Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot
Capítulo vinte e quatro.
“Sentir certa debilidade por sua pupila é perfeitamente aceitável desde que não repercutir
negativamente em suas apreciações."
SENHORITA CICELY TREMAINE,
A preceptora ideal
Já entrada a manhã, Dulce, Cicely e Katherine se sentaram na mesa da imaculada biblioteca dos Iversley. Dulce se inclinou por um poema de um dos poetas favoritos de Katherine. Diante dela havia um conjunto de jogo de dados de madeira com as letras do alfabeto gravadas.
Dulce tentou ler a primeira linha.
- Eu... Me... Se...
- É muito difícil - exclamou Cicely.
- Não, não o é. - Dulce passou os dedos por cima do dado que continha a letra que mais se parecia com a seguinte letra.
- Ah, "n". Isso é. Às vezes parece um "u"ou"n", mas não o é.
Por alguma razão, sentir, notar as letras lhe permitia identificá-las com mais facilidade. Não sabia por que, mas depois de descobrir naquele dia no Castlemaine, tinha a certeza de que era a única forma com a que conseguiria aprender a ler.
Ajudava-lhe muitíssimo contar com o apoio da infinita paciência de Katherine e de Cicely. Dulce aspirou fundo.
- Eu me sent... Sentia sou sozinho?
Katherine assentiu.
Sua cabeça começou a dar voltas, mas não desistiu. A cozinheira do Katherine lhe tinha preparado uma bebida que lhe ajudava a acalmar essas dores de cabeça. Mas à medida que passavam os dias, parecia que a dor diminuía.
Estava-se acostumando a esse mal-estar, tal como Christopher havia predito.
Dulce pestanejou. Não queria pensar no Christopher, não agora, que tinha feito um progresso tão considerável. Se não, irremediavelmente se punha a chorar, e então lhe doía a cabeça ainda mais. Tinha tentado guardar todas suas lágrimas para a noite, na cama.
Ultimamente lhe custava muito conciliar o sono.
- "Eu me sentia sozinho e"
OH, outra vez essas benditas letras. Era um "d" ou um "b"?
- "Eu me sentia sozinho e débil"?
Katherine a premiou com um sorriso de satisfação.
- Isso! Conseguiu!
Dulce voltou a pestanejar.
- Tenho lido uma frase de um poema real? Não de uma caderneta para aprender a ler?
- Assim é - respondeu Katherine.
- E a li sozinha. - Incapaz de conter sua alegria, levantou-se da cadeira de um salto e realizou uma pirueta. - Li uma frase eu sozinha! De um poema real!
Sorrindo, Katherine também se levantou e as duas ficaram a dançar como duas meninas. Até que Dulce percebeu as lágrimas que deslizavam pelas pálidas faces da Cicely. Dulce deixou de dançar e se aproximou de sua prima.
- Cicely, o que se passa? São seus pulmões?
- Não... n...Não - conseguiu dizer entre soluços. - To-todos estes anos poderia ah ter aprendido. De... Deveria tê-la em... Ensinado.
Não pôde continuar. Os soluços afogavam suas palavras. Tirou o volumoso lenço que sempre levava em cima e soou ruidosamente. Depois agarrou a mão da Dulce e a apertou com tanta força que lhe fez mal. Depois de uns segundos, conseguiu recompor-se e continuou:
- Falhei-lhe. Jamais deveria ter prestado atenção a esse doutor. Possivelmente então...
Mas teve que interromper seu monólogo. Desta vez o coração lhe encolheu quando viu que agora era Dulce que chorava em silêncio.
- OH, querida, não. Não culpe a si mesma - conseguiu dizer Dulce. Ato seguido abraçou à velha mulher com carinho. - Eu também ouvi o que dizia esse médico. Ambas estávamos ali. Não é sua culpa.
- Sim é! Você era uma menina. Supunha-se que eu devia me ocupar de você.
- E fez isso. Sempre foi a professora e companheira perfeita. Não o duvide.
- Mas deveria me ter esmerado mais. - Cicely voltou a soar o nariz, e então começou outra vez a chorar. - Mas é que... Tinha tanto medo de que pudesse lhe fazer dano. Nunca pude ter filhos, e você era uma coisinha tão pequena e delicada... Se lhe tivesse passado algo não o teria suportado. E o doutor disse...
- Quieta - vaiou Dulce, abraçando Cicely com ternura. - Sei que sempre quis o melhor para mim.
Mas Cicely não conseguia acalmar-se. Afastou-se um pouco da Dulce, olhou-a com cara de pena e continuou:
- Além disso, por minha culpa teve que se casar com esse ogro. Se não tivesse sido por mim.
- Tampouco tem a culpa disso, e Christopher não é um ogro. - Dulce deu uns tapinhas na mão de sua prima. - Digo isso a sério. Quando o conhecer de verdade verá que é um homem muito bom. Só um pouco cabeçudo, às vezes.
- E não são todos assim? - interveio Katherine, sentando-se ao lado das duas mulheres.
- Tornam-se menos teimosos à medida que passa o tempo? - perguntou Dulce a sua cunhada com interesse.
- A verdade é que não. Mas aprenderá a tirar importância a esse defeito. - Katherine sorriu. - E eles rebatem essa falta com outras habilidades.
O sorriso com que Dulce coroou seus lábios era visivelmente forçado. Embora sentisse a falta de Christopher na cama, ainda achava mais falta de sua sagacidade, sua perseverança, sua conduta escandalosa. Nunca sabia o que podia esperar dele.
Todos os jantares e festas a que tinha ido ultimamente, pareciam-lhe aborrecidos. Preferia ficar aí sentada, com Katherine e Cicely, esforçando-se por ler uma frase em lugar de passar a tarde escutando a um montão de idiotas conversarem sobre o tempo.
Meu deus. Mas se soava como Christopher. Tinham transcorrido quatro dias, e começava a temer que ele jamais viesse. Seu desafio tinha sido muito duro para que ele pudesse aceitá-lo? Converteria seu matrimônio em um desses terríveis acordos de pura conveniência em que o marido vivia no campo e a esposa na cidade, e mantinham vidas totalmente separadas?
Dulce não podia suportar essa idéia.
Alguém bateu na porta da biblioteca, e um lacaio mostrou a cabeça timidamente.
- Senhora? Entregaram-me uma carta para lady Uckermann. Pensei que desejaria lê-la agora mesmo, pois a envia seu marido.
Dulce se ruborizou. Todos os criados da casa tinham ouvido a disputa entre o Christopher e ela. Uma humilhação com a que deveria viver durante o resto de sua vida. E se Christopher lhe tinha enviado uma carta... Não podia tratar-se de nada bom.
Autor(a): nany_vondy
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Katherine fez gestos ao criado para que se aproximasse e este entregou a carta a Dulce. Quando ela tomou, notou que pesava mais da conta. Um nó se instalou em sua garganta enquanto rompia o selo e abria a carta. Duas chaves caíram em sua saia. Perplexa, ficou olhando fixamente a folha escrita com a letra nada delicada do Christopher. - Quer que a leia? - per ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 213
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anne_mx Postado em 25/02/2021 - 13:17:33
AMEI A FANFIC, incrível, confesso que essa linguagem mais formal as vezes me dava um pouco de tédio, mas o enredo foi extremamente envolvente e bom de se ler, continuaaaa <3
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stellabarcelos Postado em 12/11/2015 - 01:54:03
Essa fanfic é demais
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Vanuza Ribeiro Postado em 13/06/2015 - 04:15:50
ADOOOOOOOOOOOOOOOOOOREI a fanfic, é otima do inicio ao fim é perfeita
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bida Postado em 21/09/2013 - 21:05:23
OH q Lindo o Final, vou sentir saudades da web...bjos :)
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larivondy Postado em 21/09/2013 - 10:36:04
aaaah, perfeeita *-* pena que acabou, adapta outra Vondy pliiis, acompanho com certeza, obrigada por compartilhar essa história conosco e por lembrar de mim nos agradecimentos :) !! bjooos
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claudiarafa.s2 Postado em 19/09/2013 - 22:31:37
amai essa web do começo ao fim,me encantei com os personagens e com a historia em sí;e fico muito grata por você ter compartilhado conosco ,BJs e obrigada s2
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nathy...dyr Postado em 19/09/2013 - 22:23:11
Aww' eu Ameiii essa web,ela é mt Perfeitaa ,vou fica cm mts saudades *-*
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Luavermelha Postado em 19/09/2013 - 19:20:09
aaaaain ameeei essa web :) hehehe ucker liiiiiiindo.
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alwaysvondy Postado em 19/09/2013 - 18:30:40
acaboooooou :((((( amei essa web do inicio ao fim, pena q sempre tudo q é bom acaba rápido uahsuahsuah fiquei feliz pq o filho deles tem meu sobrenome kkkkkkkkkk enfim, amei a web
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nathy...dyr Postado em 17/09/2013 - 15:02:33
ja? :( to ansiosa para o final *-*