Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

A cozinheira inspecionou a ferida de seu filho e se sentiu aliviada quando viu que não se tratava de nada sério, tal como lhe tinha adiantado Dulce, que nesse momento apontava para uma mesa localizada no centro da cozinha.

- Deite-o aqui - ordenou a Christopher. Depois se voltou para a cozinheira e acrescentou:

- Necessitarei de uma agulha desinfetada, um pouco de linho, um pano limpo e úmido, e mais panos de linho limpos e secos. Ah! E um ungüento de camomila, excelente para cicatrizar feridas.

A cozinheira entrou em ação, abriu um armário e disse:

- Tenho uma agulha e um fio forte que uso para costurar os frangos cheios. Servirá? - Então desviou a vista para uma das criadas. - O que faz aí parada? Vá procurar o ungüento! Rápido!

A garota saiu correndo da cozinha, e a cozinheira voltou a cravar os olhos no rosto suarento de seu pobre filho.

- Asseguro senhora, este menino é muito forte. Ira me enterrar antes que eu a ele; mas é um travesso . Este mês já é a terceira vez que cai. - Depois entregou a Dulce o que lhe tinha pedido.

- Os meninos são assim - o desculpou Dulce com um leve sorriso. - Sempre preparados para meter-se em problemas.

Mas quando enfiou a linha na agulha, Timmy não parecia preparado para mais problemas e começou a mugir como uma ovelha perdida.

Christopher ofereceu a mão ao menino assustado.

- Vamos, menino. Chorar assim não lhe servirá de nada. Deixa que ela acabe rapidamente o que tem que fazer. É melhor passar os maus goles quanto antes. Quando lhe doer, aperta minha mão tão forte como puder, de acordo?

Timmy cessou de choramingar e olhou ao Christopher com evidente pavor. A metade dos meninos da propriedade temiam o visconde, e isso sempre o tinha aborrecido. Assim quando Dulce cravou a agulha na pele do menino e este se agarrou com força a sua mão, Christopher se sentiu invadido por uma sensação de satisfação.

- Isso, menino - murmurou. - Aperte forte.

O menino engoliu em seco, mas não afastou os olhos do rosto do Christopher nem um só instante.

- Foi assim que se fez essa grande cicatriz na face, senhor? Caiu em um cano, como eu?

- Quieto, Timmy - o repreendeu sua mãe ao mesmo tempo em que olhava ao Christopher como lhe implorando perdão pela insolência de seu filho.

- Ela foi feita brigando contra uma bruxa malvada - explicou Dulce. - Tentou enfeitiçá-lo com um diabólico encantamento, com um atiçador de fogo ardendo, porque queria ficar com todas as terras do Castlemaine. Mas apesar de conseguir feri-lo, ele se manteve firme. Igual a agora você está apertando sua mão firme, campeão.

Timmy respirou profundamente e deixou de aferrar-se com tanta força à mão do Christopher, que esgrimiu um sorriso. Sua mãe se teria jogado sobre Dulce, por tê-la chamado bruxa malvada.

- Muito bem. Já está - anunciou Dulce enquanto mordia o fio para cortá-lo com os dentes.

- Vê? Não foi tão grave, não é? E agora já podemos nos despedir disto. - Tirou-lhe o torniquete e sorriu ao ver que os pontos tinham ficado completamente juntos.

A cozinheira examinou o lenço que tinha servido de torniquete.

- Senhora, seu lenço ficou completamente manchado. Sinto muitíssimo, seriamente.

- Não é nada. - Dulce lançou a Christopher um olhar de cumplicidade. - O senhor visconde me comprará outro, não é?

- Não um, mas dez. Comprarei tudo o que queira.

Quando a cozinheira e a criada trocaram olhares de surpresa, Christopher tentou recuperar a compostura de novo. Não tinha intenção de se fincar sobre um joelho e golpear o peito proclamando um absoluto idiota publicamente.

- Bom, acredito que entre as três podem dirigir perfeitamente a situação, assim irei ver esse canto com canos. Terá que tirar esses canos para que não se volte a repetir um acidente como este. - Comentou Christopher com um olhar vaidoso.

Quando abandonava a cozinha, a criada que tinha saído para procurar o ungüento retornou com uma caixa cheia de garrafas. Christopher estava já na soleira da porta quando a ouviu exclamar:

- Sinto muito, senhora, mas não sei ler, assim não sei que garrafa é a que necessita. Trouxe-lhe todas as garrafas que encontrei no nicho.

Com o rosto alarmado, Christopher desfez seus passos. A cozinheira já tinha entregue a Dulce a caixa com as garrafas.

- Aqui tem senhora; se não se importa de procurar a garrafa indicada, é que não tenho postos os óculos para ler.

Dulce tinha ficado totalmente pálida e tinha começado a rebuscar dentro da caixa. Mas antes que Christopher se posicionasse a seu lado, ela escolheu uma garrafa e passou os dedos por cima da etiqueta, com ar duvidoso.



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 A Pérola das Arábias 

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Espero vocês por la hein!