Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

- Bom... Diz-se que tem mulheres acorrentadas na masmorra e que faz com elas o que lhe agrada.

- Ah que fileira de tolices! Pelo amor de Deus! E você acredita?

Dulce ergueu o queixo com arrogância.

- Possivelmente. Especialmente depois de comprovar que é incapaz de agradar a mulheres que não estão acorrentadas.

Christopher a olhou atônito. Realmente lady Dulce se equivocava. Ele não era impassível ao sedutor aroma adocicado que ela desprendia, nem às sinuosas curvas de seu corpo, nem a seu pescoço aristocrático que ele desejava.

- Se me propuser a isso, sei suficientemente bem como agradar a uma mulher.

- Ah, sim? - Ela arqueou uma sobrancelha. - Pois não me parece.

- Mas isso não quer dizer que não possa fazê-lo.

- Pois adiante; demonstre-me isso, me demonstre que pode agradar a uma mulher.

Embora lhe custasse um pouco perceber por causa da ofuscação mental que sentia, compreendeu que ela se referia a uma classe de prazer diferente que o que ele estava pensando. Lady Dulce falava de cumprimentos e de cortesias e de comportamentos cavalheirescos. Mas então se disse que não lhe importava o que ela pensasse. Estava farto de suas mentiras e de seus olhares condescendentes. Ia ensinar a essa moça impertinente de uma vez por todas o que acontecia com qualquer mulher que tivesse a ousadia de desafiá-lo.

- De acordo. Já que insiste... - E, sem lhe dar a possibilidade de protestar, inclinou-se para ela e a beijou em plena boca, essa boca que tinha estado torturando-o em sonhos na noite anterior.

Dulce retrocedeu assustada, com os olhos abertos como laranjas.

- Mas o que faz?

- Disse-me que lhe demonstrasse que sou capaz de agradar a uma mulher.

- Não referia a essa classe de prazer.

- Ah, mas eu sim. - Como ela ainda não o tinha esbofeteado, Christopher tomou a liberdade de acrescentar: - Parece ser que não a convenci, assim terei que voltar a tentar.

Em seguida, aproximou-se mais a Dulce e com uma mão lhe agarrou o queixo.

O alarme se estendeu pelos olhos dela.

- Isto não é aceitável. Não estamos em sua masmorra, sabe?

- Que pena - disse ele ao mesmo tempo em que rodeava sua cintura com a mão livre que ficava. - Embora, bem pensado, poderia usar algo para atá-la.

Golpeou-lhe o peito com os punhos, tentando escapar dele.

- Nem lhe ocorra. Ouça-me? Não o consentirei.

- E o que fará para me deter? Sinto ter que recordar-lhe, mas igual a sua tentativa por me humilhar em público não deu resultado, tampouco funcionará na masmorra.

- Repito-lhe que eu não tentei ridic...

Christopher se precipitou sobre ela e lhe deu outro beijo na boca. Não desejava escutar suas mentiras.

Não queria pensar nesses bonecos de pano que infestavam a sala de música. Só desejava beijá-la de novo.

Dulce opôs resistência, empurrando-o fracamente no peito para afastá-lo dela. Mas não retirou os lábios nem o rosto, e logo deixou de lutar com ele. Então Christopher pôde beijá-la como desejava e brincar com sua boca, guiado pelo impulso de lhe demonstrar que estava totalmente equivocada, de lhe confirmar que ele era algo mais que uma simples besta sem educação.

Mas isso não era tudo o que ele queria. Ansiava devorá-la, penetrá-la, descobrir o que tinha essa mulher que o tornava louco com somente um olhar.

Que Deus o ajudasse. Tinha imaginado que beijá-la seria como beijar a uma Vênus de mármore, que seus lábios seriam frios e insensíveis, que seu corpo não reagiria ante o contato com ele. Mas em troca, esses lábios eram quentes e trementes, e esse corpo se desfazia como o mel entre seus ardorosos braços.

Quando Dulce se aferrou finalmente a suas lapelas, Christopher se sentiu invadido por uma onda de triunfo. Retirou-se um momento e a olhou com vaidade.