Fanfic: O Solteiro de Ouro (Adaptada) Herroni | Tema: RBD Herroni Maite y Poncho

CAPITULO 1

“O gênio das finanças de Boston, Alfonso Herrera, fica em sexto lugar em nossa lista de solteiros mais cobiçados do Nordeste. Herrera, de trinta e dois anos, multimilionário com interesses financeiros em negócios diversos, ostenta a patente de Securi-Lock, uma inovação tecnológica criada faz dez anos que tem revolucionado o mundo da seguridade no lar. Viúvo faz dois anos, e sem filhos, é um homem que fez a si mesmo. Vive no exclusivo bairro residencial de Brookline, em Back Bay, Boston, mede um metro noventa e dois e pesa noventa e três quilos. Se você quiser captar o interesse deste eminente solteiro de ouro, não precisará mais do que ir nadar, remar, ou fazer jogging”. 

Alfonso Herrera escutou sua acompanhante na mesa ocultando mal o mau humor. Olhou-a, e disse:
— Afasta isso de minha vista.
— Estou impressionada — respondeu Maite Perroni guardando a revista na bolsa com um sorriso e um brilho no olhar que Alfonso conhecia bem, após terem crescido juntos —. Quem teria pensado que o fracote de meu vizinho ia se converter num “eminente solteiro de ouro”? 
Mas a irritação de Alfonso durou pouco. Maite estava tão linda como sempre, com seu traje de jaqueta cinza e suas botas pretas, de inverno. Alfonso sentiu uma vez mais a atração sexual que tinha sentido sempre por ela, só em sorrir.
— Se soubesse que ia trazer esse lixo, não teria vindo. 
A verdade era que Alfonso jamais teria desperdiçado uma oportunidade de ver Maite. E ele sabia. Maite tinha sido sua vizinha durante a infância, seu primeiro amor não correspondido durante a adolescência, e sua melhor amiga durante toda a vida. Encontravam-se todas as terças e quartas-feiras do mês para comer. Maite sacudiu o cabelo castanho lançando brilhos. Alfonso era perfeitamente consciente de que mais de um homem a observava, no bar do hotel Ritz-Carlton.

— Pois me alegro de que tenha vindo. Tenho pensado em você, me perguntando se tudo estaria bem — respondeu Maite contemplando o parque pela janela.
Alfonso sabia que não se referia a tudo bem em geral. Na realidade, o que Maite queria saber era se tudo bem estava depois da morte de Anahí. Ela lhe tinha feito essa pergunta todos os meses, ao longo de dois anos, no meio da conversa e de uma forma completamente natural. Mas naquele dia Alfonso preferia não pensar nisso, de maneira que contestou com um tópico. 
—A vida vai bem. Os negócios andam bem. E você, tudo bem? 
— Bem — contestou ela com uma breve expressão de desaprovação, deixando passar —. Os negócios... São os negócios. 
— Algo vai mal à galeria?
— Não, mau exatamente não — vacilou Maite —. Esta manhã ficou sabendo que meu maior competidor está se expandido. Por enquanto não me afetou, mas com um local maior, e mais mercadoria... Estou preocupada. 
Maite era proprietária de uma galeria de objetos artísticos a uma quadra dali, em Newbury Street, e provinha de artigos seletos, aos ricos que aspiravam a um elegante estilo de vida. Alfonso tinha comprado presentes muitas vezes, e sempre lhe tinha impressionado a qualidade e a exclusividade dos objetos ali reunidos. Os preços, por suposto, iam dirigidos diretamente às classes mais poderosas. 
— E o que você vai fazer? 
— Não sei, mal tive tempo de pensar — contestou ela acariciando o copo de vinho —. Esta manhã estive muito ocupada, mas já me ocorrerá algo — acrescentou encolhendo os ombros, sem dar importância. 
— Com certeza — respondeu Alfonso levantando o copo em sua honra —. É uma mulher de recursos, a mais imaginativa que conheci. Isso para não mencionar sua cabeça dura e sua tenacidade.
— Vá! Obrigada. Eu acho — acrescentou Maite dando um gole de vinho.