Fanfics Brasil - Capitulo 9x5 Biology AyA

Fanfic: Biology AyA | Tema: RBD, AyA


Capítulo: Capitulo 9x5

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- Pelo amor de Deus, pára com isso, me deixa sair! - gritei, tremendo da cabeça aos pés enquanto ele avançava na minha direção.
- Agora você vai se ver comigo - ele rosnou, totalmente fora de si, e me prendeu violentamente contra a parede, forçando um beijo doloroso e segurando meus pulsos com força. Dessa vez eu realmente não tinha como me mexer, estava prensada entre seu corpo e o azulejo frio, e quanto mais eu me recusava a beijá-lo, mais ele insistia.
Mantive meus olhos arregalados, esperando que alguém passasse pelo corredor e ouvisse meus gritos abafados, e logo vi uma sombra passar, sem conseguir ver quem era. O grito fino que não encontrava espaço em minha boca saía pelo meu nariz, ainda mais alto agora que eu sabia que havia alguém ali, e me debati com mais energia, até que subitamente o corpo de Paul não estava mais ali. Em um segundo, ele tinha ido parar fora do banheiro, caído no chão com um baque surdo. Quando finalmente assimilei o que tinha acontecido, vi que havia alguém me puxando pela mão na direção do andar de baixo, e eu apenas segui, ofegante e apavorada demais pra tomar conta de mim mesma.
As imagens se passavam como fotos em minha mente: primeiro Kelly reclamando vigorosamente com a pessoa que me guiava, depois a porta da mansão dos Smithers se abrindo, a porta do carona de um carro que eu não conhecia aberta na minha frente, e por último eu sentada dentro desse mesmo carro, enquanto a pessoa que tinha me levado até lá entrava pela porta do motorista. Totalmente desnorteada, franzi a testa quando vi quem estava sentado do meu lado.
- Você está bem? - Alfonso perguntou, sem me olhar, enquanto colocava a chave na ignição. Não respondi nada, apenas continuei observando aquela cena. Eu ainda não acreditava que aquilo estava acontecendo, eu não acreditava que ele tinha realmente feito aquilo tudo, só podia ser invenção da minha cabeça. Não podia ser real, não fazia sentido ele ter me salvado.
- Anahi, você tá me ouvindo? - ele perguntou novamente, me encarando com firmeza. Por um segundo, tudo ficou ainda mais confuso quando aqueles olhos castanhos se cravaram nos meus, mas depois as coisas pareceram voltar um pouco ao seu lugar, e eu consegui responder.
- Tô - murmurei, sentindo meu coração extremamente acelerado. Alfonso ficou alguns segundos em silêncio, apenas me encarando, e logo depois voltou a olhar pra frente, balançando negativamente a cabeça em tom de desaprovação.
- Você é doida de se meter num lugar desses - ele disse, cerrando os olhos por causa do farol alto de um carro que passou por nós - As festas da Kelly são mais perigosas do que parecem. Elas misturam as pessoas erradas e as desavisadas no mesmo ambiente, fazem com que os desencaixados logo achem uma confusão da qual não possam se livrar antes de se arrependerem.
Ele deu uma pausa, enquanto eu mantinha meus olhos bem abertos e fixos nele. Como se quisesse reforçar mais ainda seu aviso, Alfonso voltou a me encarar com uma conclusão:
- Aquela casa não é lugar pra você.
Sem esperar qualquer reação, ele arrancou com o carro, com a expressão fechada, e logo estávamos nos afastando rapidamente da mansão. Meus olhos teimavam em continuar presos a ele, tentando entender direito os últimos minutos. Por que ele tinha me livrado de Paul? Por que ele discutiu com Kelly antes de sairmos? E o principal...
- Pra onde está me levando? - ouvi minha própria voz perguntar, fraca, e só então senti que minha garganta ainda ardia pelo excesso de tequila.
- Eu pretendia te deixar na sua casa - Alfonso respondeu, sem me olhar, e sem saber por que, eu quis que ele o fizesse - Mas você é quem sabe onde prefere ficar.
- Na minha casa está ótimo - concordei, tentando não forçar muito minha voz, e convenci meus olhos a se afastarem dele, pairando desatentamente sobre a barra de meu vestido. Minha visão ficou embaçada subitamente, e em poucos segundos senti lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Não sei por que comecei a chorar, talvez fosse efeito da bebedeira exagerada e todos os recentes e horríveis acontecimentos. Funguei baixinho, enxugando discretamente meu rosto com as costas das mãos e virei meu rosto pra janela do carro.
As luzes da cidade passavam como borrões pela minha visão, e se tornaram imóveis quando paramos num sinal vermelho. Mesmo sem poder vê-lo, senti seu olhar sobre mim, mas não o correspondi. Estava com vergonha por estar chorando, eu odiava chorar na frente dos outros, me sentia ridícula.
- Tem certeza de que está bem? - ele murmurou, e eu fechei os olhos na tentativa de parar de chorar - Aquele garoto machucou você?
Senti uma lágrima insistente rolar rapidamente e passar pelo canto de minha boca, fazendo o local arder um pouco. Passei a ponta da língua ali e senti gosto de sangue, mas apenas fiz que não com a cabeça, respondendo à sua pergunta com um sorrisinho miserável que ele não pôde ver. A ferida física mal podia ser comparada ao trauma emocional que Paul tinha me causado naquela noite.
- Se você não tivesse aparecido, ele teria conseguido me machucar - falei baixinho, e me virei lentamente em sua direção. Não sei por que, mas assim que meu olhar fraco encontrou o dele, sempre tão sólido, eu me senti segura. Era como se tudo realmente fosse ficar bem, eu não precisava mais ter medo. Por mais ameaçador que eu sabia que Alfonso podia ser quanto à minha relação com José, eu também o via como uma espécie de protetor disfarçado, sempre nos lugares certos e nas horas certas pra me ajudar. Já era a segunda vez que ele me salvava de uma enrascada em menos de uma semana.
- Talvez não - ele discordou, erguendo as sobrancelhas por um momento - Você tem muita sorte, duvido que ele conseguisse.
O sinal ficou verde e Alfonso voltou a prestar atenção no trânsito. Abaixei meu olhar, com uma minúscula sombra de um sorriso triste no rosto, e suspirei profundamente. Aquele nem de longe parecia ser o mesmo Alfonso que eu conhecia.
- A sorte passa reto por mim há algum tempo - eu disse, meio que pra mim mesma, voltando a encarar meus joelhos com desânimo - Tudo que tem acontecido comigo são desastres, um atrás do outro... Um pior que o outro.
Alfonso não disse nada, apenas continuou dirigindo com a expressão dura. Sucumbi ao peso imaginário de minha cabeça, cuja dor eu ignorava há um bom tempo, e deitei-a no encosto do banco, fechando os olhos por um segundo.
E só voltei a abri-los quando a claridade do sol bateu em meu rosto, fazendo minha visão demorar mais ainda a entrar em foco. Num quarto estranho, numa cama estranha, e com uma voz conhecida.
- Bom dia, Portilla.



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Autor(a): fannyrbdmaniaca

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Uma dor lancinante dominou minha cabeça por completo quando meu cérebro finalmente se deu conta de que meus olhos estavam abertos. Voltei a fechá-los com força, tentando fazer com que aquela dor passasse ou pelo menos diminuísse, mas parecia que só alguns comprimidos e o tempo a fariam regredir até sumir completamente. Maldita ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 89



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  • raya_ponchito Postado em 23/11/2013 - 14:43:26

    cadê você? Ôo

  • srta.lanzani Postado em 12/11/2013 - 15:07:20

    Pq parou???

  • keeelcnsa Postado em 10/10/2013 - 05:17:06

    Oooohhh myyyyy Goooooood!!!! Que história perfeita eh essa heeeein??? Caralho, serio, mto foda!!! Sou tua fã pra sempre :)

  • julyanniaya Postado em 23/09/2013 - 17:57:44

    poxa ja faz mais de 1 mes q vc ñ posta .

  • raya_ponchito Postado em 22/09/2013 - 12:08:21

    continua postaando ><

  • raya_ponchito Postado em 22/09/2013 - 12:07:05

    Opaaaa ele chegou ;)

  • raya_ponchito Postado em 22/09/2013 - 12:05:59

    Destesto os capitulos da Any e do José, é tão fofo maaas momentos fofos só podem ser AyA!

  • julyanniaya Postado em 15/09/2013 - 17:34:07

    aiiiiiiiiii pf posta +

  • raya_ponchito Postado em 24/08/2013 - 22:00:07

    Continua Postando ;D

  • raya_ponchito Postado em 24/08/2013 - 21:59:31

    Quero só ver se a Any vai conseguir resistir ao Ponchito..


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