Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

- Bom, então, ficamos no camarote do Iversley ou não? - perguntou com impaciência.

- Sim, por favor. - Anahí piscou um olho a seu irmão e em seguida agarrou à prima da Dulce pelo braço. - Vamos senhorita Tremaine, sentaremos em frente.

Christopher esgrimiu um leve sorriso. Sua irmã era mais perspicaz do que parecia, nos assuntos amorosos.

Com sua rápida intervenção tinha conseguido posicioná-lo junto à Dulce, detrás da senhorita Tremaine.

Dulce tomou assento na fila de trás, e ele esperou até que ela se acomodasse antes de deslizar outra cadeira a seu lado.

A julgar por sua postura rígida, estava seguro de que Dulce não se sentia a gosto. Genial. Para por lá mais tensa, decidiu rodear com seu braço a cadeira que ela ocupava.

Dulce arqueou uma sobrancelha, mas ele se conteve para não sorrir. Continuando, ela deixou cair sua bolsa no chão.

- OH, céus - exclamou em uma voz suficientemente alta para que todos a ouvissem. - Me caiu a bolsa. Lorde Uckermann, faria-me o favor de...?

Ao Christopher não ficou outro remédio que recolhê-la, com o que teve que retirar o braço do espaldar da cadeira da Dulce. Quando voltou a endireitar-se, viu que ela tinha afastado sua cadeira tudo o que tinha podido, até abandoná-la contra a parede.

Vá com essa mulher viva. Obviamente pensava que pular às escondidas estava bem, mas parecia determinada a ocultar sua familiaridade com o visconde em público.

Pois ele não pensava permitir-lhe.

- Perdoa - sussurrou a Dulce, inclinando-se para ela para que ninguém mais o ouvisse. - Esqueci minha promessa de prosseguir com minhas rabugices de uma forma mais discreta.

E de forma deliberada, puxou-a pela mão.

Sobressaltada, Dulce retirou rapidamente a mão ao mesmo tempo em que o rubor invadia suas faces por completo.

- Preferiria que não se comportasse de forma impertinente, se não se importa - respondeu ela, mantendo a voz baixa.

- Pensei que o que a incomodava era a possibilidade de que alguém fosse testemunha de minhas rabugices - prosseguiu Christopher, e em seguida depositou a mão sobre a coxa da Dulce. Quando ela tentou afastá-la, ele capturou essa delicada mão entre as suas. Ela tentou escapar, mas Christopher a capturou com firmeza.

Dulce lhe lançou então um olhar iracundo, logo fixou a vista entre as cadeiras, como pensativa, e acrescentou:

- Lorde Christopher, você tem minha cópia da tradução?

- Sabe perfeitamente que sim. Entregou-me isso na carruagem.

No teatro vendiam traduções do libreto da ópera, mas aparentemente ela tinha contatos que lhe permitiram adquiri-lo com antecipação. Alegou que o tinha feito para poder lê-lo sem pressas, e desse modo poder saborear a música durante o transcurso da obra. Christopher suspeitou que o tivesse feito para poder passar a noite fixando-se no resto dos assistentes ao teatro.

- Pois bem - disse ela com um brilho desmedido nos olhos, - posso vê-lo?

O libreto estava aprisionado entre as duas cadeiras, onde ele o tinha depositado quando tinham tomado assento. E não desejava agarrá-lo fazendo um espetáculo de contorcionismo, obrigatoriamente tinha que soltar a mão da Dulce, do que ela parecia ser completamente consciente. Maldita fosse.

- Onde está à cópia que acabo de comprar? - contra-atacou ele.

- Anahí e Cicely a estão consultando, assim prefiro a minha.

Com um olhar de aborrecimento, soltou-lhe a mão. Inclinou-se para tomar o panfleto dobrado e quando realizou o movimento de querer entregar-lhe Dulce o pilhou ao vôo, levantou-se com grande agilidade e se recostou na parede que formava a esquina do camarote, debaixo do abajur.

A orquestra começou a afinar os instrumentos. Logo começaria a música. Christopher olhou a Dulce com ansiedade.

- Tem intenção de estar aí de pé durante toda a ópera, lendo o libreto em voz alta para todos nós?

- É claro que não. Simplesmente queria revisar uma informação do terceiro ato - respondeu ela com as faces acesas.