Fanfic: O Solteiro de Ouro (Adaptada) Herroni | Tema: RBD Herroni Maite y Poncho

CAPITULO 5

Alfonso levou-a para jantar num dos restaurantes mais elegantes de Back Bay, recentemente inaugurado. Estava só a umas quadras da casa de Maite, mas ela não o conhecia. Durante o extraordinário jantar vegetariano Alfonso não disse absolutamente nada sobre o motivo pelo que a tinha convidado. Falaram sobre temas sem importância. Maite se desanimou, pensando que talvez tivesse mudado de opinião. Se atreveria ela a lhe sugerir? 
Alfonso pediu a conta. Antes que Maite pudesse se dar conta caminhavam por Marlborough Street, em direção a seu apartamento. Ambos em silêncio, com as mãos nos bolsos. Maite abriu a boca um par de vezes, mas voltou a fechá-la sem pronunciar uma palavra. Como começar o tema? Talvez ele se sentisse tão violento como ela. Talvez, simplesmente, devesse perguntar-lhe, de supetão. Mas não se atrevia. Era muito consciente da silhueta de Alfonso, alto e de largos ombros, caminhando junto a ela. Maite jamais o tinha olhado mais que como a um amigo, mas a ideia de que pudesse ser seu doador suscitava nela uma atração sexual, um desejo de intimidade e uma fascinação que, por muito que tentasse, não podia apagar de sua mente. Alfonso tinha se convertido num homem extremamente atraente. Seus cabelos eram escuros e espessos, e seus olhos resultavam ainda vívidos com a tez morena. De adolescente tinha sido alto, mas um pouco desengonçado. Na maturidade, em mudança, tinha se feito mais forte, mais musculoso. Devia treinar diariamente. Sim, era muito atraente. Mas não devia alimentar esse tipo de sentimentos para seu melhor amigo. 
Em poucos minutos chegaram ao apartamento de Maite. Ao chegar à porta ela voltou-se, mas antes que pudesse dizer algo ele se adiantou:

— Posso subir? Pedi que saíssemos para jantar por uma razão muito concreta, e ainda que tentasse, não fui capaz de se dizer toda a noite —sorriu Alfonso —. 
Tratava de reunir coragem. 
— Claro — contestou Maite aliviada —. Estava me perguntando o que acontece. Quer um café? 
— Estupendo — contestou Alfonso seguindo-a até o vestíbulo. 
Maite pendurou ambos os casacos e lhe assinalou o salão, indo à cozinha fazer café. Estava segura de que Alfonso tomaria sozinho. Preparou uma bandeja e voltou, deixando-a sobre a mesa, adiante do sofá, e sentando-se. Alfonso estava de pé, diante da janela. Ao ouvi-la voltou-se e aproximou-se dela. 
— Senta — convidou Maite dando umas palmadinhas no sofá, junto a ela. 
— Obrigado. Tem um apartamento muito bonito, não tinha visto. 
— Não costumo convidar ninguém, é muito pequeno, mas ao preço que está o metro em Black Bay, tenho sorte de ter. 
Teve um incomodo e tenso silêncio. Finalmente, Alfonso deu um gole no café e voltou-se para ela. 
— Maite, somos amigos faz muito tempo. Eu sei que você quer ter filhos — continuou fazendo uma pausa para tomar fôlego —. E eu também quero tê-los. Quer casar comigo?
Era impossível. Devia ter ouvido mal. No entanto Maite sabia que tinha ouvido bem. Sua voz mostrou toda sua agitação e nervosismo, ao responder: 
— Não! Alfonso, isso não é o que quero... Isto é, você também não quer casar comigo realmente. Quando me ligou, pensei que... Pensei... 
— Que pensou? — perguntou ele com singeleza, com calma, olhando sua xícara. 
— Bom, pensei que ia oferecer... — Maite se ruborizou —... Ser o doador. 
— Pensou o que? — voltou a perguntar Alfonso com a boca aberta igual há ela instantes antes.