Fanfic: O Solteiro de Ouro (Adaptada) Herroni | Tema: RBD Herroni Maite y Poncho

CAPITULO 25

— Acha que sou... Bela? — perguntou Maite aclarando a garganta —. Achava que me via como à vizinha gorducha que perseguia-o e a Emily Preswick, quando só tinha dez anos. 
— Sim, naquele ano era gordinha — sorriu Alfonso —. Mas é verdade, está adorável — acrescentou ficando sério de repente e acariciando sua bochecha com um dedo, com incrível ternura —. sua pele é como a seda, ao contato. Tem rosas nas bochechas, e teus olhos são brilhantes. Teus lábios... 
A voz de Alfonso desvaneceu-se. Maite estremeceu. Observava fixamente seus lábios, e a expressão de seu rosto era impossível de não interpretar. Lentamente ele se inclinou para frente, pegando-a pela nuca para aproximar sua cabeça e pousar os lábios sobre os dela. 
Mas nessa ocasião não a beijou com insegurança, buscando sua aprovação. Os lábios de Alfonso eram suaves, sedutores. Cálidos e firmes, a beijavam com erotismo, apagando todo pensamento racional de sua mente, toda possível objeção. Alfonso levantou a mão para estreitá-la contra seu peito. Maite usava só o pijama, e o coração batia aceleradamente. 
Maite levantou as mãos e se agarrou aos ombros de Alfonso, e então ele lhe abriu os lábios e sua língua aprofundou na boca dela explorando-a, traçando círculos. Até que Maite respondeu com paixão. Alfonso deslizou a mão até a nuca dela. O coração de Maite batia acelerado, os seios se tencionaram desejosos de um contato íntimo. Mas Alfonso simplesmente acariciou seu pescoço, embriagando-a com a língua numa imitação do movimento do amor. Finalmente afastou a boca, deslizando-a pelo pescoço até o decote. 
— Mai — murmurou contra sua pele —, desejo-a. 
— Eu sei — contestou ela com os dedos enredados nos cabelos de Alfonso —. É tão estranho. 
— Para mim não — disse ele se jogando para trás, acariciando seus antebraços absortos —. O que poderia ser melhor, do que se casar com sua melhor amiga, com a qual, casualmente, compartilha uma atração sexual irreprimível?

— Isso não compartilhamos. 
— Ainda — disse ele, confiante —. Mas compartilharemos. E será tão apaixonado que até os quadros cairão das paredes. 
— Pois vai sair caro — caçoou ela. 
— Bom, é uma sorte que não tenha problemas, nesse sentido — sorriu ele. 

Maite foi liberada no dia seguinte, ao meio dia. O médico ordenou-lhe ter calma, ao menos até que cumprisse doze semanas de gravidez. Então lhe retiraria o medicamento contra as náuseas e comprovaria se tudo estava bem. Maite não podia trabalhar, nem subir escadas. Devia deixar que alguém a cuidasse, ao menos durante algumas semanas. Maite estava horrorizada tratando de acostumar-se à ideia, quando o médico acrescentou outra nova restrição: não devia manter relações sexuais. Alfonso estava no quarto, durante a visita. Maite não se atreveu a olhá-lo, seu rosto ardia. Sentia-se ele tão frustrado como ela? 
Alfonso ajudou-a a subir no Mercedes. 
— Senhor Herrera? — chamou-o uma enfermeira, saindo do hospital —. Esqueceu isto. 
Maite conteve o fôlego atônita, ante a expressão do rosto de Alfonso. Voltou-se e olhou à enfermeira. Era baixinha e loira, de olhos azuis expressivos, sorridente. E parecia incrivelmente com Anahí. Maite voltou à vista para Alfonso. Ele tinha notado. Seu rosto expressava angústia, dor. 
— Deixarei no assento de trás — comentou a enfermeira. 
— Sim, obrigado — contestou Alfonso aclarando a garganta e agarrando-se ao volante. 
Lá fora o dia era cinza e triste. E assim se sentia Maite. Observou Alfonso. Estava sério, tenso. Abriu a boca, mas voltou a fechá-la sem dizer nada. Que podia dizer? Era evidente que Alfonso não queria falar disso, de outro modo teria mencionado. De repente Maite sentiu-se insegura. Girou a cabeça em direção à janela seus olhos encheram-se de lágrimas.

Não esperava nada daquele casamento, repetiu uma vez mais em silêncio. Que importava, se não compartilhavam um amor tão apaixonado e profundo como o que tinham compartilhado Alfonso e Anahí? Podia viver sem amor. Na realidade, jamais o tinha experimentado. O único amor que tinha conhecido era o Chip, mas lhe tinha resultado asfixiante. Sua admiração jamais lhe tinha inspirado afeto. Alfonso girou na Avenida Commonwealth e Maite rompeu por fim o silêncio. 
— Não é por aqui.
— Sim, sim é por aqui. Não deve se cansar, recorda? O médico disse que alguém deve lhe cuidar durante um tempo. Finn se ocupará de ti, quando eu não esteja.
— Não preciso que ninguém se ocupe de mim — afirmou Maite apertando os dentes —. Só devo ter cuidado, prefiro ir a minha casa. 
— Impossível — sacudiu a cabeça Alfonso —. Não quero sair da cidade sabendo que está sozinha, voltar para lhe encontrar outra vez na cama incapaz de mover-se sequer. Quero ver esses dois meninos vivos, dentro de sete meses ou quando seja. 
— Contratarei alguém — contestou Maite compreendendo uma vez mais que o único que lhe importava eram seus filhos. Alfonso seguiu conduzindo sem escutar sequer. Simplesmente sacudiu a cabeça —. Ainda não estou pronta para me mudar e viver contigo. 
— Mas que importância pode ter uns dias, mais ou menos? Nos casaremos logo que possa estar de pé mais de cinco minutos, sem se cansar. Pretende dizer-me que não pensava se mudar para viver comigo, então? 
— Mas se nem sequer tive tempo para pensar em nada! — gritou Maite.