Fanfic: O Solteiro de Ouro (Adaptada) Herroni | Tema: RBD Herroni Maite y Poncho

CAPITULO 16

— Fotos — contestou Alfonso — Tinha um montão de coisas de minha família guardadas e faz pouco tempo que as peguei. Na semana passada encontrei este álbum. Você está em algumas delas. 
— Eu? — perguntou Maite abrindo os olhos — Mal tenho fotos minhas fora as do colégio. Poderiam contar com os dedos de uma mão. Importa-se se fizer cópias? 
—Não, claro. Quer vê-las? 
Maite se sentou no sofá. Os braços de ambos se roçaram. Juntos abriram o velho álbum de fotos. Poncho não o tinha visto inteiro. Não tinha tido tempo, nem coragem. Sua infância tinha sido feliz, mas seus pais tinham morrido. Seu pai, de um ataque no coração enquanto ele estudava na Universidade, e sua mãe fazia só quatro anos. Winson, seu irmão, vivia a umas tantas horas de distância. Nos felizes dias de brincadeira pelas ruas de Charlestown, com Maite perseguindo-os, não eram mais que uma lembrança. 
— Olha! — exclamou Maite — O Big Brown Bomb. 
O Bomb. Alfonso riu. Tinha esquecido aquele velho carro de seu pai. Costumava convidar um montão de garotos do bairro, só pelo prazer de os ouvir durante todo o caminho, rindo e gritando nos buracos do asfalto. 
— Lembra daquela vez que Willy Evert se agarrou ao pescoço de meu pai enquanto ele dirigia? 
— Jamais o esquecerei! — riu Maite a gargalhadas — Quase saímos da estrada, enquanto seu pai tratava de tirá-lo de cima. 
Alfonso e Maite seguiram passando as folhas do álbum com um sorriso, recordando. Na última página tinha uma foto deles dois, no dia em que ele começava o instituto. Alfonso sorria e agarrava Maite pela mão. Ela, ao contrário, estava séria, parecia irritada. 
— Em que estava pensando?

— Estava irritada — contestou Maite — Você ia embora do instituto, e para mim faltavam ainda dois anos de colégio. Até esse dia, você tinha me levado sempre pela mão. Era a primeira vez que me separava de você, e só de lembrar não suportava — explicou roçando os lábios sorridentes de Alfonso com um dedo —. Você, ao contrário, estava entusiasmado. 
— Estranho que eu estivesse entusiasmado, detestava me separar de você — confessou Alfonso sinceramente. 
— Oh, Poncho! Éramos tão unidos! Que ocorreu?
— Você me abandonou pelo futebolista — disse ele sério, mais sério do que tinha pretendido num primeiro momento. Ao voltar à vista para Maite, tratou de corrigir o gesto e sorrir —. E eu me fiz milionário e encontrei uma garota que me quis. 
— O jantar está pronto — anunciou Finn entrando na sala de estar —. Quando vai me apresentar esta preciosidade, Alfonso? 
Maite sorriu e estendeu uma mão. Não se assustou ante a mecha de cabelo rosa berrante dos cabelos do mordomo, nem ante suas calças de couro, que pareciam pintadas diretamente sobre o traseiro. Finn estreitou sua mão e ela perguntou: 
— Pensa em me conquistar?
— Não, querida, só quero que me empreste sua roupa, se são todas tão lindas como a que usa hoje — contestou Finn acariciando com um dedo a blusa de seda de Maite. 
Maite começou a rir. Finn deu uns golpezinhos em seu relógio e dirigiu-se a Alfonso com cara de poucos amigos. — Cinco minutos, quando muito. Já sabe como me irrito quando deixa que a alface murche — comentou o mordomo saindo do cômodo. 
— De onde o tirou? — perguntou Maite.