Fanfic: O Solteiro de Ouro (Adaptada) Herroni | Tema: RBD Herroni Maite y Poncho
CAPITULO 19
— Como pode comer isso?
— É fácil. Observa — sorriu Alfonso.
— Deus! Sempre foi muito atrevido com a comida. Mais que eu.
— Sim, sou mais atrevido do normal. Mamãe sempre dizia que era capaz de comer qualquer coisa.
Aquelas palavras produziram uma inesperada nostalgia em Maite, cujos olhos se encheram de lágrimas.
— Como tomou consciência da morte deles? Se tivessem sido meus pais, ainda estaria destroçada.
— Fomos muito felizes, toda a família — contestou ele com os olhos nublados pela tristeza —, não acho que meus pais se arrependessem de nada. Tenho saudades, e desejaria que tivessem vivido mais tempo, mas as lembranças que conservo deles são tão magníficas... O que você recorda com mais carinho?
— É fácil — contestou Maite compreendendo que ambos desejavam falar disso, e que uma das melhores facetas de sua relação era o fato de compartilhar tantas lembranças —, sua mãe era uma cozinheira magnífica. Lembro que sempre esperava impaciente a temporada das cerejas, todos os verões. Em quanto comprava as primeiras, punha-se a preparar tortas. Sempre me deixava ajudar, e continua sendo o que mais gosto cozinhar.
— Sim, tinha esquecido as cerejas — sorriu Alfonso —. A minha mãe adorava — acrescentou alongando uma mão acima da mesa para tomar a de Maite e entrelaçar os dedos —. Obrigado.
— De nada. Hum... E de seu pai... Lembro como me fazia dar piruetas, como me lançava ao ar e me segurava. Recordo o cheiro de seu cachimbo, quando se sentava com sua mãe no verão, enquanto nós tratávamos de caçar as faíscas que saltavam voando. Lembro-me que uma vez estava arrumando o carro e, ao terminar, com as mãos sujas de graxa, brincou conosco que era um monstro —Maite sacudiu a cabeça —. Eu desejava que fosse meu pai, pensava que não tinha pai melhor no mundo que o senhor Herrera.
Enquanto ela falava, Poncho estava rindo. Ao dizer aquelas últimas palavras, no entanto, seu rosto ficou sério.
— Mai...
— Sabe, minhas lembranças de sua família são bem mais vívidas mais alegres que as da minha. É triste.
— Sim — confirmou Alfonso —. Mas olha em que se converteu! Sempre me surpreendeu que a dureza de sua infância não destruísse você, que fosse tão tenaz. É outra das razões pelas que acho que devemos nos casar. Compartilhamos muitas lembranças e nós dois sabemos como fazer feliz nossos filhos, como os fazer se sentir queridos, como lhes dar a segurança de um lar.
— Tem razão — assentiu Maite —. Não sei de onde tirei a ideia do que é ser boa mãe, mas nós dois sabemos que não foi precisamente
da minha — acrescentou amargamente, recordando como sua mãe desaparecia cada vez que sua avó lhe ameaçava com um bastão —. Eu jamais, na vida exporei meus filhos a uma coisa assim.
— Eu sei — contestou Alfonso apertando sua mão —. Vai ser uma mãe estupenda. Vamos ser grandes pais.
As palavras de Alfonso retumbaram na mente de Maite como eco, fazendo-a compreender a importância da decisão que tinha tomado. Os dois, juntos. Custaria a se acostumar à ideia.
Estava grávida.
Ao final da terceira semana, um último exame de sangue confirmou que o nível de Beta se tinha elevado consideravelmente. Ademais, levava um atraso de oito dias, e Maite jamais se atrasava. Segundo o médico, a partir desse momento sua gravidez séria como qualquer outra. Um bebê. Maite sentiu que os olhos se lhe enchiam de lágrimas. Até esse momento nem sequer tinha se dado conta de quanto lhe custava esse fato. Mal podia esperar para contar a Alfonso. Maite saiu da clínica e subiu no carro. Discou o número de telefone de Alfonso com mãos tremulas.
— Olá — contestou ele com voz profunda.
— Olá.
Alfonso riu, ao ver que ela não dizia nada. Maite imaginou-o no escritório contemplando a paisagem pela janela.
— Olá! Tudo bem? O que está fazendo hoje?
— Adivinha.
— Hum... Dê uma pista.
— Fui ao médico.
— Mai! Vamos ser pais?
— Sim, estou quase certa — contestou ela contente, sem ocultar sua felicidade —. Todos os indícios são positivos.
— Viva! Mai... É maravilhoso!
— Sim. Mal posso acreditar! Oh, Poncho, estou tão contente!
— Sim, conheço essa sensação — contestou ele, jubiloso —. Gostaria de estar agora com você, para celebrar.
Maite também desejava. No entanto não disse nada. Aquele não seria um casamento como outro qualquer. Não devia esperar que Alfonso estivesse a seu lado continuamente.
— Não importa, celebraremos esta noite.
— Vamos sair para jantar, fazer algo especial, continuou Alfonso, fazendo uma pausa — Então isso significa que podemos nos casar?
— Dentro de doze semanas, recorda? — contestou Maite depois de uma pausa, reprimindo o desejo espontâneo de gritar que sim.
— Certo — disse ele, com mais calma —. Então nos veremos esta noite.
Maite desligou, perguntando-se por que se sentia ligeiramente decepcionada. Estava grávida... Só que... Tudo tinha mudado entre Alfonso e ela, durante as duas últimas semanas. Tinham se aproximado um do outro, mas de um modo diferente do habitual. Para Maite, era fácil esquecer a razão pela qual estavam juntos. Muito fácil, fingir que estavam apaixonados.
Depois da festa do Ano Novo chinês, tinham voltado a verem-se umas tantas vezes. Alfonso não tinha voltado a beijá-la, mas tinha estreitado sua mão ou tinha posto um braço sobre seu ombro. Com muita frequência, tratava de tocá-la. Tanto, que Maite tinha tido que se reprimir, para não lhe rogar que a beijasse. Alfonso comportava-se de tal modo que era fácil achar que estavam apaixonados. Atendia-a solícito, iluminavam-lhe os olhos ao olhá-la, interessava-se por cada uma de suas palavras. Aquela tarde mandou-lhe um ramo de rosas e violetas. O cartão a fez sorrir. Dizia: Obrigado por realizar meu sonho. Era fácil mal-interpretar aquelas palavras, mas a intenção de Alfonso não tinha sido romântica. O sonho ao que se referia era ter um filho.
— Obrigada pelas flores — disse ela quando ele chegou àquela noite para buscá-la.
— Pareceu-me um detalhe apropriado — sorriu Alfonso aproximando-se dela para estreitá-la entre seus braços com força, a levantando do chão —. Será maravilhoso!
Maite assentiu, lutando por liberar-se enquanto seu pulso batia acelerado. Alfonso aproveitava todas as oportunidades que podia para tocá-la, fingindo inocência. Maite estava segura de que fazia de propósito, e isso não era justo. Em seus braços, era muito fácil esquecer o acordo ao que tinham chegado.
Autor(a): Miaagron
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CAPITULO 20 Três semanas depois, Maite estava sentada no escritório de sua casa, numa manhã, antes de ir ao trabalho, com gesto de enfado. A resposta do segundo banco tinha sido muito rápida, e o terceiro informava-a de que a comissão de empréstimos tinha decidido paralisar todos os créditos durante os próximos seis mes ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 24
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herronipimentinha Postado em 24/06/2013 - 18:58:31
Qe linda essa web!!!! Vai fazer muuuuuuuita falta *--* Parabénsssss <3
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josyanemello Postado em 24/06/2013 - 00:47:42
Aiiiiiiiiiiiiiin que perfeitooooooooooooooo, que pena que acabou, nossa de verdade adoreiiiiiiiiiiii sua web *_*!
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 17:42:19
maaaaaaaaaaaaaaais!
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 17:42:03
Awnt que lindos! Maite fafadinha kkkk' ainda bem que está tudo bem com ela *--*
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 16:50:58
20! *-*
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 16:50:44
19 *-*
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 16:50:13
maaaaaaaais
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 16:49:59
É tão dificil encontrar webs MyP boa como a sua *-* posta mais pfvr
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 16:47:32
pooooooooooooosta!
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 16:45:14
pooooosta