Fanfic: O Solteiro de Ouro (Adaptada) Herroni | Tema: RBD Herroni Maite y Poncho
CAPITULO 3
— Vou completar trinta anos em novembro, Poncho — afirmou Maite com calma —. Quero ter família. Filhos — corrigiu-se —. Quero ser mãe enquanto seja jovem ainda, e tenha energia para criá-los e os desfrutar.
Entre linhas, caladamente, surgiu em ambos à lembrança da desgraçada e solitária infância de Maite. Alfonso recordava seus sufocantes avôs, sempre censurando, incapazes de perdoar a sua filha por ter ficado grávida estando solteira. E, quanto à mãe de Maite... Bom, o melhor que tinha comentado a respeito dela a mãe de Alfonso, que nunca tinha falado mal de ninguém, era que “não teria estado a mais que mostrasse um pouco de carinho por sua filha”.
— Trinta anos não é tanto — argumentou Alfonso —. As mulheres agora têm filhos com quarenta. Por que não espera um pouco mais? Pode ser que mude de opinião.
— Não lhe peço a opinião para que me critique — contestou Maite com dureza —. A decisão está tomada. Só queria saber que pensava sobre a escolha de doador, mas esquece — acrescentou retirando a pasta, que ele agarrou imediatamente.
— Espera, quero dar uma olhada — disse Alfonso buscando argumentos para convencê-la de que era uma loucura, sentindo repugnância ante a ideia de que Maite, sua Maite, fosse a um banco de esperma. Depois, abrindo a pasta, leu por cima —. Aqui não há muita informação.
— Bom, são relatórios preliminares. Se gostar de algum candidato, não tenho mais que pedir a informação detalhada da pessoa em questão. O relatório é tanto a nível pessoal como físico. Família, lucros acadêmicos, esse tipo de coisas.
— E quem proporciona esta informação?
— O relatório é feito depois de uma avaliação médica e um teste de personalidade, mas a maior parte dos dados proporciona-os o doador.
— E comprova alguém que o que dizem é verdade?
— Bom, não sei, mas, por que iam mentir?
— Não sei, mas supor que essa informação é verdadeira me parece... Não é muito arriscado? Li o caso de um tipo que sabia que tinha um problema genético hereditário, um defeito do coração pouco frequente que produz a morte, e não o mencionou em sua declaração. Depois se sentiu culpado e consultou um assessor, mas era tarde. Seu esperma tinha sido utilizado em vários casos. Armou-se uma situação complicada.
— Bom, mas esse será um caso isolado, não lhe parece?
— Sim, mas a decisão é irreversível — insistiu Alfonso com impaciência —. Que aconteceria se o doador esquecesse de comentar que há casos de diabetes em sua família, ou de esquizofrenia, ou de qualquer outra doença genética?
— Os doadores são examinados antes de aceitar seu esperma —contestou Maite —. É feito um teste físico e outro genético. Tenho relatórios sobre isso.
— Os médicos não podem comprovar tudo — assinalou Alfonso —. Ademais, como sabem se esses homens dizem a verdade?
— Não... Não sei, duvido que saibam — contestou Maite perplexa —. Supõe-se que respondem corretamente a todas as perguntas.
— E talvez seja assim — continuou Alfonso —. Seguro que em noventa e nove por cento dos casos esses homens dizem a verdade. Bom, pode ser que todos, inclusive. Mas deve assumir a possibilidade de que mintam, para seu próprio bem.
— Maldito seja, Alfonso! — suspirou Maite —. Deveria ter imaginado que falar com você só iria me confundir mais.
— Obrigado.
— Não era um elogio — sorriu Maite guardando a pasta na bolsa, preocupada —. Pensava em fazer a inseminação em seguida, quando ovular, mas agora vou ter que meditar mais.
— Bom.
O resto do almoço decorreu sem incidentes.
Maite tinha que substituir uma de suas empregadas, assim tinha pressa.
Ao despedir-se e beijá-la na bochecha a fragrância de Maite invadiu Alfonso inesperadamente. Esteve a ponto de estreitá-la em seus braços, mas reprimiu-se a tempo. Maite, inconsciente por completo de todas essas emoções, deu um passo atrás e pôs um dedo em seu peito:
— Recorda, no mês que vem à mesma hora, no mesmo lugar.
Alfonso despediu-se e ficou olhando-a, enquanto Maite caminhava por Arlington Street. Finalmente deu a volta e foi em direção ao escritório, em State Street, no distrito financeiro.
Estava desorientado, inquieto. Tinha lhe ocorrido que simplesmente tinha saudades de uma mulher em sua vida. Depois da morte de sua esposa, num acidente de trânsito, sua vida era bastante solitária. Tinha gostado de viver um casamento. Gostava. E detestava voltar à rica mansão solitária de Brookline, detestava o silêncio que se criava depois da ida dos empregados. Assistia coquetéis e festas de caridade, e que as mães jogassem a seus pés suas belas filhas. No fundo, o que detestava era estar solteiro de novo. Ademais, por outro lado, tinha a ideia dos filhos, ideia à que tinha tido que renunciar anos atrás. Até que Maite tinha voltado a mencionar.
Filhos. Uma onda de anseio invadiu sua alma. Alfonso tinha desejado ter filhos com Anahí, ambos tinham querido sempre fundar uma grande família... Mas as coisas não eram tão simples. “Pois case-se com Maite. Ela quer ter um filho... E você quer ter família”. A repentina ideia o sobressaltou tanto que Alfonso parou em seco no meio de Tremont Street, esbarrando com uma mulher que o olhou de mau humor.
Casar-se com Maite. A mera ideia acelerava-lhe o coração. Era curioso, mas tinha que reconhecer que algumas coisas jamais mudavam. Em verdadeiro sentido seguia sendo o adolescente apaixonado de sua vizinha. Casar-se com Maite. Ela e Anahí não podiam ser mais diferentes. Anahí era loira, tinha olhos azuis... era calada, encantadora, quase passiva, mal discutia com ele. Anahí tinha se conformado com criar um lar, jamais tinha sentido a necessidade de demonstrar sua valia, exercendo uma profissão. Era musical, elegante. Esperava-o a cada noite no salão...
Em comparação Maite... Maite não era nenhuma dessas coisas. Exceto elegante, claro. Sim, aquelas longas pernas, aquela forma de mover-se, eram definitivamente elegantes. Mas só de pensar nela sentada no salão, esperando seu marido, morria de rir. Maite era volátil, estava decidida a triunfar. E se em alguma ocasião suas opiniões não coincidiam, não duvidava em dizer. Tinha pouco ouvido para a música, mas se alguém lhe ocorria em sugerir se ofendia.
Pela primeira vez na vida, o fato de que comparasse ambas as mulheres o fez refletir. Seria possível que tivesse escolhido Anahí precisamente por ser tão diferente de Maite? A ideia era inquietante. Alfonso tinha se repetido mil vezes que seu amor por Maite estava superado, que não tinha sido mais que uma fantasia de adolescente, que tinha casado com outra mulher e que a tinha esquecido. Mas no fundo de sua alma tinha que reconhecer que tinha passado mais de dez anos comparando todas as mulheres que conhecia com Maite. De todos os modos, o tinha superado. O fato de que naquele momento não pudesse deixar de pensar nela não significava nada, exceto que ela seguia o atraindo fisicamente como sempre. Mas, se atraía, por que ia ser absurdo tratar de refazer sua vida com ela, de ter com ela os filhos que sempre tinha desejado?
Autor(a): Miaagron
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CAPITULO 4 Alfonso chegou ao edifício de escritórios, e ao sair do elevador tomou uma decisão. Nada mais de pendurar o casaco e revisar as mensagens pendentes levantou o gancho do telefone. Que tinha a perder? Depois do almoço, Maite estava atendendo um cliente quando soou o telefone. Desculpou-se, e atendeu. — Galeria Perroni, em ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 24
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herronipimentinha Postado em 24/06/2013 - 18:58:31
Qe linda essa web!!!! Vai fazer muuuuuuuita falta *--* Parabénsssss <3
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josyanemello Postado em 24/06/2013 - 00:47:42
Aiiiiiiiiiiiiiin que perfeitooooooooooooooo, que pena que acabou, nossa de verdade adoreiiiiiiiiiiii sua web *_*!
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 17:42:19
maaaaaaaaaaaaaaais!
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 17:42:03
Awnt que lindos! Maite fafadinha kkkk' ainda bem que está tudo bem com ela *--*
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 16:50:58
20! *-*
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 16:50:44
19 *-*
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 16:50:13
maaaaaaaais
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 16:49:59
É tão dificil encontrar webs MyP boa como a sua *-* posta mais pfvr
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 16:47:32
pooooooooooooosta!
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herronipimentinha Postado em 22/06/2013 - 16:45:14
pooooosta