Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

Cantar uma canção de amor com o inculto visconde Dragão? O que diriam as pessoas? Possivelmente pensariam que estava cortejando-a, e isso era de tudo inadmissível. Por que lhe dava tanta importância à reação dessa mulher? Realmente o seu não era uma verdadeira corte, mas um trato, pura e simplesmente um trato. E quanto mais humilhada se sentisse com sua presença, melhor para ele e seu plano.

A porta do estúdio se abriu a suas costas, e Christopher fungou com desdém. Estava seguro de que se tratava de sua cunhada, que vinha a assegurar-se que não estava bebendo muito.

- Já acatei suas ordens de não apresentar-me na sala de música, Katherine - replicou desafiante ao mesmo tempo em que se servia de mais uísque. - Perde o tempo, se quer continuar me exortando.

- É evidente que não aceita sermões de ninguém, não é? - respondeu uma suave voz feminina da soleira da porta.

Um nó se apoderou de sua garganta. Maldição, maldição e mil vezes maldição.

Virou-se e olhou lady Dulce com cara de poucos amigos.

- Pode estar segura de que não aceitarei nenhum que provenha de você. Assim se pensou que podia me dar uma lição com seu númerozinho na sala de música?

O queixo da Dulce começou a tremer.

- Não tentava lhe dar nenhuma lição, idiota. - Examinou o estúdio e decidiu entrar e fechar a porta.

- Está certa de que é conveniente encerrar-se comigo as sós em um aposento, senhorita?

Christopher tentou não prestar atenção às belas faces rosadas e aos olhos cintilantes que mostravam a irritação dessa mulher.

- O que pensarão as pessoas?

- Não me importa. De qualquer modo, ninguém me viu vir até aqui.

Ele soltou uma estonteante gargalhada.

- Claro, claro que não. Não lhe escapa nada, quando se trata de preservar sua imagem de rainha imperante da sociedade, não é? - Embora ela não se mostrasse tão arrogante se soubesse que com sua figura divina, vestida nesse traje entalhado de seda, Christopher sentia vontade de lhe saltar a jugular e sacudi-la.

Ou beijá-la sem descanso.

Quando ela se aproximou, Christopher ficou tenso.

- Se não saiu bem em sua tentativa de me humilhar diante de todo mundo, incluída minha irmã, o que lhe faz pensar que...?

- Não tentava ridicularizá-lo nem nada parecido - prosseguiu ela com tom lento.

- Vale. - Christopher bebeu um bom gole de uísque.

- Simplesmente não desejava ficar em evidencia diante de todos cantando uma canção que não conhecia.

Maldita fosse por pensar que lhe podia interessar essa questão. E maldito fosse ele mesmo por interessar-se.

- Diga o que disser senhorita, não conseguirá me enrolar. Já sei como funcionam estas coisas.

- É abominável! Sabia? Só tento lhe explicar o motivo de minha reação.

- Não há nada que explicar. De fato, já me tinha esquecido a briga.

- Pois eu não - disse ela nesse tom doce e suave que enfeitiçava a qualquer homem que o ouvisse. - Minha intenção não era ferir seus sentimentos.

- Olhe não me venha com essas. Não sou um de seus pretendentes patéticos que caem rendidos a seus pés quando você se digna a ser condescendente com eles. Importa-me um rabanete o que pense de mim. Ande, retorne com seus amigos. Não penso agüentar sua reprimenda por havê-la deixado em evidencia diante de todos e ter posto de manifesto sua verdadeira natureza.

- Minha verdadeira natureza? - Os olhos da Dulce se entrecerraram. - Vejamos senhor, parece-me que se está passando dos limites. A única natureza mesquinha que você expôs na sala de música foi a sua. Demonstrou que não tem nem idéia de como comportar-se e que carece da discrição que se espera de um cavalheiro. O que disse sobre mim não era certo, e todo mundo sabe.

- Seriamente? Afirma que lhe puseram esse apelido por acidente, A Belle me Dê Sãs Merci?