Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

Enquanto Alfonso se afastava, Christopher olhou fixamente a Dulce e lhe perguntou:

- É por algo que disse?

- Meu irmão acredita que você é incapaz de comportar-se como um cavalheiro. E com seu comportamento e suas explicações lhe está dando a razão.

Ele sufocou a irritação que sentia.

- Segundo lembro, nosso trato não incluía nenhuma cláusula em que dissesse que tinha que me comportar como um cavalheiro.

- É certo, mas não pensei que dedicaria este mês que compartilharemos a me pôr em evidencia diante de outros.

Christopher adotou uma expressão severa.

- Olhe senhorita, a única coisa que pretendo é ser eu mesmo. Se acreditar que isso a porá em ridículo...

- Basta. Embora se mostre como um dragão anti-social, advirto-o que não é fácil me humilhar.

- Não, suponho que sua tática radica em humilhar a outros.

Dulce se mostrou ofendida e afastou os olhos.

- Claro. Essa é a especialidade "das de minha classe", não é certo? Que inteligente que é você.

Maldição. Tinha ferido seus sentimentos?

Não, não era possível. As mulheres como ela se gabavam de ser capazes de pulverizar a alguém com somente uma palavra. Lady Dulce só estava furiosa porque ele tinha contra-atacado seus insultos.

Uns momentos mais tarde, seu irmão retornou com outra dama. Enquanto Foxmoor fazia as apresentações pertinentes, Christopher examinou a senhorita Cicely Tremaine, quem claramente fazia às vezes de acompanhante de Dulce.

Nem sequer a grande lady Dulce podia apresentar-se em público sem uma dama de companhia.

Mas essa senhorita, que devia roçar os cinqüenta anos, embora macilenta e esquálida, parecia estar suficientemente alerta para manter a distância ao pretendente mais decidido. Obviamente pensava cumprir com sua obrigação, coisa que ao Dulce não preocupava o mínimo. Não tinha intenção de insultar lady Dulce com escandalosas saídas de tom; simplesmente fazendo sua entrada triunfal na festa dos Iversley junto a essa mulher seria suficiente para que ela reconsiderasse a possibilidade dos benefícios de uma associação entre ambas as famílias.

Sem dúvida, iniciou-se o efeito que Christopher desejava conseguir, posto que a acompanhante de lady Dulce o olhasse com expressão de asco. Já na carruagem, ele e Foxmoor se sentaram frente às duas damas e a senhorita Tremaine continuou olhando-o com cara de poucos amigos. Uns minutos mais tarde, quando Dulce tentou acomodar-se no assento e a roçou sem querer com a perna, a expressão de horror no rosto da prima foi quase cômica. Quase.

Apertando os dentes, recordou-se a si mesmo que precisamente essa era a classe de reação que esperava. Desejava que lady Dulce fosse testemunha de como o olhava a gente fora das terras do Castlemaine: com temor, aversão, suspeita ou desprezo.

Exceto pela própria Dulce. Embora certamente se devesse a que era uma boa atriz e sabia encobrir suas reações.

A carruagem continuou seu rumo, e Dulce fixou o olhar em seu par, que estava sentada diante dele. Realmente era uma perita na hora de ocultar seus sentimentos. Era a única pessoa com a que Dulce se sentia incapaz de averiguar o que opinava dele.

Outro motivo a acrescentar à lista para não confiar-se nessa mulher.

Quando Dulce o pilhou observando-a, sorriu e disse:

- Ouvi que Anahí tocará o piano e você harpa esta noite. Não sabia que sabia tocar harpa.

- Toca muito mal. Mas embora o dissesse em várias ocasiões, insiste em que não sei apreciar o suficiente essa classe de música para julgá-la.

- A senhorita Uckermann toca a harpa como os próprios anjos - soltou Foxmoor.

Christopher o olhou de soslaio.

- Sim, verdadeiramente parece um anjo quando toca harpa. Que pena que a música resultante se assemelhe mais a uma orgia de demônios.