Fanfic: ((¯♥..."O Passado nos Separa"...♥´¯))
Nada. Anahí não sentia nada. Com as mãos retorcidas sobre o colo, olhava com indiferença para a xícara de chá esfriando sobre a mesa. A sala fria do hospital espelhava o que se passava dentro dela. Uni imenso vazio cinzento.
A enfermeira que trouxera o chá saíra para atender uma emergência e desde então ela se encontrava sozinha.
Emergência.
A palavra a fez estremecer, lembrando-se da curta viagem de ambulância até o hospital. O ruído estridente da sirene, os médicos em volta de Christopher , a confusão, e uma jovem policial segurando-lhe a mão com gentileza, procurando fazê-la falar sobre o acidente.
Anahí permanecia muda. Incapaz de falar ou pensar. Desde que haviam levado Christopher para a sala de operações, sua mente se fechara. Como em defesa própria, o cérebro se recusava a deixá-la pensar ou mesmo avaliar o que estava por vir. Continuava sentada na mesma posição e num silêncio absoluto, esperando. Apenas esperando.
Por quanto tempo não importava, as manchas roxas em seu corpo não importavam; o estado de suas roupas e aquele frio gelado endurecendo-lhe os membros também não importavam.
Christopher. Anahí engoliu em seco ao lembrar-se de sua última visão de Christopher estendido no chão com o rosto ensangüentado.
A porta foi aberta e a policial entrou.
— Tudo bem com você? — perguntou-lhe olhando para a xícara de chá intocada. — Quer que eu traga um outro mais quente?
Anahí balançou a cabeça. A mulher hesitou, por fim aproximou-se dela, tocando-lhe o ombro.
— Eles estão fazendo o possível, sra. Herrera.
O possível, Anahí pensou. E será que esse possível” salvaria a vida de Christopher? Ela o vira, podia estar em choque no entanto não era tola, sabia que o caso era grave.
A porta abriu de novo e daquela vez quem entrou foi o médico. Bastou um olhar e Anahí sentiu o estômago revirar-se de pavor.
— Sra. Herrera?
Ela balançou a cabeça engolindo em seco de novo. O médico fechou a porta e sentou-se ao lado dela com uma expressão grave no rosto.
— Eu sinto muito mas tenho más notícias, sra. Herrera. Seu marido morreu há alguns minutos atrás.
Embora já esperasse por aquilo, Anahí sentiu um impacto forte no peito e dobrou-se sobre si mesma enquanto as lágrimas rolavam.
O médico esperou alguns segundos, respeitando sua dor, então a tocou com simpatia.
— Se servir de algum consolo, ele esteve o tempo todo inconsciente por isso não sentiu nenhuma dor.
Anahí levou as duas mãos ao rosto.
— Oh, Deus!
— Há alguém que possamos chamar para vir ficar com a senhora?
Anahí o fitou apática.
— Como?
— Alguém para quem possamos telefonar? Um nome. Um número de telefone?
Um nome, Any repetiu para si mesma tentando desesperadamente raciocinar. Um nome.
Cristian, ela se lembrou de repente. Pobre Cristian, ele tinha que ser avisado no entanto não atenderia o telefone. Costumava desligá-lo da tomada quando estava trabalhando. Fechava-se no estúdio e a única maneira de falar com ele seria indo até lá.
— Algum amigo intimo, sra. Herrera? — O médico insistiu. — Não se lembra de ninguém? Talvez um parente, um membro da família?
Oh, céus, um membro da família! Como fora se esquecer de Alfonso, o irmão de Christopher?
—Alfonso... — ela murmurou mais para si mesma.
—Alfonso, sra. Herrera? Por acaso tem o número do telefone ou um endereço que seja?
Anahí esforçou-se para pensar. Não tinha certeza se Alfonso se encontrava em Londres. Na última vez em que haviam estado juntos, ele mencionara uma viagem longa. Nova York, primeiro? Ou seria Washington, Tóquio e Bonn?
Era inútil, ela não se lembraria. Na verdade não prestara atenção. Sempre que estava diante de Alfonso mal escutava o que ele dizia, ocupada demais em controlar as emoções para não demonstrar seus sentimentos. Para não deixar transparecer o medo, o ódio, a vergonha de todo aquele desejo que a consumia...
Anahí levou a mão aos lábios sufocando um soluço. Christopher estava morto, santo Deus! Morto e ela ali pensando em...
— Sra. Herrera?
—Alfonso Herrera—Any forçou-se a dizer-lhe. — O irmão de meu marido.
Ela deu o número do telefone que o médico anotou num pedaço de papel depois de fitá-la com as sobrancelhas erguidas. Provavelmente só então a reconhecera como um dos membros da importante família dos Herrera.
— Vou ligar agora mesmo, sra. Herrera. Enquanto isso...
— Ele pode não estar em casa. Talvez esteja...
A porta foi aberta e a enfermeira entrou de novo. No mesmo instante o médico se levantou, provavelmente aliviado por ter alguém para substituí-lo.
— Está certo, não se preocupe. Daremos um jeito de encontrá-lo, sra. Herrera.
Alfonso deu um suspiro profundo ao entrar em seu apartamento. Estava exausto e faminto. A viagem a Tóquio tinha sido frustrante, a de Nova York uma perda de tempo e...
— Mas que diabos!
Um ruído vindo de algum lugar do apartamento o fez juntar as grossas sobrancelhas sobre o nariz. Comprimindo os lábios se pôs a escuta, os olhos cinzentos sondando a sala bem decorada, demorando-se em cada porta fechada até parar numa delas. Um par de sandálias de salto alto sobre o carpete, chamou-lhe a atenção.
— Droga! Maldição! Aquela pequena irritante tinha que aparecer justamente hoje!
Passando a mão nos cabelos negros, ele atravessou a sala a passos largos e cruzou o hall dirigindo-se ao próprio quarto.
Sabia muito bem o que iria encontrar e a última coisa de que precisava naquela noite era de Dulce em sua cama brincando de seduzi-lo. Queria dormir. Dormir por dias seguidos e não rolar pela cama com uma vagabunda que não sabia o significado da palavra “basta”.
— Como foi que conseguiu entrar aqui,Dul?
Envolta nos lençóis de cetim e com toda certeza nua, se ele bem a conhecia, a ruiva limitou-se em abrir-lhe um sorriso sedutor.
Embora tivesse de admitir que Dul era linda, Alfonso aproximou-se da cama com raiva.
— Eu lhe fiz uma pergunta, mulher! Como entrou aqui?
— Jo-Jo me deixou entrar, doçura. Eu queria lhe fazer uma surpresa e pelo visto consegui, não é mesmo?
Sem dúvida, ele pensou com uma raiva frustrante ao sentir aquele calor familiar nos quadris. Droga! Por mais que seus instintos funcionassem bem, sabia que naquela noite seria incapaz de fazer-lhes justiça.
E depois ele estava zangado. Aliás, furioso por aquela mulherzinha assumir que ocupava uma posição tão segura em sua vida que podia simplesmente invadir seu apartamento e apossar-se de sua cama sem ser convidada.
Não dava esse direito a ninguém. Ninguém!
Sem que ele esperasse, o rosto de Any surgiu diante de seus olhos. A beleza doce e plácida da cunhada apagou as feições provocantes de Dul fazendo com que o calor nos quadris subitamente se intensificasse.
Droga! Maldição! Sempre que ele pensava em Any reagia da mesma forma. Odiava o tipo de beleza de Any, aquela expressão angelical, aquele ar de frágil inocência. Era tudo uma grande mentira.
Ainda assim a desejava. Sua fome por Any era tão intensa que chegava a ser repugnante. E o fato de Any , de todas as mulheres do mundo, ser a única que ele jamais poderia ter, aumentava ainda mais esse desejo.
Não que ela soubesse. Não que algum dia ela viesse a descobrir. Enquanto seu irmão vivesse ele jamais deixaria Any perceber o quanto a desejava, algumas vezes com tal desespero que só a bebida lhe trazia algum alívio. E como Christopher era sete anos mais jovem que ele, o mais provável era que vivesse mais tempo.
Por outro lado, Alfonso fazia questão de que Any soubesse o quanto a odiava. Sim, ele a odiava. Desprezava-a por ser uma mercenária. Chegara a dizer isso a ela e também a Christopher na esperança de que seu pobre irmão abrisse os olhos e se livrasse dela antes que fosse tarde demais.Christopher, no entanto, estava encantado demais. Totalmente cego e apaixonado mas quem não ficaria diante do olhar angelical de Any?
Ao tentar salvar Christopher de um destino só menos terrível que a morte, Alfonso só ganhara a hostilidade do irmão. E mais uma razão para odiar Any que por ironia acabara sendo a responsável pela reaproximação dos dois.
Any, Any. A ruína do nome dos Herrera. Uma mercenária ordinária, como ele a chamara face a face após ter desfeito a máscara de pureza por trás da qual ela se escondia.
Naquela noite ele a havia beijado, e que os santos o perdoassem, ainda se lembrava do gosto doce daqueles lábios. Da textura macia da pele alva, do corpo sedutor de encontro ao dele. Reduzira-a a uma massa de desejo para então fitá-la com ironia.
— Quer dizer então que Chistopher é a solução para todos os seus problemas, não é,Any? Ele está preparado para se casar com você, liquidar as dívidas do seu pai e tudo isso sem esperar nada em troca exceto esse seu sorriso meigo e algumas passadinhas rápidas pela cama dele.
— Você é desprezível,Alfonso. Eu amo Christopher. Eu o amo, será que não entende?
Dois anos depois, Alfonso ainda se lembrava da expressão de horror dos enormes olhos azuis diante de suas acusações. E o coração palpitante sob sua mão era a maior prova de que ele estava certo, ela só queria se casar com Christopher por interesse.
—Christopher é tudo o que você não é, Alfonso—Any lhe dissera. — Ele não é cruel, egoísta e impiedoso como você. Não vive ferindo as pessoas como você faz.
— E também não se pode dizer que ele tenha grandes apetites sexuais, não? Diga-me, Any, o que vai fazer quando essa fornalha borbulhante que esconde tão bem aí dentro de você vier à tona, como eventualmente acontece? Já pensou na reação do seu marido? Mostre a ele um décimo do que acaba de me mostrar e meu plácido irmão vai gritar de horror ao descobrir quem é a querida Any.
Ela se virara de costas para ele, com o corpo trêmulo de culpa. E Alfonso não conseguira conter o impulso de abraçá-la por trás, envolvendo-lhe os seios firmes com as mãos enquanto seus lábios procuravam a carne aveludada do pescoço. Any arqueara o corpo ofegante como resposta a suas carícias.
— Você não ama o meu irmão — ele zombara com escárnio. — Se o amasse não reagiria assim quando a toco. Você só quer o dinheiro dele e as vantagens que ele pode trazer para você e sua família.
— Não se esqueça que Christopher tem muito a lucrar se casando comigo,Alfonso!
— Oh, eu não me esqueci. Christopher assume o controle do haras, como sempre quis, não é? Pois saiba que de qualquer maneira daqui a cinco anos isso aconteceria. Não, minha doce Any. É para o seu bem que você está se casando. Pela sua própria ganância não a de Christopher. Que Deus o ajude!
— Eu o odeio,Alfonso! Você transforma em ruínas tudo o que toca e eu o odeio!
— Odiando ou não, minha cara, você não pode negar o que faço com você. — Ele tocara com os dedos um dos biquinhos do seio que no mesmo instante ficara ereto. — O que vai fazer, minha doce Any, quando não puder mais reprimir toda essa sua sensualidade diante de Christopher? Vai se valer das suas habilidades de prostituta?
Ela o esbofeteara naquele momento. E talvez ele tivesse merecido.
— Assim como você faz,Alfonso? — fitara-o então, desafiante. —Entregando-se a qualquer mulher que o queria? Você não tem escrúpulos, não existem barreiras no seu mundo. Chega ao ponto de tentar seduzir a futura mulher do seu próprio irmão! Posso lhe causar repugnância, Alfonso, mas saiba que não é nem a metade da que você causa em mim.
— Repugnante ou não, você me quer, esse é um fato.
E antes que ela pudesse retrucar, ele a tomara nos braços decidido a lembrá-la com que facilidade podia reduzi-la a uma mistura trêmula de desejo e submissão.
Jamais se esqueceria da expressão transtornada do rosto desprezível, quando afastara-se dela.
— Como eu já disse, querida, o anjo de Christopher tem instintos de prostituta.
— E acredito que pretende contar a ele o que se passou aqui esta noite, não?
Mesmo que tivesse tentado, Any não conseguira disfarçar o tremor na voz ao fazer-lhe aquela pergunta. E ele ficara satisfeito ao perceber que ela temia que ele pudesse estragar-lhe os planos.
— Eu seria um bom irmão se não contasse? respondera-lhe com um ar de triunfo e contara.
Sim, ele contara. Dissera tudo a Christopher e pela primeira vez na vida descobrira o que era enfrentar um olhar de desprezo de seu irmão.
Christopher não acreditara nele, claro. Quem não ficaria cego diante de um rosto meigo e doce como o de Any? Loira, de cabelos médios, olhos azuis de bebê e boca em forma de coração, a aparência física dela já dizia tudo. Mas era tudo mentira.
— Eu conheço Any!— Christopher se enfurecera diante de suas acusações. — E se ela reagiu como está me dizendo é porque “você” tentou seduzi-la! Céus! Será que precisa arruinar tudo o que é belo e puro,Alfonso? Só porque nosso pai levou uma vida desonrosa você não tem que seguir-lhe o exemplo!
— Pelo menos nosso pai enxergava a vida como ela era, não pintada de cor de rosa como você a vê. Por Deus,Christopher! Tenha um pingo de bom senso, meu irmão! Any está usando você. Usando você!
— E o que você acha mesmo? Então isso só prova como você a conhece pouco. E a mim também.
— Ela poderia ter sido minha,Christopher. Aqui mesmo, no chão deste quarto.
— Claro que poderia, disso não duvido. Você consegue todas as mulheres que quer, não é mesmo? O que eu nunca imaginaria era que você desceria a ponto de tentar seduzir a “minha” noiva! A mulher com quem vou me casar! Será que você não tem nenhum senso de honra e respeito?
— Não se trata de uma questão de honra ou respeito mas de fazê-lo ver quem ela é de fato antes que seja tarde demais.
— Eu sei quem é Any. É a mulher com quem vou me casar e que Deus me ajude, quem tentar magoá-la terá que fazer isso sobre o meu cadáver,Alfonso. Sobre o meu cadáver! Portanto guarde o seu desprezo para outra pessoa e nos deixe em paz. Não quero mais vê-lo nem falar com você de novo.
E era o que teria acontecido se o avô deles não tivesse ficado doente. Pelo bem do velho Herrera eles voltaram a se falar. Somente em público, porém. A sós, Christopher mal lhe dirigia a palavra. Não tivesse sido pela morte do avô, fazia seis meses, o descaso teria continuado. Any persuadira Christopher a colocar os ressentimentos de lado e por essa atitude, nenhuma outra, Alfonso se sentia agradecido a ela.
Ele amava o irmão. Christopher era a única pessoa que lhe restava no mundo. A única que ele amava.
Alfonso suspirou, olhando exasperado para a ruiva. Com toda certeza não amava aquela mulher deitada tão à vontade em sua cama.
— Levante-se,Dul! Vista-se e dê o fora daqui, vamos!
E sem esperar que ela o obedecesse, saiu do quarto dirigindo-se à sala onde foi direto ao armário de bebidas preparar uma dose de uísque.
Mal havia se sentado escutou a voz melosa de Dulce. Mesmo ofendida, ela jamais abandonava o trejeito sensual.
— Não sei por que aturo alguém tão mal-humorado como você, benzinho.
Alfonso dirigiu um olhar impaciente para a porta. Encostada no batente, a bela e provocante Dul trazia apenas o lençol enrolado no corpo.
— Por que Jo-Jo deixou você entrar?
Não era costume de seu empregado permitir que alguém entrasse sem uma boa razão. E Jo-Jo sabia ele não considerava aquele tipo de surpresa uma boa razão.
Dul arregalou os olhos como se tentasse lembrar-se.
— Oh, ele tinha que ir a algum lugar com urgência. Não me lembro onde mas quando cheguei Jo-Jo parecia muito agitado, nervoso. Qualquer coisa sobre um telefonema e ele tinha que alcançá-lo no aeroporto. Perguntou se eu não importaria de ficar aqui esperando para o caso de você chegar e é claro que eu respondi que não. Na verdade era o que eu mais queria, esperar por você, meu amor...
Aquelas alturas Alfonso já não estava escutando. Com as sobrancelhas franzidas, pensava que diabos poderia ter feito Jo-Jo sair assim às pressas.
— Ele disse por que precisava me encontrar com tanta urgência?
— Não. Só pediu que eu o esperasse e... — Os lábios se juntaram num biquinho sedutor. — ... e o segurasse aqui até que ele chegasse de volta.
O telefone tocou e por qualquer razão Alfonso sentiu um frio ao longo da espinha. Uma sensação ruim que o fez virar o drinque de um gole e levantar-se. Quando passou pela porta, Dul o segurou pela manga.
— Deixe tocar e volte para a cama comigo, doçura. Preciso mais de você do que quem quer que esteja telefonando. Muito mais.
Enfim um brilho divertido iluminou o olhar de Alfonso.
— Mas Dul, isso não é nenhuma novidade. Você sempre precisa “muito mais” e é por isso que é tão boa de cama.
— Agora você não foi nada gentil,Alfonso.
— Gentil? E desde quando fingi ser gentil? Você não me quer pela minha gentileza, Dul, aliás você chocaria qualquer homem que fosse gentil. —Alfonso a beijou nos lábios e ela se agarrou a ele como um musgo, oferecendo-se toda. — Sim, você o chocaria, sua devassa — ele repetiu e afastou-se dela. — E agora dê o fora daqui, vamos.
Alfonso foi para a biblioteca e fechou a porta. Era mesmo bom que aquela mulher sumisse logo dali porque ele já estava ficando nervoso.
Atendeu o telefone, irritado.
—Alfonso Herrera falando.
— Sou eu, senhor.
— Jo-Jo? Que diabos deu em você para deixar aquela mulher entrar aqui?
Jo-Jo o interrompeu secamente e enquanto o ouvia Alfonso foi ficando gelado, aquela sensação ruim voltando com maior intensidade. Sentiu náuseas e em seguida ficou estático.
— Quando? Onde? Ela... Any estava com ele? — Assim que perguntou ele fechou os olhos, lutando contra um ameaço de vertigem — E ela está bem? Onde ela está? Sozinha?! Céus! Você está me dizendo que a mantiveram lá esse tempo todo? Mas que diabos...
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Autor(a): mariahsouza
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Comentários do Capítulo:
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vitoria10 Postado em 28/03/2009 - 10:29:53
Adoreiiiii
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vitoria10 Postado em 28/03/2009 - 10:29:53
Adoreiiiii
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vitoria10 Postado em 28/03/2009 - 10:29:52
Adoreiiiii
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bellarbd Postado em 23/03/2009 - 19:05:36
1º leitoraaaaaaaaaaa
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bellarbd Postado em 23/03/2009 - 19:05:36
1º leitoraaaaaaaaaaa
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bellarbd Postado em 23/03/2009 - 19:05:36
1º leitoraaaaaaaaaaa
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