Fanfics Brasil - 77 A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [Adaptada]

Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [Adaptada] | Tema: AyA


Capítulo: 77

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  Segura já em seu quarto, recostou-se atrás da porta, tentando encontrar um pouco de ar. Audry entrou no quarto e foi então quando levantou a cabeça da madeira. A garota a ajudou a despir-se. Enquanto não esteve vestida a camisola de gaze branca não pôde acalmar-se.


  Audry trouxe um pouco de comida. Com a escova de prata na mão, pensou que devia ir ver como estava Alfonso. Sem dúvida teria fome. Esteve fora quase todo o dia e certamente não teria comido no café da manhã... Não é que tivesse medo de vê-lo outra vez, mas como podia olhá-lo sem...?


 


  Nesse momento, ouviu-se um ruído de algo que caía no quarto de Alfonso.


 


  Anahí abriu a porta. Uma cigarreira de madeira jazia aberta no chão; os charutos se esparramaram pelo tapete como ramos de uma árvore.


 


Alfonso tentava sair da cama.


 


  Anahí correu para ele.


 


  -O que faz?


 


  Ele a olhou com uma expressão que parecia feroz. Seu tom certamente era.


 


  -Não sou um inútil, Anahí. Nem tampouco uma criança.


 


  -Então não se comporte como se fosse -disse ela sem alterar-se- Grita com Duffy. Fala-me de má maneira. Zanga por sua estupidez. Sente-se infeliz e é como se todos os que estivéssemos ao seu redor também tivéssemos que estar.


 


  Apertou a mandíbula.


 


  -Quero uma bebida - grunhiu.


 


  -Bebe muito - desafiou.


 


  -Sim - ele acessou com frieza-, mas isso não me fará mudar de ideia.


 


  Anahí entreabriu os olhos.


 


  -Vamos ter uma discussão? -perguntou ela.


 


  -Não - disse ele bruscamente- E se tentar me dissuadir, Anahí, deve saber que não conseguirá. Quero meu uísque. E terei meu uísque. Não tenho nenhum problema em ir buscá-lo, embora acredite que poderia ofender a sua sensibilidade.


 


  Ah, era um bruto insuportável! Quando viu que puxava uma perna longa e a punha no chão, deu-se conta de que faria o que dizia. Embora não estivesse segura do que teria feito se não tivesse sido pelas rugas de dor que viu desenhada na comissura de seus lábios.


 


  -Ah, pelo amor de Deus! Fique onde está. Eu o trarei.


 


  Desta vez foi Anahí que lhe fulminou com o olhar. E Alfonso saboreou o triunfo.


 


  Anahí foi até a mesa, onde estava a garrafa. Depois entregou o copo com expressão resignada.


 


Alfonso desfrutou da bebida. Seus olhos se encontraram; os de Anahí se ruborizaram sem que pudesse fazer nada por evitá-lo.


 


  Um momento depois, Alfonso sorria abertamente.


 


Anahí não usava o robe. Sua camisola era um vestido de gaze simples. Sem bordados. Sem nenhuma intenção provocadora, com um decote amplo e nenhum adorno, o tecido de fina cambraia folgada e esponjosa.


 


  Mas era justo como ele tinha suspeitado. A luz atrás dela. E deixava ao descoberto cada palmo de seu corpo... suas pernas longas e esbeltas, a redondeza de seus quadris... cada linha sinuosa de sua silhueta. Como se estivesse nua.


 


  Seguiu com os olhos cada um de seus movimentos. Ao inclinar-se para recolher a cigarreira e seu conteúdo, deu-lhe de presente sem saber uma vista perfeita de seu bonito traseiro. Alfonso se deteve, com o copo suspenso a meio caminho de sua boca.


 


  Era como se não tivesse pressa. De repente, balançou-se apenas uma fração de segundo, adiante e atrás, enquanto agarrava os cigarros. Com os olhos entrecerrados,Alfonso seguiu sua silhueta que, ao erguer-se jogar para trás a cabeleira castanha dourada, deixava ao descoberto a linha elegante de seu pescoço e de seu ombro.


 


  -Estou bem, Anahí. Não tem que me vigiar.


 


  -Não estou vigiando você. Estou organizando tudo isto.


 


  Inclinando-se sobre ele, afofou os almofadões que tinha às costas.


 


  O decote se fez mais amplo. Seus seios se fizeram claramente visíveis, perolados e suaves, contundentes e trêmulos com cada um de seus movimentos.


 


Alfonso ficou paralisado... e esteve a ponto de deixar cair o copo.


 


Anahí o olhou com suspeita.


 


  -O que? O que ocorre? O machuquei?


 


Alfonso não teve nenhuma consideração. Podia ver tudo o que escondia até a concavidade de seu estômago, o escuro triângulo que havia debaixo... Embora fosse esses maravilhosos seios que o deixavam sem respiração. Se estivesse certo, seus mamilos deviam ser do mesmo rosa lustroso que seus lábios.


 


  Era extremamente desconcertante, isso é  que era!


 


  -Seria muito pedir - disse em voz baixa- que se cobrisse?


 


  Ela piscou. Por um precioso instante, não se moveu. Alfonso pôde notar que seu sexo se excitava uma vez mais. Perguntou-se se Anahí seguiria ali se soubesse o caos que provocava em seu corpo. Passou pela sua mente deixá-la ver exatamente o efeito que sua presença e sua proximidade provocavam nele. Mas inclusive embora o visse, saberia o que significava?


 


  Pareceu confusa. Olhou a si mesmo.


 


  -Ah - gemeu, e depois uma vez mais-, ah!


 


  Levantou-se, com as faces coradas. E depois o olhou, como se fosse culpa dele!


 


  Dando um passo atrás, ergueu os ombros.


 


  -Há algo mais que necessite?


 


  Sua tranquilidade era admirável, seu tom cuidadosamente neutro. Alfonso respirou.


 


  -Meu diário. Está na gaveta superior da minha escrivaninha.


 


  Fixou a vista na tipoia de seu braço. Franziu o cenho.


 


  -Mas não pode...


 


  Algo em sua expressão fez com se desse conta. Segurou o diário com capa de couro e o pôs no colo.


 


Alfonso respirou outra vez.


 


  -Obrigado.


 


  -Desejo boa noite, então - disse brandamente. Pareceu hesitar- Alfonso...


 


  Ele deu um rugido.


 


  -Boa noite, Anahí!


 


  Levantou o queixo.


 


  -Chame se necessitar de algo.


 


  -Obrigado, o farei.


 


  Os dois sabiam que não o faria.


 


  Na porta, ela se deteve e voltou a olhar para ele. Alfonso sentiu o contato de seus olhos como se o marcassem.


 


  A porta se fechou. O rugido de uma dúzia de maldições encheu seu peito.


 


  Terminou o uísque e depois se recostou sobre os almofadões.


 


  Não podia evitar. Seu corpo o traía. Descobria-o da forma mais cruel e traidora.


 


  Uma e outra vez a imagem de Anahí aparecia em sua mente. A dor que sentia no ombro não era nada comparado com o que sentia nas vísceras, até que finalmente deixou de pensar nisso.


 


  Pôs o copo de um lado. Era estranho que não houvesse sentido o menor pingo de desejo até que Anahí apareceu em sua vida.


 


  Sentia-se zangado consigo mesmo, por desejá-la, mas não podia evitar. Estava duro como uma pedra. Deu meia volta na cama.


 


  Colocou a mão sob os lençóis. Segurou com força... Apertando os dentes, fechou com força os olhos, como se ao fechá-los pudesse apagar a imagem de Anahí de sua mente. Ai, que Deus o ajudasse, era impossível. Não podia evitar. Não podia lutar contra isso. Anahí, sem dúvida, diria que era um cretino. Um bruto. Mas por Deus, também era um homem. Com as necessidades próprias de um homem. Seu corpo não deixava de recordá-la.


 


  "Anahí-pensou- Minha querida Anahí. O que está me fazendo? Você é minha perdição. É você quem me faz rastejar. É você quem me envia às sombras do desespero, como uma raposa escondida no bosque."


 


  O movimento de sua mão se tornou mais rápido. Seu corpo se esticou. Retorceu-se. Então começou a tremer. Ofegou em busca da liberação.


 


  E quando por fim a teve, abriu as pernas e os braços, de barriga para cima, rindo em silêncio. A liberação não seria completa. Não esta noite, nem nenhuma outra noite.


 


  Não sem Anahí.


 



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Autor(a): anninha_camillo_ponny

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Meu coração está em perigo. Sei... mas não posso detê-lo.    Alfonso Herrera.         De manhã cedo, Anahí deu uma olhada no quarto de Alfonso, com cuidado para não despertá-lo. Normalmente, despertava muito antes que ela; algumas vezes o ouvia mover-se, ouvia o ranger da madeir ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 71



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  • jessicags Postado em 17/03/2015 - 01:08:14

    cade? não tem mais? poxa!

  • maria_cecilia Postado em 21/02/2014 - 16:54:22

    postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • ligia Postado em 17/02/2014 - 23:42:27

    Continua please!!!

  • raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:18:49

    Odeio dizer isso mas o Poncho só vai descobrir o que realmente sente quando perder a Any de alguma forma ou sentir que a está perdendo

  • raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:17:25

    Poncho têm que se libertar do passado e se permitir ser feliz.

  • raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:16:11

    O Poncho já ama a Any e não percebeu isso e fica lutando a todo momento pelos sentimentos que surgiram. Mas sinto muito em dizer Poncho, essa batalha esta perdida

  • raya_ponchito Postado em 16/12/2013 - 02:14:37

    Até que fiiiim a Any conseguiu. Nossa, maaais valeu super a pena a espera. Depois de um hot desses não falo mais nada

  • ligia Postado em 09/12/2013 - 00:14:18

    Que lindo!!! Finalmente eles ficaram r juntos, agora só falta parar de se torturar e reconhecer que esta apaixonado pela Anny.

  • raya_ponchito Postado em 05/12/2013 - 00:32:38

    Vai Any, se insinua o máximo que tu pode, joga todo o charme que existe em você para que possa fisgar logo esse homem

  • raya_ponchito Postado em 05/12/2013 - 00:31:22

    Não vejo a hora de ter a primeira vez deles *-*


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