Fanfic: O Solteiro de Ouro (Adaptada) Herroni | Tema: RBD Herroni Maite y Poncho

CAPITULO 11

— Vá! Do outro lado da cidade, em Cambridge? Não sabia que tinha perdido algo por ali. 
— Muito engraçado. Pode? 
— Está bem, mas só vou porque sei que é você. Advirto-a desde agora que não vou mudar de opinião. 
— Compreendo, só quero que me escute. 

Maite chegou às sete e cinco. Alfonso esperava-a. Duas mulheres faziam-lhe companhia em cada lado da mesa. Maite aproximou-se por trás e tampou-lhe os olhos. 
— Quem é? 
— Olá, chegou muito cedo — saudou Alfonso dando a volta. 
As mulheres olharam-na com uma expressão pouco amistosa. De repente Maite sentiu desejo de fazer uma travessura e pôs ambas as mãos sobre as bochechas de Alfonso e se inclinou para beijá-lo rapidamente nos lábios. 
— Teve saudade? 
— Sempre. 
Mas Maite não contava com a agilidade dos reflexos de Alfonso. Antes que pudesse se afastar, ele levantou ambas as mãos. Com uma agarrou o queixo, e outra colocou em sua nuca. E então lhe devolveu o beijo, mas bem mais profunda e lentamente. Os lábios de Alfonso eram firmes e cálidos, modelavam os de Maite enquanto ela sentia que o coração acelerava. Maite esteve a ponto de sucumbir à promessa daquelas caricias, antes de recordar a quem estava beijando. Quando ele a soltou Maite ruborizou. Alfonso pôs-se em pé e agarrou-a pela cintura, deu-se a volta e sorriu a ambas as mulheres, dizendo: — Encantado de conhecê-las. 
Guiou-a até uma mesa, sujeitou-lhe a cadeira e deu a volta. Maite sorriu tratando de ocultar a turvação. 
— Servi de ajuda?

— Infinitamente — contestou ele tirando o casaco —. Sentia-me encurralado. 
— Bom, não são todos os dias que se encontra um eminente solteiro de ouro. 
— Se atreva a dizer isso uma vez mais — caçoou Alfonso se inclinando para ela ameaçador — seu traseiro vai topar com uma eminente mão de ouro. 
— Vá, que graça! Soa divertido. Promete? 
Alfonso franziu o cenho, e o instante jocoso transformou-se, por obra desse gesto, em algo inteiramente diferente, algo escuro, perigoso e excitante que fez Maite conter a respiração. 
— Bem, que vão tomar? — perguntou o garçom rompendo a magia do momento. 
Alfonso pediu pelos dois. 
Que estava ocorrendo? Perguntou-se Maite. Que tinha sido da relação fácil, cômoda, que sempre tinha mantido com ele? 
— E então — comentou Alfonso quando o garçom lhes serviu as bebidas —. Qual é essa maravilhosa ideia que lhe ocorreu e que precisa me contar com tanta urgência? 
— Tenho pensado no que disse — começou ela. 
— Disse muitas coisas, no outro dia — contestou ele —. A que se refere, em concreto? 
— Ao casamento — disse ela ao fim, acabando com a aparente naturalidade que reinava entre ambos. 
— E o que queria dizer? — perguntou Alfonso com um olhar de repente mais intenso, mais brilhoso, fazendo que Maite se sentisse acalorada. 
— Bom, tenho pensado que... — Maite fez uma pausa e engoliu —... Que se você se oferecesse como doador, e eu ficasse grávida, então talvez pudéssemos nos casar, quando tiver nascido à criança. Isto é, seria uma estupidez casar-nos supondo que íamos ser pais assim, em seguida, sem mais. Podem ocorrer muitas coisas durante a gravidez, e não quero que você se sinta prisioneiro nessa situação se, ao final, resulta que... 
— Basta — interrompeu-a Alfonso levantando a palma da mão —, não balbucie mais.
— Sinto muito, estou nervosa — se desculpou Maite mordendo o lábio —. Simplesmente pensei que...