Fanfic: Can`t Stop Love | Tema: One Direction

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“Todos nós nascemos loucos. Alguns permanecem.”

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- Como assim? – eu gritei indignada. – O que ela quer? Quem era no telefone?

- Era o Will, a polícia ligou para ele e ele ligou avisando. – o Zayn respondeu.

- Mas ela não estava na França?

- Ela foi transferida para cá. Mas não quiseram nos contar para não ficarmos preocupados. – ele disse indo em direção a porta do quarto.

- Mas o que ela quer?

Ele parou de frente para a porta e respirou fundo.

- Ela quer te matar. Então fique aqui no quarto. Tranque a porta. – ele disse abrindo a porta.

- Onde você vai? – eu gritei.

- Eu vou confrontá-la! – ele disse bravo.

- Não vai não! E se ela te der um tiro? – eu levantei e fui atrás dele.

- Ela não vai fazer nada comigo. Ela tem a ideia de que eu ainda gosto dela. Ela está louca. Eu vou enrolar até a polícia chegar. – ele disse.

- Eu vou junto. – e fui atrás dele.

- Samantha, vá se esconder. Ela quer te matar. Você sabe o que isso significa? – ele disse me empurrando de volta pro quarto. – Eu não vou te perder de novo. – e fechou a porta e trancou por fora.

Eu estava presa dentro do meu quarto enquanto o meu futuro marido estava a espera da ex-namorada maluca e armada dele que queria me matar. E eu achando que o drama da minha vida tinha acabado. Eu estava entrando em desespero e para piorar ainda mais as coisas o meu celular tinha ficado na sala. Eu estava sem nenhum meio de comunicação no quarto, nem mesmo o notebook estava por perto. Eu estava isolada e não conseguia ouvir nada através da porta.

Já tinham passado 20 minutos e eu ainda não ouvia barulho nenhum. Então eu ouvi um barulho de vidro quebrando, quando eu olhei para trás, a janela do meu quarto estava toda quebrada e ela entrou no meu quarto. Eu encostei na porta e comecei a gritar pelo Zayn, mas ele não conseguia me ouvir. Esse era o problema de morar em uma casa grande.

- Olá, Sam, nos encontramos de novo. – a Perrie disse apontando a arma para mim.

- Perrie, por favor abaixa essa arma. – eu disse desesperada.

- Por quê? Está com medinho é? – ela falava com uma voz de deboche.

- Perrie, por favor. O que você quer?

- Eu vim buscar o que é meu. O que mais eu faria?

- O que é seu? Como assim?

- Não se faça de boba! Eu sei que você roubou o Zayn de mim! Ele é meu! – ela gritava e tremia muito.

- Zayn! Socorro! Alguém, por favor! – eu gritava batendo na porta.

- Pode gritar, ele não vai te ouvir. E se ele te ouvir, até ele chegar aqui já será tarde demais.

- Perrie, abaixa essa arma, vamos conversar. – eu falei tentando acalmar nós duas.

- Nós não temos o que conversar, Samantha! Você é um empecilho na minha vida e na vida do Zayn! – ela ainda continuava com a arma apontada para mim.

- Perrie, eu e o Zayn já estávamos juntos quando vocês se conheceram. – eu falava com uma voz controlada. – Nós nos amamos. Nós vamos nos casar em breve.

- Claro que vão. – ela disse gargalhando. – O Zayn sempre me amou e eu sempre o amei. Eu só preciso me livrar de você e então ele será feliz para sempre comigo, pois eu sei que é isso o que ele quer. Você está prendendo o Zayn contra a vontade dele, ele não quer estar com você. Ele me ama! – ela estava se descontrolando cada vez mais e eu não sabia mais o que fazer.

- Perrie, você está delirando. Por favor, abaixe essa arma.

- Delirando? Quem está delirando é você! Eu devia ter feito o serviço naquela época e não mandado umas incompetentes fazerem pra mim. Se tivesse sido eu, agora eu estaria feliz com o Zayn e você não existiria. – ela deu uma risada medonha.

- Sam, sai de perto da porta! – o Zayn disse. Eu me afastei e ele abriu a porta.

Ele estava perplexo com aquela cena. Ele parou do meu lado e segurou a minha mão. A Perrie continuava apontando a arma para mim.

- Zayn, gatinho, eu vim te salvar. – a Perrie sorria para o Zayn. – Eu só preciso acabar com ela de vez e então seremos felizes.

- Você está louca, Perrie! – o Zayn disse nervoso. – Abaixe essa arma.

- Zayn, não briga com ela, você vai piorar a situação. – eu sussurrei para ele.

- Eu te amo, Zayn. Nós fomos feitos um para o outro. – a Perrie estava com um olhar louco e vidrado no Zayn. – Eu vim te salvar dela. Assim que eu acabar com ela, nós sairemos daqui e seremos felizes, como deveria ser.

- Perrie, eu não te amo e nunca te amei. Você está louca, delirando. – ele gritou com ela.

Ela demorou um pouco para digerir aquela frase, mas pude ver a feição mudando, ela estava inconformada com o que ele acabara de dizer.

- Isso é mentira! Você me ama sim! – ela gritou e apontou a arma para ele.

Na hora meu coração disparou mais do que já estava disparado e eu pensei que ia desmaiar. Eu apertei forte a mão do Zayn. Eu podia ver o medo nos olhos dele.

- Perrie, por favor, abaixe essa arma. – minha voz estava trêmula, mas tentei falar da forma mais calma possível. – Vamos conversar direito sobre isso. Acho que podemos chegar em um comum acordo. – eu não sabia mais o que falar para sair daquela situação.

- Não. – ela disse tremendo a mão que estava a arma apontada para o Zayn. – Se eu não posso tê-lo, ninguém o terá.

- Se você me matar, sua louca, você vai ir presa de novo, é o que você quer? – ele disse com um tom valente mesmo estando com medo.

- Nós vamos nos reunir de novo em outro plano. – ela sorria imensamente. – Seremos como Romeu e Julieta.

- Perrie, por favor. Não faça isso. Eu amo o Zayn, ele é o pai dos meus filhos. – eu implorei e tentei chegar mais perto dela.

- Então quem sabe eu posso mudar o meu plano e começar por você? – ela disse me agarrando pelo braço, passando o braço pelo meu pescoço e colocando a arma na minha cabeça.

- Perrie, por favor. – eu agora estava apavorada. – Não faça isso. Eu tenho meus filhos. – eu estava chorando.

- Sua louca! Solte a Sam agora! – o Zayn estava perplexo.

Nessa mesma hora ouvimos os seguranças chegando, eles estavam no corredor, atrás do Zayn.

- Mande-os saírem daqui, senão eu vou atirar na cabeça dela! – ela ordenou para o Zayn.

O Zayn apenas ficou em silêncio, era claro que ele não sabia o que fazer.

- Mande-os embora agora e feche a porta! – ela tremia com a arma na minha cabeça. – Ou eu vou atirar nela! – e ela pressionou o cano da arma na minha cabeça. Eu estava chorando muito.

- Solte-a, Perrie. AGORA! – o Zayn gritou. No que ele gritou, ela me pressionou mais contra o corpo dela e puxou o gatilho da arma. Meu coração parou.

- O que ela tem que eu não tenho? – ela começava a chorar. – Eu só preciso tirar ela do caminho para você me amar.

- Você acha que eu um dia gostei de você? – ele disse com ódio. – Eu nunca te amei. Você foi só uma distração. A Sam sempre foi e sempre será o meu amor e nada vai mudar isso. Coloque isso na sua cabeça Perrie, eu tenho nojo de você! – ele gritou.

Todos ficaram em silêncio. A única coisa que eu conseguia ouvir era o meu coração acelerando cada vez mais. Eu nunca tinha visto tanto ódio nos olhos do Zayn como naquela hora e aquilo me assustava. Então senti o cano da arma desencostando da minha cabeça e quando consegui olhar vi que ela estava apontando a arma para o Zayn.

- Você tem nojo de mim? – ela estava indignada. – Você tem nojo de mim? – ela só conseguia falar essa frase. Eu senti o corpo dela inteiro tremer.

Ela estava perdendo o controle de vez. E então eu ouvi o disparo da arma e o grito do Zayn. Eu vi o corpo dele caindo no chão e tive forças para me soltar dela e correr até ele. O Zayn estava caído com a mão no braço. O tiro acertou o braço dele, ele estava bem.

- Zayn! – eu gritei enquanto colocava minha mão sobre a ferida da bala.

- Babe, eu vou ficar bem. – ele disse com uma voz calma. – Não se preocupe comigo. – e apontou com a cabeça para a Perrie.

Ela estava com a arma ainda apontada para nós, mas ela só chorava desesperadamente. – Foi sem querer, foi sem querer, foi sem querer. – isso era tudo o que ela conseguia falar.

Eu acho que todo o sangue do meu corpo subiu para a minha cabeça e sem pensar eu levantei e corri em direção a Perrie. Eu tirei a arma da mão dela derrubando-a no chão. Eu estava com raiva, eu estava com muita raiva. Então eu, sem pensar, apontei a arma para a Perrie, que estava caída do chão.

- Como é sentimento de ter uma arma apontada para você? – eu perguntava com raiva.

- Foi sem querer, eu juro! – ela dizia chorando.

- Responde, vadia! – eu gritava. – Como é ter uma arma apontada para você? – e então eu puxei o gatilho.

- Babe, não faça isso! – o Zayn disse enquanto se levantava.

- Ela merece! Ela tentou me matar e tentou te matar! – eu gritava e chorava. – Ela não merece viver! Ela só trouxe sofrimento para nossa família! – eu tremia.

- Sam, a justiça será feita.

- Que justiça? A mesma que deixou ela escapar depois de tentar me matar e vir aqui ameaçar a minha família? – eu continuava apontando a arma para ela.

- Sam, você não é assim! – ele disse tentando me acalmar.

E antes que eu conseguisse responder algo, eu senti alguém tirando a arma da minha mão. Quando olhei era um dos seguranças. Os outros dois foram direto até a Perrie e a pegaram.

- Foi sem querer! Mas isso não vai ficar assim. – ela resistia, se debatia e gritava.

A polícia estava toda na nossa sala. Eles a levaram para a delegacia e pediram para que depois fossemos para lá dar nossos depoimentos.

Nós chegamos no hospital e o Zayn foi prontamente atendido.

- A bala passou de raspão. Você teve sorte. – disse a médica. – Vamos ter que dar alguns pontos apenas.

- Mas ele vai ficar bem, não é doutora? – eu perguntei aflita.

- Babe, eu estou ótimo. Não se preocupe. – ele disse me acalmando.

- Sim, ele ficará bem. Só não recomendo fazer esforço com o braço, senão os pontos vão soltar. – ela disse terminando de dar os pontos. – Pronto. Você já está liberado.

Quando tentamos sair do hospital fomos impedidos pelos seguranças. Tinham muitos paparazzis do lado de fora do hospital nos esperando e isso fez com que ficássemos presos lá dentro. A polícia estava ansiosa para pegar nosso depoimento, mas como não conseguíamos sair do hospital, eles resolveram ir até nós. O depoimento em si foi rápido já que a Perrie tinha sido presa em flagrante, o que foi demorado foi a nossa saída do hospital e o caminho até nossa casa. Tivemos que ser escoltados por batedores da polícia, mas conseguimos chegar.

Todos estavam em casa ansiosos para saber o que tinha acontecido e se estávamos bem. Até chegar em casa eu estava elétrica, então quando eu vi todos ali, parados nos esperando, incluindo a Divya e o Yves, a tristeza bateu.

- Meus bebês! – eu disse abraçando os dois. – Mamãe ama muito vocês! – e eu os beijava.

- Cara, você está bem? – perguntou o Harry. – Você me assustou no telefone.

- Estou sim, o tiro foi de raspão. – o Zayn respondeu.

- Mas o que aconteceu? – perguntou o Liam.

Nós nos sentamos e começamos a contar toda a história. Todos ficaram ouvindo incrédulos, sem qualquer tipo de reação. Ninguém conseguia acreditar que tudo aquilo realmente tinha acontecido.

- E então foi isso. – eu terminei a história.

- Gente, e agora o que vai acontecer com a Perrie? – perguntou a Danny.

- Esperamos que ela fique presa de vez, né? – eu falei.

- Eu acho que ela vai ser internada em uma clínica psiquiátrica. Ela demonstrou que enlouqueceu de vez. – disse o Zayn.

- Pessoal, obrigada pela preocupação, de verdade. Mas eu vou dormir, pois estou muito cansada. Boa noite. – eu falei me despedindo de todos.

- Acho que é hora de irmos embora. – disse o Niall se despedindo.

Eu peguei as crianças e coloquei-as na cama comigo. Eu queria dormir junto com meus filhos. Ainda bem que nossa cama era grande e coubemos nós quatro.

- Eu não sei o que eu faria se algo tivesse acontecido com você, amor. – eu disse.

- Eu que não sei o que eu faria sem você, babe. – o Zayn disse. – Mas agora esse pesadelo acabou.

- Assim espero. Nós merecemos sossego e felicidade. – eu disse ajeitando as crianças na cama, entre eu e o Zayn, para dormir.

- Sempre que aparecer um obstáculo, nós superaremos, juntos. – e me deu um beijo.

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