Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

- Sinto muito, Henry. Simplesmente não compartilho seus sentimentos. E nunca os compartilharei.

- O que acontece é que jamais me deu uma oportunidade.

E, tomando-a por surpresa, fechou de repente a porta do camarote e a rodeou com seus braços.

- Me deixe que lhe demonstre.

Henry a beijou antes que ela pudesse detê-lo. Dulce não resistiu, primeiro porque estava perplexa, e depois pela curiosidade de averiguar se seu beijo a afetaria tão profundamente como os do Christopher. Mas ao igual ao resto dos homens que se atreveram a beijá-la, Henry não conseguiu seduzi-la. Seu talento calculista a deixou completamente fria.

Dulce o afastou com um tapa.

- Já é suficiente, Henry. Não me sinto atraída por você, e ponto.

- Bobagens! - Ele a agarrou pelos braços para que não pudesse escapar. - Vamos, me dê uma oportunidade.

O pânico se apoderou da mente da Dulce quando se deu conta de que não podia livrar-se dele.

- Me solte!

O rosto do Henry se tornou taciturno.

- Têm razão sobre você - lhe sussurrou ao ouvido enquanto ela lutava para escapar dele. - Não é mais que uma maldita menina mimada arrogante. Você adora flertar e pôr quentes aos meninos, mas quando um homem lhe mostra qualquer traço de afeto genuíno...

- Solta-a ou se arrependerá - grunhiu uma voz ameaçadora.

A corpulenta figura de lorde Uckermann ocupava virtualmente toda a soleira da porta, que agora jazia totalmente aberta. Henry a soltou com uma rapidez que teria sido insultante se Dulce não tivesse sabido como era covarde seu primo.

Desafiante, enfrentou ao Christopher.

- Este assunto não é de sua incumbência, assim faça o favor de nos deixar sozinhos.

- Deseja que vá, lady Dulce? - perguntou Christopher sem retirar a vista do Henry.

Que alguém atasse ao dragão. Suas garras afiadas, sua mandíbula poderosa, e suas ferozes feições eram a vivida imagem de um dragão enfurecido, uma força contida esperando simplesmente uma palavra da criada para lançar-se e destruir algo que se interpusesse em seu caminho.

Outros indivíduos tinham jurado que lutariam por ela, mas o visconde era o primeiro homem que Dulce pensou que realmente o faria. Um calafrio lhe percorreu todo o corpo.

- Por favor, fique lorde Uckermann. Henry já se ia.

Henry a olhou sem dar crédito ao que acabava de escutar.

- Dulce, não me dirá que prefere a este...

- Já a ouviu. - Christopher entrou no camarote. - Me parece que seus amigos o estão procurando no piso de baixo.

Henry pareceu duvidar uns instantes. Felizmente, a mente do idiota decidiu reagir a tempo. Com uma ligeira reverência para a Dulce, abandonou o camarote, deixando ao Christopher e a Dulce sozinhos.

Agora que Henry se partiu, ela não sabia se estava agradecida pela aparição do Christopher ou zangada por sua intromissão.

- Como me encontrou?

- Segui-a. Não confiava em seus primos.

- Ou em mim, pelo que parece. Poderia me ter encarregado do Henry eu sozinha, sabe?

Christopher deu uma olhada ao resto dos camarotes do teatro e em seguida fechou a porta. Depois se aproximou da Dulce.

- Pois não me pareceu que tivesse o controle da situação.

- Não me deu tempo. Quando veio estava a ponto de utilizar meu poderoso braço direito.

Certamente isso o teria detido.

- Não me deteve. Recorde que ontem ousei beijá-la na porta de sua casa - murmurou na escuridão. Pouco a pouco se ia aproximando mais de Dulce.

Ela tremeu de excitação, mas não se moveu. Tinha duas possibilidades: a mais acertada era recusá-lo de um modo tão direto como tinha feito com o Henry; a mais insensata era deixar-se levar e ver no que acabava toda essa história.

Umas horas antes, nessa mesma tarde, teria se inclinado pela primeira opção. Mas o patético beijo de Henry lhe tinha esclarecido o que já achava saber, que jamais se sentiria atraída por um homem de uma forma tão intensa como pelo visconde.

Apesar de sua grosseria, apesar da barba e de seus maus modos, e apesar de como sempre conseguia incomodá-la.

Ou possivelmente esse desconforto era o que a atraía.

- Poderia lhe ter parado os pés ontem de noite se tivesse querido - admitiu-a.

- E por que não o fez?

- Porque não queria.

Os olhos do Christopher cintilaram perigosamente na penumbra.

- Mas esta noite queria me deter. Não me permitiu nem sequer segurar a mão.

- Porque desejava lhe ensinar um pouco de bons modos - mentiu Dulce.

- Sei, às vezes posso ser bastante rude. - De repente suas mãos a rodearam pela cintura e a arrastaram até atrás das cortinas, na parte mais reservada do camarote. - Possivelmente deveríamos voltar a repetir a lição.

A insinuação do Christopher lhe fez sentir uma euforia que rapidamente se estendeu por todo o corpo.

Sem atrever-se a respirar, ela deslizou as mãos até os vigorosos braços que a abraçavam.

- Possivelmente sim.


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Muito obrigada claudiarafa.s2, alwaysvondy nathy...dyr