Fanfic: O Solteiro de Ouro (Adaptada) Herroni | Tema: RBD Herroni Maite y Poncho

CAPITULO 6

— Estive todo o dia pensando no que me disse — se apressou Maite a explicar —. Tinha razão sobre o risco que supõe aceitar um doador desconhecido, por isso decidi que devia pedir a um amigo. Fiz uma lista de amigos solteiros... 
— E meu nome aparecia nessa lista? — perguntou ele incrédulo, com evidente desagrado. 
— Pois... Sim — contestou Maite desviando a vista —. Conheço-o toda a vida, conheço sua família. É o candidato mais lógico — acrescentou encolhendo os ombros e compreendendo, pelo gesto de Alfonso, que ia negar —. Por favor, Poncho! Estou completamente decidida. Significaria muito para mim. 
— Não, Mai — sacudiu a cabeça. 
— Mas por quê? — continuou ela rogando. 
— Não seria... Não me sentiria tranquilo, sabendo que tenho um filho em alguma parte que não vou criar e que nem sequer sabe que sou seu pai — explicou Alfonso, decidido —. Não suportaria a ideia de não ser parte de sua vida. 
— Essa é exatamente a reação que esperava de meus amigos, mas não a esperava de você. 
—Eu também não esperava que você me pedisse isso — confessou Alfonso baixando a cabeça —. Não posso fazer Mai. Legalmente não seria meu filho, mas me sentiria unido a ele, responsável por sua vida. Iria querer abraçá-lo, brincar com ele, vê-lo crescer e ser parte de sua vida. Nem sequer posso imaginar a ideia de ter um filho e não ser seu pai. Quero ter meus filhos, quero dar-lhes uma vida e umas lembranças tão maravilhosas como as que deram meus pais a mim — explicou estendendo as mãos. 
Maite estava atônita ante a paixão demonstrada por Alfonso. E sentiu um nó no estômago, recordando àquelas duas pessoas que tinham criado, e feito feliz, a Alfonso e a seu irmão, abrindo seus corações e incluindo a ela.

— Não sabia sequer que quisesse ter filhos — afirmou Maite —. Estiveste casado com Anahí durante seis anos, e não...
— Anahí não podia ter filhos — confessou Alfonso com dureza e brusquidão, se pondo em pé e se dirigindo à janela —. Queríamos tê-los. Desejávamos para valer. Tentamos durante três anos, e depois passamos outro mais tratando de averiguar a causa. Tentamos a fertilização duas vezes, mas sem sorte. E depois ela morreu. 
— Lamento muito ter trazido um tema tão doloroso para você. Se soubesse, jamais teria... 
— Bom, não era algo que gostássemos de compartilhar com todo mundo — interrompeu-a Alfonso. 
Maite sentiu-se doída por aquela resposta. Ela não era “todo mundo”. Era sua melhor amiga.
Segundo parecia, no entanto, aquele laço não significava para ele o mesmo que para ela. As lágrimas se aglomeraram em seus olhos, mas Maite respirou fundo tratando de acalmar-se. 
Alfonso, ainda de pé junto à janela, deu a volta e a olhou. Maite baixou a vista. Então ele se aproximou e se sentou a seu lado. 
— Mai, não quero discutir com você. Você significa muito para mim. 
— Você também significa muito para mim — afirmou ela com voz rompida, se voltando para ele e se jogando em seus braços, que Alfonso abria para a receber. 
Maite tinha dançado com Alfonso, o tinha abraçado alguma que outra vez e, em ocasiões, o tinha beijado na bochecha. No entanto jamais tinha esperado encontrar tanto consolo em seu ombro. Nem sequer ao morrer os pais dele tinham compartilhado tanta intimidade. Então, ele tinha Anahí para consolá-lo. Mas de repente seus braços a estreitaram, e seu peito era o lugar ideal para repousar a cabeça. 
— Tenho uma ideia — sorriu Maite.
— Qual?