Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

- A que faceta se refere?

- A que lhe leva a pensar que é um ser tão supremo que pode permitir-se fazer o que lhe agradar, inclusive seduzir a mulheres casadas como a minha mãe ou à mãe do Iversley.

- Iversley? - interrompeu-o ela. - Lorde Iversley é filho do príncipe?

Christopher conteve o ar, desconfortável, e depois acrescentou:

- Maldição. Sou um linguarudo. Não deveria tê-lo revelado.

Dulce o olhou fixamente. Sua mente processava a informação a toda velocidade. Esse era o motivo pelo qual o conde e ele eram tão bons amigos. E o motivo pelo qual a esposa desse homem se estava encarregando de apresentar a Anahí em sociedade.

Santo céu.

- Está certo de que lorde Iversley é filho do príncipe?

- O pai do Iversley era impotente, e sua mãe teve uma aventura com esse trapaceiro. Iversley está certo, assim como eu também.

- Mas essa senhora poderia ter tido mais amantes.

- Segundo o que conta Iversley, não. Sua mãe não era como a minha - explicou com a voz mais tensa. - Mas isso não importava ao príncipe, que se teria metido na cama com algo que levasse saia.

- É verdade, e por isso posso entender que esteja tão ressentido com ele. - Ela escolheu as palavras com muito cuidado. - Mas há muitos homens assim, O senhor Byrne, por exemplo. E, entretanto, deixa que esse indivíduo se aproxime da Anahí. Então, por que não permite que Sua Alteza se aproxime dela?

- Porque uma vez que o príncipe a tenha sob seu controle, fará o que puder para conseguir o que quer! - exclamou furioso. - Embora para isso tenha que encerrar a Anahí em uma masmorra.

- Encerrá-la em uma masmorra? Não seja ridículo! Ele jamais faria... - A feroz expressão do rosto do Christopher lhe gelou o coração. - OH, não... Não me diga... não me diga que o encerraram na masmorra do Castlemaine.

Durante uns segundos longuíssimos, o único som audível foi o ruído dos cascos dos cavalos se chocando contra o chão. Christopher olhou pela janela. Sua mandíbula estava mais tensa que nunca.

- Sim, encerraram-me uma vez.

Dulce o observou horrorizada.

- Por culpa do Príncipe de Gales?

Christopher fixou os olhos ardentes, cheios de ódio, em sua esposa.

- Porque o príncipe o ordenou. A Sua maldita Alteza não assentou nada bem saber o que seu insolente filho de treze anos opinava dele.

- Encarou-se com o príncipe? - perguntou-lhe incrédula.

- Disse-lhe que era um filho da puta que não merecia ser rei.

- Santo céu! - balbuciou ela, maravilhando-se da bravura e do atrevimento do Christopher quando tão somente tinha treze anos.

- Estava furioso, vale? O que pode esperar de um menino que cada dia tem que ouvir como os meninos de sua escola chamam a sua mãe a "puta de Gales" e outras coisas piores? Já foi um mau gole averiguar por boca de meus companheiros de classe que eu era um bastardo, mas que além disso tivesse que voltar para casa e simular que esse mal nascido era só um amigo da família... - Christopher jogava fumaça pelas presas.

- Estou segura de que foi muito difícil para você. - Dulce tentou imaginar como um menino tão devoto de seu pai como Christopher podia encaixar quem era seu verdadeiro progenitor, e ainda por cima que o averiguasse a partir de um montão de meninos insolentes. - Qualquer outro menino se teria mostrado mais bem intrigado ao saber que seu pai pertencia à família real.

- Não se tivesse tido que suportar que esse homem lhe beliscasse as faces cada vez que o via ou exigisse ver os boletins sobre seus estudos. Lembro que odiava as visitas do príncipe. Meu pai, quero dizer o visconde, se entrincheirava na biblioteca enquanto minha mãe se dedicava a flertar abertamente com esse sanguessuga, e me deixavam em companhia de meus tutores e me ordenavam não entrar no quarto de minha mãe.