Fanfics Brasil - 29 A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [Adaptada]

Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [Adaptada] | Tema: AyA


Capítulo: 29

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Da forma em que ocorreram, os preparativos para o casamento saíram com total normalidade. Apesar da rapidez com que tinha que se realizar a cerimônia, o vestido escolhido seguia a moda. É óbvio, sua mãe e May se ocuparam de que assim fosse. À semana seguinte, percorreram-se todas as lojas da cidade, como abelhas revoando o favo. Se Anahí pudesse fugir, o teria feito.


 


  Possivelmente era de agradecer que tudo se fizesse a um ritmo tão frenético. Assim que não teve tempo para pensar, e, portanto, tampouco para se angustiar com o que estava obrigada a fazer. E embora não pudesse pretender que estivesse alegre em se casar, sentia prazer em contemplar o animado cuidado com que sua mãe e May providenciavam tudo.


 


  Assim, na véspera do casamento, Anahí se sentia esgotada.


 


  Um pouco depois do jantar, retirou-se para seu quarto. No momento que estava a ponto de deitar-se, ouviu passos brincalhões pelo corredor. A porta se abriu de par em par, e Jack entrou como um vendaval, seguido como era de esperar por Izzie. E como era também de esperar, sua mãe entrou detrás deles.


 


  Os pequenos não podiam conter sua excitação por poder formar parte de um casamento. Mexiam-se de um lado a outro, como barcos no mar. Sua risada era contagiosa.


 


  Izzie pulou sobre seu colo.


 


  -Mamãe diz que tenho que vestir o vestido novo amanhã, e parecerei uma princesa, como você. -Seus olhos brilhavam-. Serei uma princesa como você, Annie?


 


Anahí apertou seu corpinho contra o dela, com o coração comovido. Havia algo tão bonito neste momento que ela não estava disposta a deixar escapar...


 


  Pôs a face contra o rosto da pequena Izzie.


 


  -Ah, sim, querida, a princesa mais bonita de todas.


 


  Os olhos de Izzie cintilaram.


 


  -Jack será o príncipe?


 


Anahí olhou a May por cima dos cachos de Izzie.


 


  -Sim, ele será o príncipe. A princesa Izzie e o príncipe Jack.


 


  -Não! -Jack assombrou a todos com seu enérgico protesto- Não quero ser um príncipe. Quero ser o rei! -E inchando o peito, passeou pelo tapete com um verdadeiro ar principesco (ou real, para ser mais exato).


 


  Anne mordeu o lábio. Seus olhos se encontraram com os de May, que sorria fracamente. Jack tinha se jogado sobre a cama. Izzie se soltou dos braços de Anahí e se uniu ao seu irmão.


 


  -Serei rei - pavoneou-se Jack, com uma voz cada vez mais aguda e alta. Os dois ficaram a gritar com todas suas forças até que May se lançou para eles e os segurou no meio de um pulo.


 


  Só depois de que May fez o casal se calar e os levou à babá, Anahí pôde parar de rir. Ah, como precisava! Não tinha nem ideia de até que ponto precisava...


 


  Ainda sorria quando May voltou a entrar no quarto. Descalça e de camisola, era difícil imaginá-la como mãe de dois, logo três, crianças.


 


Anahí piscou quando May se dispôs a deitar-se na cama com ela.


 


  -Você me fez companhia na noite antes do meu casamento -anunciou ao ver a surpresa de Anahí- Acredito que é justo que te devolva o favor.


 


  Anahí resmungou.


 


  -Derrick sentirá saudades.


 


  -Sim. Mas sabe que voltarei pela manhã. Depois de tudo, só ocorrerá uma vez que minha prima favorita Annie e eu possamos compartilhar a noite antes de seu casamento.


 


  Anahí fez uma careta. E então, por muito estúpido que parecesse, sentiu-se feliz de que May estivesse ali.


 


  May se moveu um pouco na cama, ficando cômoda, antes de dirigir-se a Anahí de novo.


 


  -Está bem?


 


Se Anahí tivesse notado o mais leve sinal de compaixão em sua voz, talvez não tivesse podido guardar a compostura. Conteve a respiração. Apesar do que dissesse sua família para zombar dela, no fundo era uma jovem simples e sensível.


 


  O que a levou a seguinte reflexão. Possivelmente, disse a si mesma, deveria estar agradecida pelo que tinha ocorrido.


Maite se ergueu na cama e se apoiou sobre um cotovelo.


 


  -Tenho uma ideia - anunciou- Acredito que deveríamos ponderar as vantagens de sua próxima aventura.


 


 Anahí não se surpreendeu que My soubesse exatamente o que estava pensando. É óbvio, Anahí não havia dito com essas palavras, mas era o que necessitava, pensou.


 


 May seguiu.


 


  -Sabe que poderia ser muito pior.


 


  Anahí levantou uma sobrancelha.


 


  -Como?


 


  -Seu noivo não é um caçador de fortunas.


 


  -Isso não sabemos -assinalou Anahí.


 


  -Ah, estou completamente segura disso. Negou-se a aceitar o dote.


 


  Anahí não sabia desse detalhe. Mas teve que admitir que sabê-lo a fez sentir-se muito melhor. Sempre tinha considerado esse costume insuportável, algo que fazia as mulheres parecer um pouco mais que animais que se podia comercializar e vender ao melhor comprador. É óbvio, não por isso ia converter-se em sua maior admiradora!


 


May seguiu alegremente.


 


  -Não é velho. Não podemos dizer que esteja sempre nos lugares menos indicados.


 


  -May!


 


  -Não, nunca o chamaria de janota - os olhos de Maite se iluminaram-, embora seja diabolicamente atraente.


 


  Anahí não estava disposta a escandalizar-se por isso.


 


  -Sim, querida, já deixou bastante clara sua opinião sobre esse ponto em particular.


 


  -Bom, imaginava que não fosse! -May falou como só ela podia fazê-lo- Terminaria tendo filhos que pareceriam ogros.


 


Anahí fez um gesto com o canto dos lábios. Não, decidiu com perversa amargura. Seu futuro marido era um ogro.


 


  -Sabia que poderia te fazer sorrir!


 


O sorriso de Anahí, entretanto, foi extremamente efêmero.


 


  -Annie, o que ocorre?


 


  Seus olhos se separaram dos de May. Não podia esconder suas dúvidas.


 


  -De repente, minha vida... é tão estranha -disse de forma entrecortada. -Tudo aconteceu tão rápido. May... -Não sabia o que dizer- Ainda não sei como aconteceu. Nem sequer estou segura de por que se aconteceu.


 


May seguia observando-a, com um diminuto sorriso nos lábios.


 


  -Algumas vezes, ocorre assim.


 


  -O quê? -perguntou Anahí- O que quer dizer?


 


 May a olhou como se estivesse louca.


 


  -O amor -disse simplesmente- Ah, Annie, algumas vezes acontece e a gente não pode explicar onde nem como nem por que, nem sequer quando aconteceu. Simplesmente acontece.


 


Anahí não podia acreditar no que ouvia.

- May, eu... eu não o amo.


 


Maite sacudiu a cabeça.


 


  -Annie, sei que esta não é a forma em que você gostaria de casar. Mas acredito (ai, não sei por que!), acredito que tudo vai sair bem. Que você e Alfonso... Ai, Annie! Não sei dizer de outra maneira... mas de verdade acredito que por algum motivo parecem feitos um para o outro.


 


  Agora foi Anahí que a olhou como se estivesse louca. May era uma romântica convicta. Havia tanta doçura em seu interior que às vezes não via a realidade. Mas  May se equivocava, pensou Anahí vagamente, envergonhada no mais profundo do seu ser. Suas lembranças o confirmaram. "Parece que teremos que nos casar." Não podia deixar de pensar nestas palavras. Maynão tinha visto a profunda falta de emoção nos olhos de Alfonso, a inexpressividade de sua voz.


 


  Não podia imaginar que Alfonso Herrera fosse capaz de algo tão terno como o amor.


 


  Nem podia suportar dizer a Maite que nunca ocorreria... não com Alfonso Herrera.


 


  Não, não podia suportar que May soubesse a angústia pela qual estava passando.


 


  Ela e Maite ficaram acordadas toda a noite. Mas foi muito diferente de quando eram crianças, admitiu Anahí com um nó na garganta. Quando por fim Maite fechou os olhos, ela se deslizou fora da cama, com cuidado de não despertá-la.


 


  Com o quadril apoiado na soleira da janela, ficou olhando durante um bom momento a profunda escuridão da noite.


 


  Sim, pensou de novo. Tudo era tão diferente... Não havia risada em seu coração nem música em seu peito. Em vez disso, cada uma de suas respirações era mais amarga que a anterior.


 


  Porque não havia estrelas essa noite para pedir um desejo.


 


  E não era a excitação o que mantinha Anahí acordada essa noite.


 


  Era o medo.



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Autor(a): anninha_camillo_ponny

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    A cerimônia ocorreu às nove da manhã seguinte.     Um morno raio de sol penetrava pelas cortinas da janela do salão. Alfonso tinha ocupado seu lugar junto a ela, sua postura perfeitamente erguida.     Anahí engoliu em seco. Olhou através do véu ao pastor (ai, Deus, era o véu de sua ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 71



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  • jessicags Postado em 17/03/2015 - 01:08:14

    cade? não tem mais? poxa!

  • maria_cecilia Postado em 21/02/2014 - 16:54:22

    postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • ligia Postado em 17/02/2014 - 23:42:27

    Continua please!!!

  • raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:18:49

    Odeio dizer isso mas o Poncho só vai descobrir o que realmente sente quando perder a Any de alguma forma ou sentir que a está perdendo

  • raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:17:25

    Poncho têm que se libertar do passado e se permitir ser feliz.

  • raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:16:11

    O Poncho já ama a Any e não percebeu isso e fica lutando a todo momento pelos sentimentos que surgiram. Mas sinto muito em dizer Poncho, essa batalha esta perdida

  • raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:14:37

    Até que fiiiim a Any conseguiu. Nossa, maaais valeu super a pena a espera. Depois de um hot desses não falo mais nada

  • ligia Postado em 09/12/2013 - 00:14:18

    Que lindo!!! Finalmente eles ficaram r juntos, agora só falta parar de se torturar e reconhecer que esta apaixonado pela Anny.

  • raya_ponchito Postado em 05/12/2013 - 00:32:38

    Vai Any, se insinua o máximo que tu pode, joga todo o charme que existe em você para que possa fisgar logo esse homem

  • raya_ponchito Postado em 05/12/2013 - 00:31:22

    Não vejo a hora de ter a primeira vez deles *-*


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