Fanfic: O Solteiro de Ouro (Adaptada) Herroni | Tema: RBD Herroni Maite y Poncho

CAPITULO 8

— Chamava-se Chip, e você sabe muito bem. Jamais gostou dele, é verdade? 
— Talvez pensasse que não era suficientemente bom para você — contestou Alfonso encolhendo os ombros. 
— Pois tinha razão — riu Maite —. Graças a Deus, dei-me conta a tempo. Na realidade, era um bom garoto. Simplesmente não era para mim. Gostava do que me dava, de verdade. Sua forma de adorar-me, a ilusão de sentir que lhe pertencia, a segurança. No fundo, gostava bem mais de tudo isso do que dele. E por isso não teria sido justo que nos casássemos — terminou Maite, ficando em silêncio. 
— Voltemos às objeções — sugeriu ele. 
— Não sei, suponho que sempre pensei que quando me casasse o faria pelas razões normais. 
— Que razões normais? 
— Já sabe: amor, paixão. 
Ao ouvir aquelas palavras o rosto de Alfonso se transformou. Não se moveu, mas Maite sentiu que a atmosfera do ambiente se carregava. Um estranho e selvagem fogo prendeu em seus profundos olhos, que de repente se fixaram nos lábios de Maite a fazendo se estremecer e lhe cortando o fôlego. 
— Paixão, prometo que terá — disse ele baixinho e profundamente. 
Maite ficou atônita. Aquele era Alfonso, seu melhor amigo. Mas as emoções acordadas nela não eram as da amizade. Sentia como se um laço inexorável a atraísse para ele. Quase podia sentir de novo seus braços ao redor, enquanto arqueava todo o corpo para ele e os lábios se derretiam. Como demônios tinha demorado tanto em se dar conta do incrivelmente atraente que era? Ou sim se tinha dado conta? Tinha se negado, simplesmente, a reconhecê-lo? Talvez. Porque ele estava casado. 
— Poncho...

Alfonso deu um passo para ela, mas Maite levantou instintivamente uma mão para detê-lo. No entanto Alfonso agarrou-lhe a mão e atraiu-a para ele. 
— Não acha que deveríamos pesquisar o que poderia surgir entre nós dois? — perguntou Alfonso atraindo-a a seus braços com firmeza, enquanto Maite punha as mãos sobre seus ombros. 
Maite pretendia recusá-lo, mas sentia-se débil e tremula. E Alfonso não a soltou. Ela permaneceu imóvel, sentindo a erótica e eletrizante sensação que emanava dele. Era perfeitamente consciente da excitação de seu corpo masculino, e essa excitação surpreendia-a. 
— Não... Não sei. Jamais tinha pensado em você... Em você e em mim... mais que como amigos — disse Maite com olhos cheios de lágrimas —. É meu melhor amigo, e não quero jogar isso fora. Preciso que seja meu amigo, Poncho. 
Fez-se silêncio. Alfonso não se moveu. Não a soltou, mas também não a estreitou com mais força. Ela manteve a cabeça baixa, sabendo que se a levantava nesse preciso instante a discussão teria acabado e sua relação se teria transformado para sempre. Não obstante, apesar de todas suas razões e de toda sua prudência, Maite não pôde evitar se perguntar o que sentiria fazendo amor com ele. Mostrar-se-ia Alfonso delicado, ou ardente e selvagem, como nesse momento? Maite recordou o brilho de seus olhos e escutou de novo sua voz, profunda e rouca, no silêncio de sua mente: “Paixão prometo que terá”. 
As mãos de Alfonso acariciavam suas costas. Maite começou a tremer. Tinha desejado alguma vez com tanto ardor deixar de lado toda racionalidade e toda precaução? Seu corpo seguiu lutando contra sua mente durante outro longo momento, mas finalmente suspirou e afastou-se de Alfonso. E por hora, ele a deixou ir. 
— Não — negou tratando de mostrar uma firmeza que não sentia —. Não daria certo — acrescentou dando a volta —. Sinto muito.