Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

Dulce respirou fundo e em seguida se aninhou em sua mão.

Era tudo o que Christopher necessitava para animar-se. Convidou-a levantar do tamborete e a guiou até a cama.

- Então, teremos que nos arrumar sem a harpa e sem o traje, de acordo?

Por resposta ela levantou o rosto e o beijou nos lábios.

Um momento depois, após saciar sua sede carnal, ambos estavam deitados na cama, nus e satisfeitos, e ele a abraçou com força. Dulce se deixou abraçar, e repousou a cabeça em seu peito.

- Espero não tê-la machucado, querida - murmurou Christopher. - Deveria lhe ter dado mais tempo para que se recuperasse, depois de ontem de noite.

- Se o tivesse querido - replicou Dulce, agarrando o lençol para cobrir-se tanto ela como a seu marido, - não o teria despertado tocando harpa nua. Além disso, não me tem feito mal, mas...

Não pôde continuar. Sua elucidação se viu atalhada por uma risada mordaz.

- Do que ri? - perguntou ele com curiosidade.

- De minhas amigas. São um bando de bobas. Deveria ter ouvido o que me contaram sobre a noite de núpcias. Quase me tinham convencido de que a minha seria horrorosa.

Ele arqueou uma sobrancelha.

- Espero que isso signifique que não foi.

Um sorriso de sereia tocou os lábios da Dulce.

- Sabe perfeitamente que foi genial surpreendente.

- Você sim, esteve surpreendente.

Dulce lhe lançou um olhar desafiante.

- Quer dizer que me comportei como uma vulgar prostituta.

- Deliciosamente vulgar, graças a Deus.

- Não se importa?

- Ter a uma mulher que desfruta compartilhando minha cama? Por todos os céus, por que deveria me importar?

Os olhos de sua esposa diminuíram grandemente.

- Não estará dizendo isso só para economizar uma fortuna em jóias, não?

Christopher piscou desconcertado.

- Como?

- Minhas amigas me disseram que a única vantagem das relações maritais é que seus maridos depois lhes compram jóias.

- E você quer jóia?

- Não se isso significa nos esquecer do que gozamos.

Christopher esgrimiu um sorriso.

- Não, isso não se pode esquecer. Mas não me tinha ocorrido comprar nenhuma jóia.

Ela pôs-se a rir.

- Sabia. Sabia que não o faria. Não é dessa classe de homens.

- Comprei-lhe uma harpa - recordou-o.

- Sim, e eu adoro.

- Embora não possa ler a inscrição.

Dulce ficou tensa, e toda sua alegria se desvaneceu no ar. Christopher se arrependeu imediatamente deter articulado essas palavras.

Mas agora que tinham feito o amor pela segunda vez e que se acalmou sua libido, desejava saber como era possível que não pudesse ler.

- Assim não pode ler nada?

Dulce sacudiu a cabeça negativamente e se virou para o outro lado da cama.

Ele também deu meia volta e ficou observando-a de costas, depois lhe passou o braço pela cintura.

- Não me importa, querida. Mas eu gostaria de saber como é possível que a filha de um duque seja...

- Tola? - a pronunciou com amargura. - Uma completa idiota?

- Iletrada - corrigiu-a ele. Aproximou-a até seu peito e lhe fez carinhos no pescoço. - Não tem nem um fio de tola. Isso é o que quero dizer. Como é que não conseguiu aprender a ler?

Ela voltou o rosto e o olhou fixamente.

- Tentei-o, sabe? Centenas de vezes. Milhares de vezes. Asseguro-lhe isso. Pus todo meu empenho. Mas não consegui. - Seu lábio inferior tremeu ligeiramente. - Já lhe disse isso, minha mente não funciona tal e como deveria fazê-lo.