Fanfic: Um Conto Sobre Estrume [Terminada]
Pessoal, vou demorar um pouquinho para postar os outros capítulos. Espero que me entendam
Uma tempestade tremenda me impedia de sair da calçada e atravessar a rua para procurar o ponto de ônibus mais próximo. A chuva, quente, daquelas que só o cheiro lhe faria ficar doente. Eu queria esperar, mas já estava tão tarde!
— Fica aqui até a chuva passar!
Era ela. De novo sendo gentil (ou querendo ser). Não falei nada e aceitei o convite.
Ao entrar em casa novamente, a primeira coisa que Débora fez foi pegar várias garrafas de bebidas, que, provavelmente eram do seu pai, tirar seus lacres e beber.
— Eu sou um monte de titica, não sou, Lucas? — perguntou ela, colocando um pouco de uísque num copo.
Levei aquilo como se fosse uma pergunta retórica; se fosse verdade, titicas teriam cheiro bom. Ela prosseguiu com a sessão desgraça:
— Eu sou um nada, Lucas. Ninguém, ninguém veio à minha festa. Preferiram esfregar os fundos no chão num baile funk qualquer. As amizades que eu conquistei naquela maldita escola não passam de um bando de notas de três reais. Bem que papai me falou para não confiar nesse povinho de escola pública.
Aí já era bem demais. Me afetou. Meu ouvido não é penico pra ouvir tanta besteira. Certo que ela estava depressiva, mas dentre tantas as perguntas, o que ela fazia numa escola pública, já que tinha tanto dinheiro?
Débora já estava ajoelhada, com os cotovelos apoiados na mesa de centro da sala de sua casa. Bebia muito, aquele uísque que parecia que descia pela sua garganta rasgando.
— Já sei. Vou pôr fogo nos meus CD’s da Christina Aguilera, da Britney, das Spice Girls... Vou pôr fogo em todos. Daí vou me vestir como as popozudas lá da escola e ser “vida loka”.
Débora deu uma pausa, abaixou a cabeça e concluiu:
— Não posso. Minha bunda não serve nem pra ser destaque de programa de palco. Eu me odeio, Lucas!
Como o que está ruim sempre tem como ficar pior, a patricinha saiu correndo , subiu uma escada que dava para um andar de cima da casa e, em seguida, outra escada que dava para uma espécie de laje. Laje não, porque ali estava longe de ser uma favela. Digamos que tudo aquilo era um telhado chique.
Ao perceber que eu a acompanhava, Débora tentou fazer mais uma ceninha. De braços abertos agora e em pé na beirada do telhado, ela gritava, dizendo que iria se suicidar.
— Agora todos vão ser meus fãs. Não é assim? É preciso morrer para ser adorado, valorizado, ou ao menos notado. Ok.
Depois daquela fala poética “à la Augusto dos Anjos”, eu até que acreditei que ela realmente iria pular de cima do telhado. A garota estava completamente tomada pelo àlcool e, em consequência disso, poderia fazer qualquer coisa por não ter consciência alguma.
A chuva diminuía. Não minto, cogitei a possibilidade de sair dali, aproveitar e ir direto para casa, mas eu sou humano e tenho bom senso. Abracei-a e puxei seu corpo para junto do meu. Débora estava segura do meu lado, e insaciavelmente, eu queria que ela ficasse segura para sempre. Eu nunca havia sentido aquilo antes. Arrepio. Frio. Tal frio eu não sabia se era por causa da chuva, ou por eu estar perto dela. Perto. Tão perto.
— Eu te amo, Lucas.
Depois de falar isso, ela caiu desacordada nos meus braços novamente.
დ
(Música: Janta – Marcelo Camelo e Mallu Magalhães)
Acordei com o sol brilhando no meu rosto e impedindo que eu continuasse com os olhos fechados. Espera aí? Eu dormi? Onde?
Eu estava deitado, ainda no telhado da casa de Débora. Ela continuva em meus braços. Dormia como um anjo. Ela tinha cara de anjo, mas não me tratava como um. Até então.
— Débora, a gente dormiu... Débora, acorda.
Sacudi-a. Ela, aos poucos, foi abrindo os olhos e assim, pude vê-la acordada aos poucos. Quando ela se deu conta de que passara a noite dormindo no telhado, e agarrada em mim, soltou-me e correu até a escada, onde entrou em casa e se trancou no banheiro.
Autor(a): Manolo
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alguém? IX – A “SUBNOVELINHA” (Música: 130 anos – Agridoce) Lembram daquele meu amigo Júnior? Aquele meio recalcado, que aparecia de vez em quando no início dessa doidice trama? Qualquer coisa, se você não lembrar, eu te dou um tempinho pra voltar ~risos~, ou então continue lendo, não importa. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 78
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manolorhcp Postado em 12/07/2013 - 17:44:57
Obrigado pelos elogios e também por ler, bryan. Fico feliz por vc conhecer Submissão, logo eu lanço o livro tanto dela quanto essa web :))
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bryan Postado em 12/07/2013 - 17:09:17
Lindo final!! *-* Parabéns Manolo, você é um excelente autor, adorei a história, já está entre as minhas favoritas. Inclusive, ao lado de outra fanfic sua, Submissão, que eu também adorei.
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manolorhcp Postado em 12/07/2013 - 16:37:11
Obrigado ellen_ eu te agradeço muito por ter lido até o final, e ainda por ter gostado pq minha web não segue muito o padrão que tem aqui de fanfics, rbd's e afins... Muito obrigado mesmo, vc faz parte dessa história ^^
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ellen_ Postado em 12/07/2013 - 14:34:53
Velho que lindo acho que você foi o melhor escritor que eu já vê cara você é de mais!! como minha irmã fala você é o cara kkkkk.
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manolorhcp Postado em 11/07/2013 - 23:14:06
sophiannie:, foi pura sorte, hein? bryan:, eles vão se amar pra sempre :3 ellen_: Já tava mas do que na hora mesmo ^^
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ellen_ Postado em 11/07/2013 - 16:12:20
Até que fim esses dois ficaram juntos!!
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bryan Postado em 10/07/2013 - 23:51:06
Débora e Lucas!!! <3 Finalmente ela percebeu que ele é quem sempre vai estar ao lado dela, dando força e a apoiando em tudo!
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sophiannie Postado em 10/07/2013 - 23:08:14
Anw, que fofinho os dois :3 O Junior é muito sortudo e que bom que ele realizou mais um dos sonhos dele antes de voltar pra casa!
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manolorhcp Postado em 10/07/2013 - 17:50:37
:3 agora ela está in love com o Lucas shuasuh
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sophiannie Postado em 09/07/2013 - 21:04:43
HAHA' Simplesmente amei que a Débora voltou a viver! :3