Fanfics Brasil - Capitulo 10x4 Biology AyA

Fanfic: Biology AyA | Tema: RBD, AyA


Capítulo: Capitulo 10x4

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Alfonso tirou uma chave de carro do bolso, caminhando até um dos veículos. Apertou o botão do alarme e se dirigiu à BMW, abrindo a porta do motorista e voltando a me olhar ao perceber que eu ainda estava imóvel. Ainda sem acreditar naquilo, caminhei lentamente até a porta do carona, e entrei no carro em silêncio. Olhei pelo vidro para a Ferrari estacionada ao meu lado e reconheci seu interior, me amaldiçoando mentalmente por estar tão transtornada na noite anterior a ponto de entrar num carro daqueles e não me lembrar disso.
Alfonso deu ré e seguiu em direção à saída do estacionamento subterrâneo, logo fazendo com que o forte sol invadisse as janelas sem piedade de meus globos oculares. Cerrei meus olhos, incomodada, e ele estendeu uma mão até o porta-luvas, tirando lindos e visivelmente caríssimos óculos escuros de lá. Me senti tão insignificante quanto o estofado do assento quando ele colocou os óculos, que se ajustavam perfeitamente ao formato de seu rosto.
- Onde mais você trabalha pra conseguir essas coisas todas? – perguntei, finalmente falando após o que me pareceu uma eternidade de mudez, com a expressão desconfiada. Foi bom saber que eu ainda não tinha me esquecido de como falar, eram tantos acontecimentos inacreditáveis que eu provavelmente estava entrando em estado de choque. Alfonso não pareceu me ouvir, abrindo os vidros e deixando que o vento bagunçasse nossos cabelos.
- Sabia que gigolôs ganham muito bem por aqui? – ele respondeu, sem expressão enquanto olhava pra frente, e eu gelei. Provavelmente vendo minha cara horrorizada, já que eu não podia confirmar isso por causa de seus óculos, eu vi um teimoso sorrisinho de canto surgir em seu rosto.
- O patrimônio de minha família me permite “conseguir essas coisas todas” – ele disse, sendo sincero agora, e eu senti meus ombros relaxarem imediatamente com a resposta aceitável – Sua cara de choque valeu meu dia.
-Idiota – murmurei, revirando discretamente os olhos e virando meu rosto pra janela ao meu lado.
-Se você quase acreditou que eu era um gigolô, é porque eu sou muito pior que um idiota pra você – ele falou, com um senso de humor mórbido na voz enquanto parava num sinal vermelho.
- Você nem imagina o quanto – rosnei, ficando mais irritada a cada segundo. Não saber definir as pessoas era algo que me deixava profundamente incomodada, e Alfonso era exatamente o tipo de pessoa indefinível o suficiente pra me enfurecer. Ele tinha várias faces, uma completamente diferente da outra, como se fossem várias personalidades dentro de uma pessoa só. Eu conhecia bem seu jeito sujo e desonesto, mas por vezes ele se mostrava alguém completamente oposto... Alguém bom. Preferia me manter distante daquela encrenca, obrigada.
- Eu até imagino – ele retrucou, hostil – Mas prefiro ouvir da sua boca.
Olhei pra ele com a testa franzida de deboche, e vi que ele também me encarava, novamente com os lábios contraídos de raiva. Agora eu conseguia ver seus olhos pelo ângulo em que a luz do sol batia nas lentes dos óculos, e vi que eles me fitavam desafiadoramente.
- Eu acho que você é um filho da puta de um pedófilo, safado, mal amado, nojento, desprezível, broxa, ridículo, estúpido, grosso, pilantra e arrogante – eu disparei, sustentando seu olhar com avidez. Definitivamente eu tinha feito uma descoberta: falar mal das pessoas na cara delas era extremamente terapêutico.
Alfonso continuou me encarando, parecendo não acreditar na quantidade de xingamentos que eu tinha usado para defini-lo, e eu percebi que o sinal estava verde, já que os carros à nossa frente começavam a andar. Ele pareceu não se dar conta disso, estava inconformado demais com a minha resposta pra prestar atenção em outra coisa. O silêncio tenso entre nós, junto com a expressão dele, de quem estava prestes a triturar meus ossos, só aumentou a impressão de que se direitos humanos não existissem e não dessem cadeia, eu estaria fodida.
Só quando os carros atrás de nós começaram a buzinar, Alfonso suspirou lenta e profundamente, contendo-se, e voltou a olhar pra frente, desfazendo nosso contato visual intenso com dificuldade. Arrancou velozmente, fazendo os carros que buzinavam atrás de nós comerem poeira, e passou a segurar o volante com força, controlando-se pra não me quebrar em pedacinhos. Ele podia estar querendo muito, mas não era doido de tentar encostar um dedo em mim.
Chegamos sem demora à minha casa graças à direção acelerada dele, sem dizer mais nenhuma palavra pelo caminho. Assim que ele estacionou na frente do meu prédio, abri a porta, sem ousar olhá-lo, e quando estava prestes a sair do carro, ouvi sua voz dizer, extremamente trêmula de ódio:
- Não precisa se preocupar, nunca mais vou olhar na sua cara.
Virei meu rosto na direção dele, e vi que ele encarava algum ponto à sua frente, com os maxilares tensos e as veias do pescoço levemente saltadas. Suas mãos agarravam o volante, perigosamente fortes, o que só tornava sua ira ainda mais visível. Parecia que eu realmente tinha conseguido o que tanto queria, me livrar dele de uma vez por todas.
- Ótimo – murmurei, esperando a alegria imensa me dominar por aquele momento tão perfeito, que curiosamente parecia não querer chegar. Engoli em seco, sentindo meu olhar se tornar inseguro enquanto viajava por suas feições fechadas, e num movimento brusco, saí do carro, batendo a porta com uma certa força. Nem bem eu o fiz e Alfonso já estava longe, acelerando assustadoramente depressa e fazendo meus cabelos voarem na direção do vento.
Observei a BMW se afastar rapidamente, sentindo uma coisa esquisita dentro de mim. Suspirei profundamente, agora com o olhar vago em meus pés, tentando reprimir aquela coisa ruim que insistia em se alastrar pelo meu corpo, me desanimando por completo.
Eu não podia estar triste, ele finalmente estava fora do meu caminho! Aquilo era tudo o que eu sempre quis desde a primeira vez em que o vi, e agora que tinha finalmente acontecido, eu não podia admitir que meu único sentimento fosse de remorso. Tudo que eu conseguia sentir era peso na consciência, decepção comigo mesma por ter sido injusta com uma pessoa que talvez não merecesse tanta crueldade. Afinal de contas, se não fosse por ele, os estragos de Paul teriam sido imensuravelmente piores.
Fechei os olhos com força por um momento, desanuviando minha mente e me esforçando para parecer despreocupada. Me virei na direção da entrada do meu prédio, tentando fingir que estava tudo bem, e a cada passo eu ficava mais convicta de uma coisa.
Não estava tudo bem.



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Autor(a): fannyrbdmaniaca

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 89



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  • raya_ponchito Postado em 23/11/2013 - 14:43:26

    cadê você? Ôo

  • srta.lanzani Postado em 12/11/2013 - 15:07:20

    Pq parou???

  • keeelcnsa Postado em 10/10/2013 - 05:17:06

    Oooohhh myyyyy Goooooood!!!! Que história perfeita eh essa heeeein??? Caralho, serio, mto foda!!! Sou tua fã pra sempre :)

  • julyanniaya Postado em 23/09/2013 - 17:57:44

    poxa ja faz mais de 1 mes q vc ñ posta .

  • raya_ponchito Postado em 22/09/2013 - 12:08:21

    continua postaando ><

  • raya_ponchito Postado em 22/09/2013 - 12:07:05

    Opaaaa ele chegou ;)

  • raya_ponchito Postado em 22/09/2013 - 12:05:59

    Destesto os capitulos da Any e do José, é tão fofo maaas momentos fofos só podem ser AyA!

  • julyanniaya Postado em 15/09/2013 - 17:34:07

    aiiiiiiiiii pf posta +

  • raya_ponchito Postado em 24/08/2013 - 22:00:07

    Continua Postando ;D

  • raya_ponchito Postado em 24/08/2013 - 21:59:31

    Quero só ver se a Any vai conseguir resistir ao Ponchito..


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