Fanfic: Biology AyA | Tema: RBD, AyA
- Como não? Estou bem aqui – sorri fraco, procurando seu olhar baixo com o meu e me sentindo uma tremenda hipócrita, falsa, traidora e metida, mas sem deixar tudo isso transparecer. José riu por alguns segundos, mas logo voltou a fazer cara de dor, e eu o imitei inconscientemente. Aquela noite seria um tanto sofrida para ele, pobrezinho.
Ficamos por mais umas duas horas deitados na cama, vendo TV e conversando, tendo que nos contentar somente com o contato corporal de nossas mãos dadas. Pela primeira vez na vida, o tempo com José me pareceu vagaroso, lento, quase entediante. E quando enfim ele adormeceu pesadamente, feito uma criança cansada de todas as estripulias feitas durante o dia, eu me vi sem saber o que fazer. E totalmente sem sono.
Subitamente, uma euforia estranha tomou conta de mim, como um animal fincando suas garras e declarando território dentro de meu peito. Uma ansiedade incontrolável me dava a sensação de que cada pedaço de mim tremia de agonia, e o ar não encontrava espaço em meus pulmões, me causando uma certa tontura. Olhei instintivamente pro relógio, me sentindo sufocada: uma e dezenove. Já era tarde e só o que eu deveria fazer era deitar e tentar dormir. Mas meu corpo implorava para sair dali.
Me esgueirei pra fora da cama, e felizmente, José continuou imóvel. Desci as escadas, sentindo minhas pernas trêmulas, e prendi meu cabelo de qualquer jeito, com a intenção de refrescar minhas costas. Merda de ansiedade idiota que me fazia suar frio. Abri a geladeira e enchi um copo com água, dissolvendo uma pitada de açúcar nele e engolindo todo o seu conteúdo em menos de cinco segundos. Água com açúcar não costumava adiantar comigo, mas eu tinha que tentar de tudo.
Os segundos foram se acumulando devagar, transformando-se em minutos, e o sono simplesmente se recusava a vir. Me peguei perambulando ao redor dos móveis da sala, com o olhar fixo em qualquer parte do piso e a mente perdida em só Deus sabe quais pensamentos. Quando olhei para o relógio da cozinha, ele já marcava duas e trinta e sete, e eu me sentia como se tivesse acabado de acordar do sono mais revigorante de minha vida. Bufei, frustrada com minha insônia inexplicável, e me joguei no sofá, derrotada. Olhei distraidamente pela janela da sala, e quando finalmente assimilei o que vi, quase pulei de susto: faróis se aproximavam rapidamente da casa, anunciando a chegada de um carro. Meu coração quase foi parar perto de meu cérebro, tamanho foi o meu susto, assim como foi simplesmente impossível não pensar numa das únicas pessoas que passariam por aquela rua àquela hora da noite.
Sem que eu me desse conta do que estava fazendo, vi que estava de pé, e caminhava energicamente em direção à porta da casa. Por mais que minha consciência me alertasse sobre a loucura que eu estava cometendo, minhas pernas haviam adquirido vida própria e se recusavam a obedecê-la. Abri a porta, ofegante, e tudo que vi foi a rua vazia e o carro de José estacionado, exatamente como estava desde que havíamos chegado. Me aproximei da rua, procurando os faróis que eu jurava ter visto, mas não havia absolutamente nada que pudesse ter emitido qualquer tipo de luz por ali. Franzi a testa, começando a ficar assustada de verdade com minha capacidade de imaginação, e entrei em casa, voltando a me sentar no sofá. Ótimo, além de adúltera, eu estava ficando louca.
Mais meia hora de insônia se passou, e eu comemorei sarcasticamente a chegada das três da madrugada, com quase todas as minhas unhas roídas até não poder mais. A ansiedade que havia tomado conta de mim insistia em se intensificar a cada segundo, e por mais que eu me perguntasse o motivo dela, nada me vinha à cabeça. Bom... Pelo menos nada que eu considerasse agradável. E só para me ajudar ainda mais, após minha estranha visão, meus pensamentos não conseguiam se desviar de Alfonso, provavelmente por causa da lembrança que os faróis ilusórios ressuscitaram.
E como minha cabeça sempre conseguia tomar os piores caminhos, não se contentou em focalizar suas energias apenas em Alfonso, por pior que aquilo já fosse. Como se eu já não estivesse frustrada o bastante por estar pensando nele, uma pergunta subitamente surgiu do emaranhado de pensamentos que se formava dentro dela, alarmando ainda mais meu coração e fazendo com que o estranho suor frio que brotava de minha testa se intensificasse.
Será que ele realmente viria essa noite?
Autor(a): fannyrbdmaniaca
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Enquanto meu cérebro processava a complexidade daquela pergunta, eu comecei a piscar mais que o normal, e meus dedos não conseguiam sair do meio de meus cabelos, enterrados entre suas mechas em sinal de desespero. Por que raios eu tinha de ser tão fraca? Por que eu não podia simplesmente me manter calada e guardar minhas fraquezas para mim mesma? ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 89
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raya_ponchito Postado em 23/11/2013 - 14:43:26
cadê você? Ôo
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srta.lanzani Postado em 12/11/2013 - 15:07:20
Pq parou???
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keeelcnsa Postado em 10/10/2013 - 05:17:06
Oooohhh myyyyy Goooooood!!!! Que história perfeita eh essa heeeein??? Caralho, serio, mto foda!!! Sou tua fã pra sempre :)
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julyanniaya Postado em 23/09/2013 - 17:57:44
poxa ja faz mais de 1 mes q vc ñ posta .
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raya_ponchito Postado em 22/09/2013 - 12:08:21
continua postaando ><
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raya_ponchito Postado em 22/09/2013 - 12:07:05
Opaaaa ele chegou ;)
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raya_ponchito Postado em 22/09/2013 - 12:05:59
Destesto os capitulos da Any e do José, é tão fofo maaas momentos fofos só podem ser AyA!
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julyanniaya Postado em 15/09/2013 - 17:34:07
aiiiiiiiiii pf posta +
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raya_ponchito Postado em 24/08/2013 - 22:00:07
Continua Postando ;D
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raya_ponchito Postado em 24/08/2013 - 21:59:31
Quero só ver se a Any vai conseguir resistir ao Ponchito..