Fanfics Brasil - 59 A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [Adaptada]

Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [Adaptada] | Tema: AyA


Capítulo: 59

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Se não tivesse acendido uma vela...


 


 Alfonso Herrera


 


 


 


  Foi como se cravassem uma lasca no seu peito. Afligida, partida por dentro, Anahí esteve a ponto de cair sob o ataque violento de seu olhar.


 


  Suas palavras a tinham deixado fria. O chão parecia afundar-se sob seus pés. Não podia pensar com claridade, as dúvidas subiam e depois baixavam como as correntes marinhas. Não, pensou. Não era certo. Não podia ter ouvido o que acreditava que tinha ouvido.


 


  O momento de debilidade passou. Levantou o queixo e cravou um de seus olhares mais devastadores.


 


  -Acredito que perdeu o juízo. Eu sou sua mulher,  Alfonso, eu sou sua esposa. Por mais que desgoste. Por mais que não deseje...


 


  Sua voz se quebrou, porque viu que ele não dizia nada. Limitou-se a ficar ali de pé, com uma expressão contraída no rosto. Até o ar que havia entre eles parecia zumbir.


 


  Então ele moveu os olhos. Algo correu por seu rosto. Algo que fez que o dela ficasse branco. Anahí procurou em seu cérebro, como se pudesse resgatar o que acabava de ouvir. Sua mente ainda se rebelava, mas seu coração...


 


  Levantou os olhos e enfrentou os dele. Olhou-o fixamente, até que sua vista se tornou imprecisa e as lágrimas umedeceram seus olhos. Nas vísceras só sentia um forte nó de dor.


 


  -Meu Deus -disse, com uma voz afogada. Colocou os dedos trêmulos sobre a boca- Meu Deus! Quer dizer que...?


 


  -Sim. Sim!


 


  Ficou com a mente em branco. Era mais do que podia compreender. Não podia mover-se, nem sequer podia respirar. Doída por sua aspereza, tentou reagir.


 


  -Maldição - disse em voz baixa- Maldição!


 


  Uma vergonha ardente a alagou; no mais profundo de seu ser a raiva a queimava. Reagiu sem pensar, nada a importava. Levantou a mão e lhe deu uma bofetada. Esbofeteou-o tão forte como pôde, deleitando-se com a dor que sentiu na mão ao tocar sua face, deleitando-se ao ver o rastro branco que deixava em sua pele.


 


  Ele apertou os lábios, mas não disse nada.


 


  -Alec sabe?


 


  -Sim. -Seu tom era cortante.


 


  -Você disse ao meu irmão e a mim não? - parecia-lhe incrível, queria bater nele outra vez!


 


  Era como se houvessem vendado os olhos com um tecido negro. Não revelavam nada do que continham seus pensamentos.


 


  -Disse-lhe que me ocuparia. Sentia que era algo que devia saber por mim.


 


  -Dizer-me! E quando exatamente planejava fazer?


 


  A vergonha subia feito ondas vermelhas pelo pescoço.


 


  Anahí queria morrer, era como se todo seu corpo fosse se paralisar de repente.


 


  -Por isso me isola? Por isso me odeia?


 


  -Não seja absurda.


 


  Uma risada quase histérica brotou de sua garganta.


 


  -Bastardo! -Gritou- Quando morreram?


 


  Houve um silêncio, um silêncio que parecia não ia terminar nunca.


  -Faz cinco anos - disse por fim.


 

  -Como? -Sacudiu a cabeça- Estavam doentes?


 


  Um músculo da sua face esticou.


 


  -Não.


 


  -Então, como?


 


  -Responderei a todas as suas perguntas, Anahí. Mas não aqui. Não agora.


 


  Ela podia sentir o negrume de seu ânimo, a negrume de seu coração. Não se importava. A ira cegava qualquer outra consideração.


 


  -Não! - disse ela fora de si- Mereço saber. Tenho o direito de saber...


 


  - O que tenho que fazer, Anahí? Pedir isso, suplicar-lhe isso. - Estendeu as mãos para ela- Eu o farei. Na realidade, acredito que devo fazê-lo. Suplico-lhe isso, agora não! -Não esperou  que lhe respondesse e se foi.


 


  Gravou em sua cabeça a amplitude quadrada de seus ombros, as linhas rígidas de suas costas. Para então já tinha chegado a bordo do jardim.


 


  Anahí estava paralisada. Uma fúria incontrolável a impedia de mover-se. "Maldição", pensou. Ao inferno com ele!


 


  -Alfonso -Foi quase um grito- Alfonso!


 


  Se a ouviu, não deu sinais disso. As linhas de suas costas não se moveram. Fez o que estava tão acostumado a fazer.


 


  Sair fugindo.


 


  Anahí não quis descer para jantar. Audrey, a criada, trouxe-lhe uma bandeja com a comida, mas ela não quis prová-la. Pensar em comida dava vontade de vomitar.


 


  Um pouco depois alguém bateu na porta. Fez como se não tivesse ouvido.


 


  A porta se abriu e Alfonso entrou no quarto.


 


  Anahí se encolheu no assento da janela, com os joelhos colados ao peito. Lá fora tinha começado a garoar.


 


  Ao ver que era ele, contraiu os lábios. Afastou o rosto de propósito.


 


  -Vá embora - disse friamente.


 


  Mas ele não foi. Podia ouvir suas suaves pegadas no tapete.


 


  Olhou para ele com os olhos acesos.


 


  -Não me ouviu? Não te quero aqui. Estou segura de que entende quando alguém quer estar sozinho! -Sentiu certa satisfação de poder devolver suas próprias palavras. Ah, mas não era vingança. Por dentro, a integridade de Anahí pendia por um fio.


 


  Ele se deteve na frente dela.


 


  -Está bem - anunciou Anahí- Parece que terei que ir a algum outro lugar. -agarrou a saia e pôs as pernas no chão.


 


Alfonso a observou.


 


  -Anahí, sei que você...


 


  -Não! - exclamou- Não sabe. Não sabe nada! Não sabe nada de mim! Nem o que penso, nem o que quero, nem o que sinto! Não sabe qual é minha cor favorita, nem se prefiro chá ou café...


 


  -Chá. Dois torrões de açúcar e uma colherada generosa de creme.


 


  Estava tão indignada, tão fora de si... tinha a pele cada vez mais vermelha. E de alguma forma, Alfonso não podia fazer nada para tranquilizá-la. Sabia que não podia.


 


  Um lado de sua boca se curvou em um indício de sorriso.


 


  -Vamos, não se atreva a rir de mim!


 


  -É seu sangue escocês, Anahí.


 


  Ela se dispôs a jogar uma almofada nele. Mas Alfonso foi mais rápido e segurou os seus ombros com as mãos.


 


  Tratou de desfazer-se dele, mas não a deixou. Anahí sempre estava em movimento. Em uma mudança contínua. Tão apaixonada. Tão cheia de vida. Como a cor de seus olhos, pensou, que mudavam com a luz, com seu estado de ânimo. Era tão condenadamente expressiva. Muito...


 


  Era incapaz de esconder o que pensava, o que sentia. Sua angústia brotou nua e nítida, seus olhos se obscureceram e brilharam cheios de lágrimas.


 


  -Anahí - disse brandamente- Anahí.


 

  Ela desatou a chorar.


 


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Autor(a): anninha_camillo_ponny

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 71



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  • jessicags Postado em 17/03/2015 - 01:08:14

    cade? não tem mais? poxa!

  • maria_cecilia Postado em 21/02/2014 - 16:54:22

    postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • ligia Postado em 17/02/2014 - 23:42:27

    Continua please!!!

  • raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:18:49

    Odeio dizer isso mas o Poncho só vai descobrir o que realmente sente quando perder a Any de alguma forma ou sentir que a está perdendo

  • raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:17:25

    Poncho têm que se libertar do passado e se permitir ser feliz.

  • raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:16:11

    O Poncho já ama a Any e não percebeu isso e fica lutando a todo momento pelos sentimentos que surgiram. Mas sinto muito em dizer Poncho, essa batalha esta perdida

  • raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:14:37

    Até que fiiiim a Any conseguiu. Nossa, maaais valeu super a pena a espera. Depois de um hot desses não falo mais nada

  • ligia Postado em 09/12/2013 - 00:14:18

    Que lindo!!! Finalmente eles ficaram r juntos, agora só falta parar de se torturar e reconhecer que esta apaixonado pela Anny.

  • raya_ponchito Postado em 05/12/2013 - 00:32:38

    Vai Any, se insinua o máximo que tu pode, joga todo o charme que existe em você para que possa fisgar logo esse homem

  • raya_ponchito Postado em 05/12/2013 - 00:31:22

    Não vejo a hora de ter a primeira vez deles *-*


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