Fanfic: O Solteiro de Ouro (Adaptada) Herroni | Tema: RBD Herroni Maite y Poncho

obg por ler vou posta mais.

CAPITULO 2

O garçom aproximou-se, e Alfonso pediu dois pratos de lagosta. Enquanto os serviam, falavam sobre o tempo, sobre um artista que Maite acabava de descobrir, que confeccionava lençóis e lenços de seda a mão, e sobre uma nova ideia financeira de Alfonso. Minutos mais tarde, uma sombra alongada projetou-se sobre a mesa. Alfonso levantou a vista, achando que seria o garçom, mas era uma loira de uns vinte anos. 
— É Alfonso Herrera? — perguntou a loira num tom calculadamente sedutor. 
— Sim, eu mesmo. E ela é Maite Perroni. 
Maite fez menção de cumprimentá-la, mas a loira olhou-a breve e depreciativamente e voltou-se para Alfonso, oferecendo-lhe a mão como se esperasse que a beijasse. 
— Olá, eu sou Amália Hunt, dos Hunt de Beacon Hill, sabe? Quer jantar comigo? Esta noite, se estiver livre, ou qualquer outra noite que lhe apeteça.
— Senhorita Hunt, dos Hunt de Beacon Hill, muito obrigado por sua oferta, mas temo ter que declinar — suspirou Alfonso soltando a mão da loira, enjoado, incapaz de reprimir o sarcasmo, e olhando significativamente em direção a Maite.
— Lástima! — contestou a loira olhando brevemente a Maite e valorizando-a, provavelmente, por sua aparência —. Aqui tem meu cartão, se mudar de opinião — acrescentou inclinando-se sobre Alfonso e guardando o cartão no bolso superior da jaqueta, enquanto oferecia-lhe uma tentadora vista de seu decote —. Adeus.
Maite tossiu, reprimindo uma gargalhada. Alfonso olhou-a com o cenho franzido. Não ia sair com aquela loira, mas também não era de pedra. 
— Não digas nem uma palavra. Nem... Uma... Palavra...! — repetiu Alfonso entre dentes, calando quando o garçom se aproximou com os pratos.

— Bom, tendo em conta que me utilizou como desculpa para se desfazer dessa pobre garota...
— Sim, foi muito útil. A caminho daqui, outra mulher fez-me exatamente a mesma coisa. Teria sido muito melhor que viesse comigo. 
Ambos começaram a comer. Bom, Alfonso a devorar, e ela a beliscar. Maite demorava tanto em comer como alguém qualquer em recitar a Declaração de Independência. Ao terminar, Alfonso olhou o prato de Maite. 
— De nenhum modo, querido — adiantou-se ela, o tampando.
— Tinha que tentar — respondeu Alfonso. 
Maite mordia o lábio inferior, parecia inquieta. Algo a preocupava, suspeitou Alfonso. Tinham crescido juntos em Charlestown, ao norte de Boston, no centro do distrito irlandês. 
O pai de Alfonso tinha sido pedreiro, enquanto Maite vivia com seus avôs e sua mãe, que toda a vida tinha sido uma polivalente. Maite tinha dois anos menos que Alfonso. Para ele, ela tinha sido seu primeiro amor. Bom, na realidade só tinha sido um capricho, ainda que tivesse durado muito tempo. Ademais, ela jamais lhe tinha correspondido. Nem sequer sabia. Que Alfonso soubesse, Maite jamais tinha descoberto o que ele tinha sentido quando adolescente. E provavelmente fosse o melhor, porque Alfonso apreciava muito sua amizade. 
— Algo ronda a sua cabeça — afirmou ele.
— Sim — assentiu ela —, queria falar contigo sobre uma decisão que tomei. 
— Comigo? Por que comigo? 
— Porque você é meu amigo mais antigo, e provavelmente me conhece melhor que ninguém. Ademais, preciso de uma opinião sincera. 
— Muito bem, de que se trata?
— Estou pensando em ter um filho.

Aquelas palavras bateram no cérebro de Alfonso como se tratasse de uma parede. Sacudiu a cabeça, tratando de dar-lhes sentido, mas foi inútil. 
— Não sabia que... Que estava saindo com alguém — comentou Alfonso sem a olhar nos olhos. 
— Não saio com ninguém. 
Graças a Deus, pensou Alfonso de imediato, involuntariamente, sentindo um imenso alívio que associou simplesmente a um instinto de proteção para ela. Tinha-lhe um grande afeto. Tinha-a amado louca e inutilmente, durante anos, e tinha sofrido uma imensidão quando Maite começou a sair com outro. Mas tinha sabido dominar sua abstenção e casar-se com uma mulher maravilhosa, Anahí. Maite e ela tinham ficado amigas e nada mais. Anahí costumava assistir aos almoços mensais, dos velhos tempos. Era natural que sentisse afeto por Maite, fazia parte de seu passado.
— Poncho! Você está bem? — perguntou Maite ao vê-lo calado —. Não pretendia assustá-lo. 
— E se não sai com ninguém, como é que... pensa ter um filho? 
— Para isso servem os bancos de esperma. 
— Os bancos de esperma? — repetiu Alfonso incrédulo.
— Sim, guardam esperma congelado — explicou Maite ruborizando-se, sem olhá-lo nos olhos —. De fato, fiz já uma série de teste de fertilidade, e me recomendaram vitaminas e alguma outra coisa. Supõe-se que sou uma candidata perfeita para a gravidez. O único que tenho que fazer é eleger um doador e iniciar o procedimento. 
— O procedimento? 
— De inseminação artificial. Selecionei já alguns candidatos, mas queria conhecer sua opinião — acrescentou Maite pondo uma pasta em cima da mesa e a estendendo para ele. 
— Diga-me que não está falando sério — Maite calou —. Demônios! —exclamou Alfonso passando a mão pelos cabelos —. Fala sério, Mai... Por que? Por que assim? E por que agora, precisamente?