Fanfic: Biology AyA | Tema: RBD, AyA
Não precisei olhar pra trás pra reconhecer a voz de José, e lancei um último sorriso fraco pra Maite antes de acompanhá-lo até uma sala vazia no segundo andar. Ninguém parecia se dar conta de nossa existência, ocupados demais com suas próprias vidas, por isso não hesitei em entrar naquela sala sozinha com ele.
- Que saudade de você – ele murmurou, sorrindo de um jeito calmo e me dando um beijo delicado, que fez meu sangue formigar daquele jeito de sempre nas veias. Estar perto dele me trouxe uma sensação temporária de alívio, e me permitiu sorrir sinceramente, mesmo que um sorriso tímido.
- Também senti sua falta – menti, me sentindo novamente desmerecedora daquele carinho por não ter pensado nele uma única vez desde que acordei no dia anterior. Passei meus braços ao redor de seu pescoço, e José apenas me abraçou apertado, sem me beijar novamente. Agradeci mentalmente a gentileza dele por não me forçar a encarar seus olhos e ver minhas mentiras refletidas neles, e respirei profundamente seu perfume, que hoje cheirava levemente a...
- Formol? – indaguei, franzindo a testa e me afastando de leve pra poder ver seu rosto.
José riu baixinho, fechando os olhos por um momento.
- Desculpe, eu não imaginei que o cheiro estivesse tão forte a ponto de você notar – ele disse, ainda sorrindo, mas me olhando calmamente – Talvez seja por isso que eu não goste de dar aulas nos laboratórios.
- Como assim? – perguntei, sentindo meu coração acelerar um pouquinho – Você deu aulas práticas hoje?
- É, o Herrera não pôde vir pra escola e eu o substituí – ele suspirou, entortando a boca – Aquele doido enfiou a BMW num poste ontem de manhã.
Mesmo sem poder me ver, soube que empalideci. Senti todo o meu sangue simplesmente evaporar e meu coração congelar simultaneamente. Minha expressão estava totalmente chocada, perplexa, apavorada. O mau pressentimento estava explicado.
- Ah... É? – gaguejei, tentando não parecer tão horrorizada quanto eu realmente estava – E c-como ele tá?
José pareceu não notar minha agonia e continuou sorrindo de um jeito divertido ao responder:
- Melhor do que nós, pode apostar. Ele não se machucou muito, apenas bateu a cabeça com força no volante enquanto tentava frear e ficou desacordado por alguns minutos. Acabei de voltar do hospital onde ele está em observação, falei com o médico e com o próprio Herrera, e ele me disse que amanhã mesmo poderá voltar a dar aulas.
A imagem de Alfonso batendo com o carro surgiu em minha mente sem esforço, seguida pela cena de vários paramédicos imobilizando-o na maca enquanto ainda estava desacordado. Um desespero enorme subiu pela minha garganta, fazendo lágrimas se formarem em meus olhos, mas eu fiz o máximo de força pra contê-las, pelo menos enquanto estava na frente de José.
- Eu... Tenho que ir... Me lembrei de que tenho uma prova agora – foi tudo que consegui gaguejar, me afastando dele devagar e evitando seus olhos – Depois a gente se vê.
Abri a porta da sala de aula, deixando José totalmente confuso, e subi correndo as escadas, já mais vazias, até o meu andar. Mal conseguindo conter as lágrimas e com as pernas perigosamente trêmulas, me enfiei num dos cubículos do banheiro feminino, e só depois de trancada e sentada no vaso sanitário fechado, finalmente caí num choro inexplicável.
Tudo que eu conseguia sentir era culpa. Nojo de mim mesma, repulsa, remorso, um peso imenso me impedia de respirar, me afundando cada vez mais num choro que parecia não ter fim. Sufocando meus soluços com as mãos cobrindo a boca, eu sentia meu rosto lavado de lágrimas esquentar à medida que o ar me faltava, mas não encontrava força pra respirar.
Quando pensei que fosse desmaiar por falta de oxigênio, meus pulmões entraram no modo de emergência, puxando o ar pra dentro de si em inúmeras inspirações rápidas. Meus olhos não paravam de liberar lágrimas, e meu nariz começava a ficar congestionado, mas eu não me importava. As imagens daquele sábado vieram imediatamente à tona: minhas palavras rudes, o olhar furioso de Alfonso, seus dedos apertando o volante com força, trêmulos de ódio, sua arrancada bruta quando foi embora... Tudo estava muito claro. Todos os pensamentos que ocupavam minha mente se resumiam a uma única frase, que meu cérebro insistia em repetir sem parar.
Se Alfonso estava numa cama de hospital nesse exato momento, por melhor que fosse seu estado, era culpa minha.
Por hoje é só e só pra vocês saberem, a partir dos proximos capitulos que AyA vão começar a se entender. Beijos e comemtem muito (:
Autor(a): fannyrbdmaniaca
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Gente, meu notebook ta com problemas e nem consigo mexer nele direito, mas vou tentar usar o do meu pai e postar ainda hoje se der. Então tenham paciencia e obrigada pelos comentarios (: xoxo
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 89
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raya_ponchito Postado em 23/11/2013 - 14:43:26
cadê você? Ôo
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srta.lanzani Postado em 12/11/2013 - 15:07:20
Pq parou???
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keeelcnsa Postado em 10/10/2013 - 05:17:06
Oooohhh myyyyy Goooooood!!!! Que história perfeita eh essa heeeein??? Caralho, serio, mto foda!!! Sou tua fã pra sempre :)
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julyanniaya Postado em 23/09/2013 - 17:57:44
poxa ja faz mais de 1 mes q vc ñ posta .
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raya_ponchito Postado em 22/09/2013 - 12:08:21
continua postaando ><
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raya_ponchito Postado em 22/09/2013 - 12:07:05
Opaaaa ele chegou ;)
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raya_ponchito Postado em 22/09/2013 - 12:05:59
Destesto os capitulos da Any e do José, é tão fofo maaas momentos fofos só podem ser AyA!
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julyanniaya Postado em 15/09/2013 - 17:34:07
aiiiiiiiiii pf posta +
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raya_ponchito Postado em 24/08/2013 - 22:00:07
Continua Postando ;D
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raya_ponchito Postado em 24/08/2013 - 21:59:31
Quero só ver se a Any vai conseguir resistir ao Ponchito..