Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

Capítulo quatro.

" A melhor arma contra um pretendente não desejado é olhá-lo com desdém. Usa um espelho para praticar esses olhares cheios de desprezo."

SENHORITA CICELY TREMAINE,

A preceptora ideal

Christopher franziu o cenho quando entrou no espaçoso vestíbulo da mansão extravagantemente decorada que os Foxmoor tinham na cidade. O mordomo lhe tinha anunciado que lady Dulce desceria de um momento a outro, mas já estava esperando-a mais de quinze minutos. Certamente era parte do plano dessa pérfida mulher para dominá-lo e aplacá-lo.

Perfeito. Deixá-la-ia prosseguir com seus joguinhos até que se cansasse. Não pensava alterar-se ante ela. Essa mulher podia ser uma sereia, mas ele atuaria de forma tão inamovível como Ulises preso ao mastro de seu navio.

Igual a Ulises, se submeteria a escutar o perigoso canto da sereia sem sucumbir a seus encantos.

- Você deve ser Uckermann - disse uma voz a suas costas.

Christopher se voltou e divisou a um homem jovem, loiro e vestido com um elegante traje de seda cor azul marinho. Se Christopher não tivesse visto o duque na festa de apresentação em sociedade de Anahí, igualmente o teria reconhecido pela enorme semelhança física que guardava com lady Dulce. Esse moço era realmente bonito, muito bonito para fazer feliz a uma cândida garota como Anahí.

Christopher sentiu uma grande aversão por ele imediatamente.

- Olá, Foxmoor.

Seu interlocutor se mostrou perplexo.

- Tinham-nos apresentado antes?

- Não exatamente, mas sei quem é você.

- Excelente. - O duque lhe estendeu a mão, mas Christopher a recusou. Depois de uns instantes Foxmoor retirou a mão.

- Veio procurar a Dulce, não é assim?

Christopher o olhou desafiante.

- Contou-lhe nosso bem...

- Pacto? Sim. Por certo, um pacto realmente peculiar - precisou com um tom menos afável.

- Não sei se aceitaria, mas Dulce tem o feio costume de fazer sempre o que quer, sem se importar com o que eu diga. Suponho que é um dos inconvenientes de ter uma irmã, não está de acordo?

- Sinto muito, mas não tive o prazer de experimentar esse tipo de problemas – lhe respondeu Christopher ao mesmo tempo em que esgrimia um sorriso anti-social. - Minha irmã jamais ousaria agir sem meu consentimento.

O olhar do Foxmoor se tornou mais gélido.

- Pois me parece que a senhorita Uckermann sabe pensar por si mesma, e logo o averiguará se a obriga a escolher entre você e eu.

- Pode estar certo de que Anahí aceitará o que eu disser sem pigarrear, e se mostrar a mínima objeção.

- Mas não o fará - se gabou Foxmoor, exibindo um sorriso entre dentes.

- Aaaah! Já emerge o inseto calculista que se oculta em seu interior, né?

- Parem os dois! Basta!

Ambos os homens olharam para a escada ao uníssono, mas enquanto Alfonso franzia o cenho ante a aparição de sua irmã embelezada com um deslumbrante vestido de festa, Christopher ficou boquiaberto.

Se antes tinha pensado que era formosa, agora se dava conta que ficara deficitário. A dama que apresentou de improviso no Castlemaine com o fim de visitar um agreste cavalheiro anacoreta não ia vestida para deslumbrar. Em troca, a que tinha agora ante seus olhos se arrumou para cumprir seu papel à perfeição. A Belle me Dê Sãs Merci estava em seu máximo esplendor, com um divino traje entalhado de crepe cor rosa e um vistoso colar de pérolas combinando com brincos como únicos complementos.