Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [Adaptada] | Tema: AyA
Alfonso não poderia ser chamado de cavalheiro se tivesse recusado o gesto. Não o fez a propósito, mas foi o primeiro em retirar a mão.
- Bem -disse Alec- Annie espera. Peço que entre?
- Certamente - disse Alfonso com secura.
Alec saiu do escritório.
Uma vez sozinho, Alfonso fechou os olhos brevemente.
"Inesperado", tinha chamado Alec. Deus, pensou com uma risada negra e silenciosa, mas não era a verdade? Nunca tinha imaginado que sua estadia em Londres seria tão longa. Ontem há esta hora, pensava que já estaria longe da cidade. Só agora compreendeu que de maneira nenhuma deixaria Londres nesse dia!
E quando o fizesse, seria com algo que não tinha esperado em um milhão de anos...
Com uma esposa.
A vida não é doce, mas sim amarga.
Alfonso Herrera
Honestamente, pensou Anahí um tempo depois, foi uma bênção que tudo ocorresse tão rápido.
Alfonso estava de pé junto à janela, as pernas ligeiramente separadas, quando ela entrou. Permaneceu completamente imóvel durante um momento, e Anahí teve a estranha sensação de que tentava ressuscitar uma grande emoção do mais profundo de sua alma. Virou-se, puxando ligeiramente os ombros e movendo a cabeça.
Anahí moveu também a sua.
Não pôde evitar fixar-se na estreiteza de sua jaqueta. Era um homem poderoso. Um homem orgulhoso.
Fez-lhe um gesto para o pequeno sofá.
-Possivelmente você deseja se sentar.
Anahí não queria se sentar. Queria correr, tão longe e tão rápido como pudesse.
Mas era feita de um material mais forte, ou ao menos tentava de convencer-se de que era assim. A covardia não estava em seu dicionário. O silêncio tampouco. Era certo que havia vezes nas que se arrependia de algo que havia dito ou feito. Nunca tinha podido controlar seus sentimentos.
Tampouco foi necessário.
Entretanto, este era um silêncio que a afetava. O momento parecia alargar-se até a eternidade. Anahí descobriu que por uma vez em sua vida, não encontrava as palavras.
-Parece que teremos que nos casar.
Afastava-se tanto que Anahí teve em mente que não parecia real. Sem uma proposta de casamento, pensou vagamente. Ele somente tinha levado um momento a aceitar seu destino... resignar-se a ele.
E possivelmente para ela fosse também um momento de resignação.
Ele não queria se casar. Viu-o na frieza que havia em seus olhos, na rigidez de sua postura, na forma cortante em que se expressou.
Não se beijaram. Não se tocaram. E certamente, não houve uma declaração de amor... nem de nenhum outro tipo.
Anahí não podia evitá-lo. O sabor de sua boca tinha ficado gravado em sua memória. Não podia evitar recordar (e com tanta força!) o que tinha os levado a esse momento. Recordou a forma em que a tocou. O calor de sua boca, a respiração de seu peito, a dor no dela, esse sentimento de estar se segurando a algo que está além de suas possibilidades. A maneira em que ela desejava tocá-lo, ficar ali e explorar.
Acaso pensava ele nisso?
Conteve a respiração. Não. Não! Era quase como acreditar que não tivesse ocorrido. Que seu ardente abraço da noite anterior foi fruto de sua imaginação.
Mas nada era como devia ser. Sua vida estava de repente fora de controle, e não havia nada que pudesse fazer para mudar isso.
Por que tinha deixado que a beijasse daquele modo? Perguntou-se desesperadamente.
Por algum motivo, não ocorreu perguntar-se o que era o que tinha levado a ele a beijá-la assim.
Anahí nunca se teve por uma pessoa idealista ou sonhadora.
Embora para falar a verdade, nunca tinha conhecido um homem que a inspirasse dessa maneira. Ao menos, não até agora. Mas sempre esteve segura de que o encontraria. Ou de que ele a encontraria. Sempre tinha pensado que ocorreria, é óbvio, porque não pensava que estivesse destinada a ser uma solteirona.
E aparentemente não seria.
Mas não esperava que fosse tão rápido. Não agora.
E não com um homem que parecia tão distante e frio!
Não queria olhar para ele. Mas tampouco podia evitá-lo. Ele não se opôs ao seu escrutínio. Embora quase tivesse desejado que o fizesse! Porque quando o olhou nos olhos, ao seu rosto, não viu nem um sinal de amabilidade, ou de alegria. Seu rosto não expressava o mínimo gesto de ternura.
Nesse momento pensou que algo em seu interior acabava de murchar-se.
-Sinto - sua voz soou estranha-, que tudo tenha se precipitado deste modo.
Seus olhos se obscureceram.
-Não se culpe - disse ele em voz baixa.
Anahí baixou o queixo. Descobriu que era a única forma em que podia deixar entrar um pouco de ar em seus pulmões.
Por fim, levantou a cabeça.
- Quando? - perguntou sem mudar o tom de voz.
-Assim que possa dispor-se.
"Assim que possa dispor-se."
Autor(a): anninha_camillo_ponny
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 71
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jessicags Postado em 17/03/2015 - 01:08:14
cade? não tem mais? poxa!
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maria_cecilia Postado em 21/02/2014 - 16:54:22
postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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ligia Postado em 17/02/2014 - 23:42:27
Continua please!!!
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raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:18:49
Odeio dizer isso mas o Poncho só vai descobrir o que realmente sente quando perder a Any de alguma forma ou sentir que a está perdendo
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raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:17:25
Poncho têm que se libertar do passado e se permitir ser feliz.
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raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:16:11
O Poncho já ama a Any e não percebeu isso e fica lutando a todo momento pelos sentimentos que surgiram. Mas sinto muito em dizer Poncho, essa batalha esta perdida
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raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:14:37
Até que fiiiim a Any conseguiu. Nossa, maaais valeu super a pena a espera. Depois de um hot desses não falo mais nada
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ligia Postado em 09/12/2013 - 00:14:18
Que lindo!!! Finalmente eles ficaram r juntos, agora só falta parar de se torturar e reconhecer que esta apaixonado pela Anny.
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raya_ponchito Postado em 05/12/2013 - 00:32:38
Vai Any, se insinua o máximo que tu pode, joga todo o charme que existe em você para que possa fisgar logo esse homem
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raya_ponchito Postado em 05/12/2013 - 00:31:22
Não vejo a hora de ter a primeira vez deles *-*