Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

Dulce deixou ver sua alegria através de uma incontrolável e genuína gargalhada e, sem poder resistir, precipitou-se para a harpa para examiná-la. Sentia-se como uma menina de cinco aninhos no dia de Natal. O pescoço do instrumento estava gravado ornamentalmente com a forma de um dragão com uma longa cauda. Estava claro que Christopher tinha encarregado a elaboração desse instrumento, embora não pudesse imaginar como tinha conseguido que o tivessem preparado em tão pouco tempo.

Deslizou os dedos pelas cordas, sorrindo ante o delicioso som. Christopher inclusive tinha feito que o afinassem.

Ele avançou até ela e se colocou a suas costas.

- Você gosta? Confesso que não entendo muito de harpas, mas Anahí me ajudou a dar as diretrizes ao indivíduo que a fez.

- É maravilhosa. - Dulce se virou e lhe estampou um beijo na boca. - Absolutamente maravilhosa! Eu adoro!

Ele a agarrou com vigor e lhe devolveu o beijo, um beijo tão passional e provocador que Dulce estremeceu da cabeça aos pés. Quando a soltou, os olhos de seu marido despediam um brilho especial, como os de um felino.

- Leu a inscrição?

O prazer veio abaixo em um piscar de olhos.

- A inscrição?

- Na harpa. Fiz que a gravassem especialmente para você.

- Não a vi, lerei mais tarde. - Ela o rodeou com os braços pelo pescoço e levantou a cabeça para lhe dar outro beijo. Entre a opção de meter-se na cama com ele e a de lhe revelar seu defeito nesse preciso instante, preferia a primeira, sem dúvida nenhuma.

Mas ele a afastou suavemente.

- Não. Quero que leia agora. Vamos.

O coração da Dulce se encolheu quando Christopher a virou para a harpa e assinalou umas palavras gravadas em uma plaquinha dourada cravada na caixa de música.

- O que lhe parece?

Dulce simulou que lia a inscrição.

- Sim, que bonita.

- Bonita? Acha que é bonita? - inquiriu ele ao mesmo tempo em que o sorriso se apagava de seu rosto.

Ela assentiu com a cabeça, espremendo os miolos para tentar averiguar o que ele tinha escrito na bendita placa.

- Bonito - repetiu Christopher, com uma crescente amargura em seu tom. - Perfeito. Ou seja, que quanto menos comentemos essa inscrição escandalosa, melhor.

- Não sei do que está falando - sussurrou ela.

- Não se faça de idiota, Dulce; não lhe fica bem. - Deu-lhe as costas e começou a lamentar-se: - Claro, disso se trata, não? O fastidioso traje, seu nervosismo, seu estranho desejo de que sua prima viva conosco, É evidente que o mero pensamento de ficar a sós comigo, de intimar comigo, provoca-lhe uma grande aversão.

- Não disse isso! - gritou ela, alarmada ante a amargura que se desprendia da boca do Christopher.

- Não foi necessário que o dissesse com palavras.

Santo céu. Indubitavelmente, tinha dado um fora.

- Por favor, me diga o que está na placa - se aventurou a perguntar, esperando que lhe respondesse sem que fizesse mais perguntas. - É que possivelmente não tenha entendido bem o que está escrito.

Christopher a olhou com receio.

- Anda, me diga o que está escrito - sussurrou Dulce.

- Você adoraria me escutar dizer essas palavras, não é? Para depois rir de mim. - Sua mandíbula estava totalmente rígida. Passou a mão pelo queixo e logo lançou um bufado, como se sentisse falta de sua basta barba. - Como consegue que sempre me esqueça?- Bajula até que baixo a guarda com sua ternura, e então aparece a feia cabeça de sua verdadeira natureza.

- Que verdadeira natureza? A que se refere?

Por todos os deuses, Dulce se sentia totalmente confusa.

- Que é A Belle me Dê Sãs Merci, que desfruta humilhando os homens que a desejam. Pois bem, não se preocupe, esta noite não penso incomodá-la, não lhe tocarei nem um só cabelo.