Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

Suas duras palavras a encheram de medo.

- Se tenta me reter aqui contra minha vontade, farei que Cicely venha me buscar.

- Como pensa fazê-lo? Não pode escrever uma carta.

Dulce se ruborizou.

- Pedirei a um dos criados que a escreva por mim.

- Seriamente? - Christopher sorriu com malícia. - Me atreveria a pensar que não deseja que nenhum criado de sua própria casa averigúe que não pode ler, assim não acredito que o revele a um servo da minha.

O fato de que tivesse razão só incrementou sua raiva.

- Então pagarei a algum lavrador de sua pequena aldeia.

- Basta, Dulce, sabe que não consentirei que faça essa tolice.

- Como? Está-me dizendo que me proíbe fazê-lo?

- Sim. - Quando o monossílabo provocou que Dulce se levantasse imediatamente de seu colo ele a agarrou pelo braço com firmeza e a olhou com furor. - Passei a metade de minha vida convertido no objeto das intrigas mais cruéis que possa imaginar. A população da aldeia me aceitou finalmente como um latifundiário justo que se preocupa com o que acontece em suas terras e por seus habitantes, e pretende lhes dar um motivo para mexericar sobre minha esposa? O que digam que morre de vontade de me abandonar só uma semana depois de nos ter casado?

- Não morro de vontade de...

- Não tem nem idéia do que isso supõe. Posso confiar em meus criados. Sei que são leais e discretos, mas dos parceiros da aldeia... - Negou efusivamente com a cabeça. - Não o consentirei.

Toda a raiva que sentia Dulce se dissolveu instantaneamente. Se havia alguém capaz de compreender essa classe de orgulho, essa era ela. Mas a questão que mais lhe preocupava era que seu marido queria mantê-la encerrada no Castlemaine.

- Então não ficará outra opção que ir andando até Londres, a menos que tenha a intenção de me encerrar em sua masmorra - o desafiou.

- É claro que não. - Christopher soprou com cansaço. - Muito bem, retornaremos à capital até que se acabe a temporada de festas, se for o que deseja.

- Sim. É o que quero.

- Mas só depois de que prossigamos com nossas lições de leitura uns poucos dias mais. De acordo?

- De acordo.

Dulce deveria ter se sentido aliviada quando viu que seu marido se advinha a razões, mas tinha o desagradável pressentimento de que o desastre não se sufocara, mas unicamente foi prorrogado.

- Além disso, nossa lua de mel acaba quase de começar. Certamente não se incomodará que queira estar a sós com você uns dias mais.

- Não - disse ela. O tom do Christopher se tornou mais quente, e isso ajudou a afastar parte do desconforto que sentia. É claro que ele tinha que ser exigente agora; se tão somente fazia uma semana que se casaram. - Mas não penso passar o resto de nossa lua de mel sofrendo a custa das lições de leitura e dores de cabeça. Ao menos por hoje, podemos fazer algo diferente?

Christopher notou um repentino e prazenteiro calor nas faces.

- O que queira, querida - murmurou ao mesmo tempo em que fixava a vista nos sensuais lábios de sua esposa.

- Não me referia a isso, vadio. Já dedicamos suficiente tempo a essas práticas - respondeu Dulce com um sorriso cativante.

Ele lançou um resmungo em sinal de frustração.

- Então, no que está pensando?

- Em dar um passeio a cavalo. Poderíamos ver o resto de suas terras e visitar a casa principal. Um sorrisinho malicioso coroou seus lábios. - Inclusive poderia me mostrar à famosa masmorra.

- De acordo. Mas será melhor que nos esqueçamos da masmorra. Esse lugar é frio e úmido, e não contém nada mais que garrafas de vinho e correntes oxidadas. Não é o lugar mais adequado para uma dama.

- Mas com tanto falar desse lugar, tenho uma enorme curiosidade.

- Só porque tem uma imagem fantasiosa na cabeça. Asseguro, não é tal e como lhe imagina - explicou enquanto esgrimia um sorriso forçado. - Se de verdade quer vê-lo, mostrarei embora preferiria não despertar a esses feios ratos que habitam ali embaixo.