopher a abrasou com o olhar.

- Façamos um trato: depois que lhe mostre a surpresa que lhe reservei, se o desejar desceremos para comer algo, de acordo?

Ela arqueou uma sobrancelha com evidente nervosismo.

- A surpresa não tem nada que ver com... Bem... já sabe.

Ele rompeu a rir.

- Não, não de um modo direto.

Seu comentário despertou suficientemente a curiosidade para não lançar mais protestos e se deixou levar até o piso superior. Uma vez ali entraram em um amplo quarto, com a lareira acesa. Ela analisou o aposento, impressionada ante as paredes revestidas de papel de seda vermelho e o fabuloso tapete oriental estampado com motivos dourados e escarlate.

E então a divisou. A harpa mais impressionante que jamais tinha visto. Com o nariz apontando ao teto, como uma rainha ofendida pela decoração circundante, mas bem vulgar, o pesado instrumento repousava ao lado da fastuosa cama a China.

- Ohhh, Christopher! - balbuciou ela, e depois acrescentou desconcertada: - É para mim?

- É claro que é para você. Pode imaginar, com estas titânicas mãos, tocando um instrumento tão delicado?