Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

Christopher apertou os punhos com raiva.

- Quando descobri o que acontecia, o príncipe se casou com a Caroline. Durante muito tempo não voltou a aparecer pelo Castlemaine. Então nasceu minha irmã, e parecia que meu pai e minha mãe tinham refeito sua vida de casal. Realmente cheguei a acreditar que nos tínhamos liberado desse velho cabrito. Mas então, quando retornei a casa pelas férias aos treze anos, vi-o de novo ali plantado, ao lado de minha mãe. Eu perdi a paciência e lhe disse que era um filho da puta.

- Suponho que é compreensível.

- Pois não foi para o príncipe - disse com um tom glacial. - Me pediu que me desculpasse, e me neguei. Então me encerrou na masmorra durante três dias.

- Três dias! - estremeceu-se ela com horror.

- Com os ratos, nesse frio e úmido calabouço, e com as noites mais escuras que possa imaginar. - Um calafrio o sacudiu da cabeça aos pés. - Os meus treze anos ninguém ganhava em cabeça dura, mas inclusive assim, tudo tem um limite. Quando minha mãe veio para ver-me a terceira noite para me ordenar que me desculpasse ante o príncipe, não podia suportar a idéia de passar outra noite mais nesse buraco.

Falava com os dentes escuros, rememorando sua humilhação.

- Engoli meu orgulho e pedi perdão a esse mal nascido. Mas jamais lhe perdoei o que me fez. Jamais. E chegou um dia, nove anos mais tarde, que pude dizer-lhe na cara. Disse-lhe o muito que o odiava, e a seguir lhe mandei que saísse do Castlemaine e que levasse a minha mãe com ele, e que nunca voltassem a pôr seus pés em minhas terras. E então foi quando minha mãe me golpeou com o atiçador do fogo no rosto, como agradecimento por todos meus esforços.

A intensa dor em sua voz atravessou a alma a Dulce.

- OH, querido, meu amor.

- Não estou contando isto para que sinta pena por mim. - O tênue sol que desaparecia na linha do horizonte lhe banhou as faces. - Simplesmente quero que compreenda que não é o homem que acredita. Farei tudo o que esteja em minhas mãos para manter Anahí afastada de suas garras. Tudo, me ouviu?

Ela assentiu, embora ainda se negasse a acreditar que o príncipe tão jovial, tão agradável, fosse tal monstro para ordenar que encerrassem a seu próprio filho em uma masmorra durante três dias.

Mas sabia que Christopher não mentia. E se lembrou do pouco animado que seu marido se mostrara quando lhe pediu que lhe mostrasse a masmorra nessa mesma manhã, assim como sua raiva a primeira vez que lhe disse o que a gente comentava sobre as mulheres que tinha ali abaixo encerradas. Claramente estava contando a verdade, mas...

- Está seguro de que o ordenou o príncipe? Possivelmente sua mãe...

- Minha mãe era simplesmente uma marionete desse homem. Não fazia nada a menos que ele o ordenasse. Asseguro.

- E onde estava o visconde?

- Na cidade. Por isso o príncipe tomou a liberdade de nos visitar e agir como um absoluto tirano.

Dulce se aventurou a formular uma pergunta que sabia que seu marido não gostaria.

- Ouviu o príncipe ordenar que lhe encerrassem na masmorra?

Christopher soprou com evidente crispação.

- Estou certo que sim. Além disso, é impossível que ele não se desse conta de meu desaparecimento durante três dias. Nem que reparasse em meu deplorável aspecto quando lhe pedi desculpas.

A garganta da Dulce se contraiu quando imaginou ao jovem Christopher encerrado em uma cova clandestinamente, sem lhe importar quem tinha sido o desalmado que tinha ordenado tal atrocidade.

- Suponho que não o mataram de fome durante esses dias.

Christopher lançou outro resmungo.

- Não, mas dava na mesma. Estar preso nesse lúgubre buraco já era suficiente castigo. Tinha um catre, um pouco de comida e um balde, e não me permitiam sair dali. - cruzou os braços e acariciou os ombros, para reconfortar-se.

- Mas bom, isso passou faz muito tempo. Agora o caso é que o príncipe não é uma pessoa de confiar. E seu irmão tampouco.

- Tem toda a razão sobre o Alfonso - suspirou ela. - Assim o que pensa fazer agora?

- Primeiro quero escutar o que Anahí tem que dizer a respeito, e depois tomarei uma decisão.

- Me prometa que não se baterá em duelo contra meu irmão.

Ele arqueou uma sobrancelha.

- Está preocupada com seu irmãozinho, não?

- Estou preocupada com você! - exclamou ela, ferida ao ver que seu marido pensava que se preocupava mais por Alfonso que por ele.

Christopher relaxou um pouco a mandíbula.

- Posso cuidar de mim mesmo. Não me assusta seu irmão.

- Se abaterem em um duelo, irei perder aos dois. Um morrerá e o outro se verá obrigado a abandonar o país. Não poderia suportar, e sei que isso destroçaria o coração a Anahí. Prometa-me que não o desafiará a nenhum duelo.

Mas ele se limitou a olhar pela janela.

- Prometa-me isso, Christopher!



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Quem ai ta com dó do bebe? =/

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