Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

Capítulo vinte.

" Sua pupila seguirá suas regras com mais obcecação se primeiro vir as conseqüências do que lhe pode acontecer se as infringir."

SENHORITA CICELY TREMAINE,

A preceptora ideal

Dulce tinha tentado, uma e outra vez. Mas depois de quatro dias de tortura, estava tão longe de aprender a ler como o tinha estado em todos os anos anteriores. Pior ainda, ansiava estrangular a pessoa que tinha inventado esse horrível invento da escritura. Também desejava estrangular ao Christopher, porque se negava a atirar a toalha.

No meio da amanhã do quinto dia de sua lua de mel enquanto se achava sentada em uma das bonitas salas da Illyria tentando seguir o caderno que seu marido havia trazido da casa principal, sentiu-se cansada e estúpida, cansada das evidentes mostra de preocupação no rosto do Christopher quando ela pronunciava a palavra equivocada, cansada de suportar a frustração de seu marido, que não era mais que um reflexo da sua própria.

E o pior de tudo, estava cansada dessas dores de cabeça. Mas Christopher não esquecia sua missão nem um só minuto, não mostrava compaixão alguma, e não a deixava deitar-se na cama para aliviar a dor com uma compressa fria na fronte. Não a menos que o seduzisse, o que não conseguia fazer quando lhe doía a cabeça.

Sua lua de mel tinha adotado uma direção asfixiante.

- Outra vez, Dulce - lhe ordenou enquanto passava a página da caderneta com as estampas vermelhas que ela começava a odiar. - Fixa lhe na forma da letra. Um "d" tem uma barriga na parte esquerda, não na direita. A letra que está escrevendo é um "b".

- "B" de burro - murmurou ela. - Ou também nisso me equivoco?

- Não é nenhuma burra.

- Não estava falando de mim. - Afastou a caderneta a um lado, e o olhou com aborrecimento. - Quando admitirá que não posso fazê-lo? Depois de todas estas horas de trabalho, mal posso ler meu nome, muito menos um livro. E quanto a escrever...

- Sei, sei. - Christopher se esfregou o queixo pensativo. - Realmente pensava que ia ser mais fácil. Confesso que agora sinto um maior respeito pela senhorita Tremaine que antes. Mas se tentasse...

- Tentar! - gritou, levantando-se da cadeira raivosamente. - Como se atreve! Concentrei-me nesta maldita caderneta até que me fecham os olhos e me doem as nádegas de estar tanto tempo sentada, e tem a audácia de...

- Não me deixou terminar, querida – atalhou no mesmo tempo em que a agarrava pela mão e a obrigava a sentar-se em seu colo. - Já sei que tentou. O que ia dizer é que se tentasse não pensar que é algo impossível de conseguir, certamente poderíamos avançar um pouco mais. Mostra-se abatida inclusive antes de começarmos.

Um pouco mais sossegada, ela apoiou sua fronte na de seu marido.

- Só penso que é impossível porque o é. Por que insiste em que posso fazer algo que tentei durante tantos anos sem êxito?

- Porque tenho fé em você - murmurou lhe acariciando a face. - Mas acredito que até agora não teve a oportunidade de prová-lo.

- E agora tenho essa oportunidade e não o consigo - apontou ela. - Possivelmente tenha chegado à hora de aceitar a derrota.

- Nem pensar! - Christopher se separou dela e a olhou com ar de recriminação. - Não penso permiti-lo!