Fanfics Brasil - 4 Another Life (adaptada e creditada)

Fanfic: Another Life (adaptada e creditada) | Tema: One Tree Hill


Capítulo: 4

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Duas horas depois de tédio total, e de ver muitos campos bem verdes, cheios de ovelhas, vacas e todos aqueles animais, Helen anunciou que estávamos chegando. A primeira visão que tive de York foi a muralha que cerca toda a cidade, uma placa perto de portão dizia que tinha o nome de Micklegate. Helen me contou que era o portão mais importante da cidade, pois ligava York a Londres. Num momento de imaginação, pensei nos reis, rainhas e outras figuras importantes passando por ali. Não muito tempo depois, tive a primeira visão de York, quero dizer, da cidade mesmo, e eu fiquei sem fôlego. A cidade era realmente linda, John não exagerou em dizer, ainda mais com o sol se pondo, uma bela visão. Inconscientemente, coloquei a cabeça para fora da janela, para ver melhor. Passamos pelo rio enorme que banha a cidade, que Helen me disse ser chamado de Ouse. Vi diversos barcos oferecendo passeios turísticos pela cidade e como se John lesse minha mente, avisou que me levaria para um passeio qualquer dia desses. Fiquei animada. Algumas pessoas andavam de bicicleta, outras a pé, e durante todo o caminho, eu vi mais de dez pubs. Passamos por outro rio chamado Skeldergate Bridge, e depois de uns cinco minutos, entramos numa rua residencial sombreada, cheia de antigas casas, outras modernas. Viramos e paramos em frente a uma casa bem moderna de dois andares em cor bege e telhado marrom, e um jardim enorme com um pequeno lago logo perto com várias vitórias régias flutuando sobre ele. Árvores ao redor da casa dão impressão de ser um lugar bem calmo, distante de tudo. No instante em que coloquei meus olhos naquela casa, senti uma paz. Uma sensação boa, que não sentia desde... Que o inferno começou. 
- É linda, não é? - Helen perguntou quando viu que eu continuava a babar pela casa mesmo depois de alguns minutos. 
- É sim.. - Concordei, olhando ao redor, vendo as outras casas. Nenhuma era tão encantadora quanto essa. 
- Seu pai quem projetou. - Ela pegou minha mão, virando a palma dela para cima e me entregando um molho de chaves. - Entre e conheça um pouco enquanto eu ajudo a descarregar as coisas. 
Logo que entrei, me senti numa daquelas casas de filme. O hall exibia uma escada larga, de madeira, que levava para o segundo andar, mas o que me atraiu mesmo foi a porta dupla de madeira. Sem hesitar, abri os dois lados, me deparando com uma sala de estar luxuosíssima toda em pêssego, com o teto branco, uma lareira bem moderna e bonita num canto, um sofá grande no meio da sala em formado de L aparentando ser bem macio com algumas almofadas coloridas jogadas neles e mais duas poltronas da mesma cor, em frente a uma estante planejada bem grande na cor tabaco, que suportava uma TV de LCD tão grande quando o móvel, na parte de baixo havia dois aparelhos de DVD, outro de Blue-Ray e as caixas do home theater espalhadas por ali. Mais em frente ficava uma porta de correr de vidro que ia do teto ao chão, levando para a parte de fora da casa, mostrando uma piscina gigantesca. 
Escutei uma música vinda do segundo andar e saí da sala, fechando a porta atrás de mim, antes de subir. Exatamente cinco portas espalhadas pelo corredor tomavam a minha visão. Mal coloquei os pés no patamar, e uma das portas foi aberta. 
E aí foi que eu o vi. 
Eu fiquei atônita, paralisada. Ele devia ser da mesma idade que eu, senão alguns meses mais velho, e estava com uma toalha branca ao redor da cintura, descalço, com os cabelos molhados e bagunçados, deixando cair algumas gotas de água no seu peito nu - e diga-se se passagem, bem definido - e ombros. Sua barriga era tanquinho, daquele estilo barrinha de chocolate, sabe? Eu fiquei babando mesmo e não teve como evitar aquela sacada, nem mesmo me lembrei que Sam existia. Na verdade Sam nem chegava aos pés dele e olha que Sam era um dos garotos mais gatos da escola! Ele não me viu de imediato porque sua atenção estava voltada para o Iphone em sua mão, mas não por muito tempo. Não sei dizer se foi por acaso, ou porque sentiu que estava sendo observado - O que eu não duvido que tenha acontecido muitas vezes na vida - Ele me encarou claramente surpreso, e parou. Estávamos alguns passos um do outro, e eu pude ver que ele tinha os olhos azuis mais lindos, mais claros, cintilantes e intensos que eu já vi na vida. Talvez iguais aos da Helen, só que com outro tipo de brilho. 
Ele me olhou de cima abaixo, demorando um pouco com os olhos no meu busto que estava um pouco exposto com a camisa com os botões apertos, e voltou a me olhar fixamente nos olhos. 
E então ele sorriu. 
Um sorriso maroto, daqueles bem sacanas mesmo, e não sei por que, meu coração acelerou drasticamente, deu cambalhotas e falhou miseravelmente. Não sei como, mas minhas bochechas não ficaram vermelhas, graças a Deus, mas eu posso dizer que fiquei toda arrepiada. 
- Ei, você deve ser a famosa Haley. - Ele falou, passando uma mão pelo cabelo, chegando mais perto de mim e eu me vi sem saber o que dizer ou fazer. Seu sotaque inglês preencheu os meus ouvidos como uma música. Juro que poderia ouvir sua voz gostosa e sexy o dia inteiro. - Eu sou o Nate 
- Oi.. - Falei o mais rápido possível com medo da minha voz parecer trêmula. A cada instante que ele me olhava, um novo arrepio percorria meu corpo dos pés a cabeça. 
- Nate! - A voz de Helen nos fez desviar nossos olhares. Ela vinha segurando uma mala e subia as escadas. - Isso é maneira de receber a Haley? 
- Desculpe, mãe.. - Ele passou a mão novamente nos cabelos. - Mas de qualquer forma eu já conheci a moça chorosa. – Ele disse olhando pra mim, com um sorrisinho.
Oi? Esqueça que ele era um tremendo gato, ok? Como assim moça chorosa? Ele tem problemas mentais é? Não se diz isso! Ele estava me sacaneando, estava na cara! Ele ainda falava isso com aquele sorriso de lado. Que pilantra! Helen lançou um olhar zangado pra ele e eu estreitei meus olhos. Desde o momento que John disse "você tem um meio-irmão" eu já senti que algo nada bom vinha por aí, e não é que eu estava certa? O cara estava me zoando e não tinha nem dez minutos que nos conhecemos! E o pior de tudo, era que por mais que a vontade de acertar a cara dele fosse grande, ele continuava sendo gostoso. 
- Nathan! - Helen disse, usando um tom que até o momento ela não usou. 
- Ei, só estou brincando! – Nathan disse sorrindo pra ela e voltou a olhar pra mim. – Tudo bem com vocêHaley? 
É. Ele estava realmente me zoando. 
- Tudo. – Eu respondi da forma mais zangada e azeda possível, desviando meus olhos do rosto angelical dele. 
- Aquele ali é o quarto da Emma. - Helen apontou para uma porta fechada do outro lado do corredor. - E aquele é o meu e do seu pai. - Ela apontou para outra porta perto do quarto da Emma. - Os outros são de hóspedes. - Depois se virou para Nathan. - Já que você está aqui, que tal colocar uma roupa e ajudar o John com as malas enquanto eu mostro o quarto da Haley pra ela? 
- Tudo bem. - Nathan revirou os olhos. Helen foi seguindo o corredor, passando pela porta que Nathan tinha saído há poucos minutos atrás e parou na porta ao lado. Quando fiz menção de segui-la, escutei a voz de Nathan sussurrando pra mim: 
- Assim você me decepciona, Princesa. 
Princesa? PRINCESA? Mané Princesa! Eu tenho cara de donzela por acaso? Tenho cara de que tenho uma fada madrinha com uma varinha mágica pronta para realizar os meus desejos? Eu abri a minha boca pra mandá-lo ir para num lugar nada simpático, mas quando me dei conta, Nathan já não estava mais perto de mim e sim prestes a entrar no seu quarto e fechar a porta. 
E agora eu volto a perguntar: Qual era o problema desse cara? Eu não fiz nada pra ele, eu nem o conhecia direito e ele já estava todo arrogante pro meu lado. É realmente uma injustiça que Deus faça os lindos e gostosos serem esses pilantras que ficam sacaneando a gente! Princesa? Quem é Princesa aqui? Eu é que não sou! 
Deixei isso pra lá e fui até onde Helen estava me esperando. 
Eu tive vontade de dar um grito quando abri a porta. Grande, o quarto tinha a parede da frente quase sendo tomada por inteira por uma janela daquelas que a gente consegue sentar e ficar olhando a rua, com uma cortina meio transparente num tom de lilás, pra combinar com a parede cor de uva, e nas outras paredes um tom de lavanda bem claro e delicado. Próxima a janela, ficava a mesa do computador todo equipado e um aparelho de som tão moderno quanto o resto da casa e uma dessas cadeiras de escritório com rodinhas. Encostada na parede que liga ao quarto do Nathan, havia uma cama de casal com uma colcha grossa lilás e branca, com muitos travesseiros, acompanhada por dois criados mudos. Na frente da cama ficavam uma porta dupla e bem ao lado outra normal, todas na mesma cor tabaco que os móveis. 
- Aquela porta dupla te leva para o closet. - Ela apontou para a porta - E essa. - Ela apontou a porta ao lado. - É o seu banheiro. As toalhas estão dentro de um armário perto do chuveiro, caso você queira tomar um banho. E aí, gostou? 
- Nossa, Helen, é lindo! – Falei, finalmente entrando no quarto. Não tinha reparado que havia um pufe cor de uva com mais algumas almofadas jogadas no chão de tábua corrida. Quando me virei para a parede da porta, dei de cara com uma televisão de plasma. - Mas não precisava disso tudo... 
- Bom, eu tive bastante ajuda da Emma. - Helen deu de ombros. - Ela disse que você ia gostar, e não estava errada. Bom, vou pedir ao Nate que suba com as suas malas e depois vou providenciar o jantar. - Obrigada, mas não precisa se incomodar comigo. 
- Haley, não é incômodo nenhum. Eu quero que você se sinta em casa. - Quando fiz menção de falar, ela continuou. - Não quero substituir sua mãe, apenas quero ser sua amiga. Mais uma vez, seja bem vinda. - Ela me deu um beijo na bochecha e fechou a porta quando saiu. 



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Autor(a): tatafic

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Fui até a porta dupla, abrindo-a, dando de cara com um closet espaçoso, bem iluminado e totalmente vazio, com um espelho tomando uma parede inteira. Sem dúvidas minhas roupas não tomavam nem metade dele, mas mesmo assim gostei. Sentei num dos bufes jogados no meio do cômodo e fiquei observando o quarto daquele ângulo por algum tempo qu ...


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