Fanfic: Agradando Um Principe (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy - Romance - Hot

O coração da Dulce começou a pulsar rapidamente.

"Com certeza se averiguasse meu segredo, se soubesse que não posso ler nenhum de seus apreciados livros, rechaçar-me-ia sem nenhum olhar", pensou ela.

- Não quero que me deseje.

Christopher deu um passo atrás e a olhou tão fixamente que Dulce pensou que ia comê-la de um bocado.

- Suponho que assim é como consegue que todos os bonecos de pano se prostrem aos seus pés, fingindo não saber o que lhes faz. - Christopher começou a despi-la com o olhar; primeiro fixou a vista em sua garganta e ombros e logo a cravou em seus seios. - Porque certamente deve saber o que os homens querem de você.

Ela se sentiu decepcionada. Christopher era igual ao resto.

- Refere a meu corpo. Sim, sei que os homens querem meu corpo. Assim tanto faz se tiver um novo boneco de pano prostrado a meus pés?

Dulce o afastou a um lado e se dirigiu para a porta, mas ele a rodeou novamente pela cintura e a arrastou com inflexibilidade até que a capturou contra seu peito e uma das paredes do camarote. Ela estremeceu quando notou o contato da parte inferior de seu corpo pressionada contra as musculosas coxas do Christopher.

- E espera que eu seja diferente? Que não a deseje? - murmurou-lhe na orelha. - Porque não acredito que seja possível, que possa me conter; e por isso está zangada.

O ar de diversão em seu tom só conseguiu disparar o temperamento da Dulce.

- Estou zangada porque só quer meu corpo. Desde o primeiro dia me deixou claro que me considera uma mulher frívola e superficial, por isso é de tudo improvável que se sinta atraído por minha serenidade, ou por meu bom senso, ou por meu caráter.

- Se só desejasse seu corpo - resmungou ele, - não estaria aqui, suportando sua língua afiada. Posso comprar a uma beleza complacente em qualquer bordel de luxo de Londres.

Ela adotou um porte irado.

- Se considerar que essa explicação equivale a uma desculpa...

- Não me estou desculpando. Não penso me desculpar por desejá-la. Sei que sou direto e brusco e que acha que não estou a sua altura, mas não me importa.

Christopher desdobrou sua enorme mão em cima da barriga da Dulce e começou a massagear com sensualidade o tecido acetinado enquanto apertava com mais força seu peito e cintura e suas coxas contra ela. Cada centímetro dele era tão rígido e implacável como suas palavras. Dulce deveria tê-lo afastado, lhe cravar as unhas no braço, dar um pontapé na tíbia, fazer algo para que ele a deixasse partir. Não deveria nem escutar as palavras desse sujeito.

Porque exerciam certo influxo nela. E apesar de que o visconde era direto e brusco e todas essas coisas que ela achava odiar não lhe importavam nele. OH, que perversidade era essa?

Christopher apertou os lábios em sua orelha, e depois prosseguiu em uma voz com pinceladas de raiva.

- Acha que eu gosto de desejar à irmã de um homem ao que desprezo? Uma mulher que unicamente tolera meus beijos porque necessita de uma aventura para contribuir um pouco de cor a sua vida aborrecida?

- Isso não é verdade - murmurou ela.

- Ah, não? Estive dando mil voltas ao assunto, e só posso pensar em uma razão pela que me deixa que lhe faça coisas como esta - disse ao mesmo tempo em que a enchia de beijos ao longo do queixo. - E esta. - Christopher lhe lambeu suavemente o pescoço, uma ação que Dulce achou extremamente sensual. - E inclusive esta. - E em um segundo, colocou a mão sobre seu seio.

A princípio ela ficou tão atônita que não pôde articular nenhuma só palavra. Nenhum homem se atreveu nem tentou. Acaso pensava o visconde que lhe permitiria...?